Capítulo 41

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Eduardo

Hoje é o grande dia, não para mim mas sim para a Ana e para o André.
Ainda não acredito que a mulher da minha vida vai casar e principalmente, não é comigo.

Sonhei diversas vezes com ela a entrar vestida de noiva no altar, mas seria eu que iria lá estar, à sua espera com um enorme sorriso entre os lábios e a admirar cada detalhe.

Mas não passou disso, de sonhos. Agora sim, tenho todas as certezas que já não tenho nenhuma chance com a Ana.

Suspirei enquanto me olhava ao espelho. Realmente sou um tolo.

Truz, truz.

- Quem é? - Perguntei enquanto saía da casa de banho.

- Sou eu, a Anelise. Posso entrar?

- Claro que podes. - Entrou.

- Aposto que estás triste.

- Um bocado, mas ao mesmo tempo estou feliz pela Ana. Ela merece ser feliz ao lado da pessoa que ama.

- Eduardo, eu acho que deverias dizer-lhe a verdade.

- Para quê Anelise? Já não há nada que possa fazer.

- Eu sei que já não há nada a fazer, mas ao menos ela fica a saber a verdade! Por mais que a ames, ela é a tua melhor amiga, e numa amizade entre melhores amigos não há segredos!

- Sinto que ao fazê-lo, irei perder a sua amizade.

- A vossa amizade é muito forte, por isso, não creio que a Ana vá deixar de ser tua amiga. Pelo contrário, irá ficar feliz por teres sido sincero com ela.

- Achas?

- Sim, acho. Agora, eu vou ajudar-te a pôr-te um gato!

- É para condizer contigo?

- Sim. - Começámos a rir.

A minha prima e eu temo-nos aproximado bastante um do outro nos últimos dias e isso, tem sido excelente. Tenho conhecido dela o que não sabia e principalmente, vejo ali um brilho nos seus olhos desde que conheceu o tal médico. Posso estar enganado, mas creio que daqui a uns tempos terei outro casamento.

- Posso saber porque estás a rir-te para mim, menino Eduardo? - Perguntou-me.

- Estava a olhar para ti, e a pensar que daqui a uns tempos poderei estar noutro casamento.

- Como assim, noutro casamento?

- No teu.

- No meu? - Começou-se a rir. - Nem sequer tenho namorado.

- Isso é uma questão de meses ou pensas que ainda não notei no teu olhar e no olhar do médico.

- Ah?

- Prima, escusas de fazer-te de parva! Sabes que tenho razão, no que estou a afirmar.

- Achas que o Pedro era capaz de apaixonar-se por mim?

- Ainda não notaste no olhar dele? Nos seus elogios e a pressão que fez para ficares a trabalhar no hospital? O homem está apaixonado por ti! Do género, amor há primeira vista.

- Não sei primo!

- Bem, tenho uma solução para descobrires isso.

- Como posso descobrir?

- Beijas-o e depois verás. Se ele corresponder ao beijo é porque estou certo, se não corresponder é porque estava errado.

- Se eu fizer isso, ele irá pensar que sou alguma oferecida!

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora