Eduardo
Acredito que hoje deva ser um dia não, pelo menos para mim.
A Ana e o Andrew cada vez estão mais unidos, por um lado fico feliz, afinal ela é a minha melhor amiga e está grávida dele, mas por outro lado estou triste, afinal, eu estou apaixonado por ela durante anos e nunca tive coragem de o dizer.Pelo menos, no meio disto tudo, consigo estar mais tempo ao lado dela como agora estou a viver no palácio e estou sempre a tomar conta dela para sua segurança. Infelizmente, tive que mentir ao João, não houve nenhuma inundação no restaurante dos meus tios, foi apenas uma invenção minha para puder espairecer, pensar muito bem em tudo.
A minha família sempre soube que a Ana foi a minha maior paixão e ainda hoje é, tanto que a minha mãe censura-me, diz que devia ter dito e que agora, perdi todas as oportunidades que tinha com ela.
Daqui a pouco no palácio é hora de lanchar com a Ana, mas da forma que estou; acredito que ela irá encher-me de perguntas do que se passa e infelizmente eu não posso contar-lhe a verdade. Peguei no telemóvel e comecei a ligar-lhe.
- Eduardo? – Perguntou.
- Sim, olha eu estou a ligar-te para avisar-te que não irei puder lanchar contigo, com o Andrew e com o João.
- Porquê?
- Estou aqui no restaurante dos meus tios a ajudá-los e depois vou passar algum tempo a casa. Preciso de estar com os meus pais.
- Passa-se alguma coisa que não me queiras contar Eduardo Alexandre? – Bati com a mão na testa, ela conhece-me tão bem, melhor do que eu julgo.
- Não, porquê?
- Porque estás com uma voz de quem não está bem e quer fugir das minhas perguntas.
- Talvez seja isso.
- Se pensas que veste livre de mim, estás enganado! Hoje vamos jantar os dois sozinhos porque o Andrew vai ter que ir a um local, e vais-me contar tudo, tim, tim por tim, tim.
- Então se vamos jantar sozinhos, pode ser um jantar diferente?
- Como assim um jantar diferente? – Perguntou-me e eu tentei ganhar coragem para poder-lhe contar, afinal não tenho grande coisa a perder.
- Sim, um jantar daqueles como antigamente tínhamos, do género de piquenique.
- Ah sim! Até o pudemos fazer aqui no jardim do palácio.
- Eu gostaria que fosse fora do palácio Ana.
- Porquê?
- Há quanto tempo já não temos os nossos momentos como melhores amigos? Que íamos de um lado para o outro?
- Eu tenho saudades disso, mas sabes que não posso andar muito ou fazer grandes esforços, são ordens do médico.
- Prometo que não irás fazer grandes esforços, eu trato de tudo. Só tens de sair do palácio comigo e depois trato de tudo.
- Está bem! Mas depois vais contar-me tudo não vais?
- Vou. – Sorri com algum receio ao mesmo tempo.
- Qualquer coisa, manda-me mensagem. – Disse-me.
- Sim, não te preocupes. Beijinhos. – Desliguei a chamada.
Ainda não sei se realmente vou fazer a coisa certa ao contar-lhe que ela sempre foi a moça que amei. Provavelmente irá querer afastar-se de mim ou irá ficar chateada porque escondi sempre esse detalhe. Mas também, não tenho grande coisa a perder, porque o que mais quis, perdi.
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O meu namorado é um Príncipe - 1°Livro
FantasyNo pequeno reino de Fylgiar, vive uma garota completamente feliz com os seus pais, Miguel e Cristina. Ambos davam todo o amor e carinho à sua pequena Ana. Um dia, perto do aniversário da pequena Ana que completaria 12 anos, ambos decidiram ir ao me...