Capítulo 25

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Ana

O dia parece que parou naquele momento, o sol desapareceu e em troca apareceram nuvens escuras. Parece que logo à noite ou talvez amanhã virá um temporal. Aqui no palácio não se houve ninguém a não ser o vento que bate nas janelas.

Ainda não consegui mentalizar-me que o meu futuro sogro faleceu há minha frente e da forma que o Andrew se encontra neste momento; numa enorme tristeza.
Quando estávamos felizes a contar tudo, a gravidez e afins, foi quando ele partiu.

Eu sei que não o conheço há muito tempo, mas mesmo assim, deu para perceber o bom coração que tem, mas ao mesmo tempo trás dor, mágoa e sofrimento.
Provavelmente ele só esperava receber boas notícias para depois puder partir descansado.

O Andrew foi até ao conselho, para depois divulgar ao reino a morte do rei, e enquanto isso, eu fico aqui no espelho a fazer festas há minha barriga.
Ainda não consigo acreditar que estou grávida, que brevemente irei casar, e ainda depois, subir ao trono mais o Andrew.
Tem sido umas atrás das outras.

- Menina Ella. – Disse uma das novas empregas do palácio enquanto batia à porta.

- Sim, pode entrar. - Entrou

- Era para informar que o seu almoço já está servido.

- Obrigada, mas eu não tenho fome.

- Você sente-se bem? – Perguntou assim que viu as minhas mãos na minha barriga.

- Sim, sinto-me bem, porquê?

- É, que dizem que você tem andado a sentir-se mal disposta e como agora a vi mexer na barriga, julguei que estivesse a sentir-se mal.

- Ah não! – Sorri. – Eu tenho muito a mania de andar com as minhas mãos assim quando ando nervosa, ainda não estou em mim que o rei faleceu.

- Realmente foi um choque para todos nós, mas já se sabe o motivo dele ter falecido?

- O médico esteve há bocado comigo para ver o que eu tinha, tanto que ele disse que estava tudo bem comigo, tinha sido mesmo o pequeno-almoço que não tinha caído bem, depois voltou para ir ver o porquê do rei ter falecido ou como é que faleceu e ele disse que foi a doença, o que é estranho, porque eu e o André estávamos a falar com ele acerca de assuntos do reino que queremos mudar, depois ele sentou-se e morreu. Foi mesmo estranho, porque nós não tivemos a noção de nada.

- Há coisas que são repentinas. – Sorriu. – Posso fazer uma pergunta?

- Sim, podes. – Respondi.

- É verdade que tu bateste na tua tia? É que eu olho para ti e nem tens cara de quem consegue matar uma mosca.

- O quê? – Perguntei chocada. – Isso é mentira!

- Sente-se menina, eu irei contar-lhe tudo. – Sentámos. – Como você deve saber, nós costumamos ir ao mercado do Reino fazer compras para o palácio e nisto, estava lá a sua tia.

- Sim e o que ela fez?

- Ela arranjou um enorme grupo de pessoas à sua volta, e começou a dizer que a menina não ama o príncipe, que está com ele pela fortuna que tem, que a menina a agrediu e fugiu com o príncipe para ficar rica e também disse ao povo para não confiar em si.

- O quê? – Levantei-me. – Essa mulher está definitivamente louca! Ainda está pior do que eu imaginava! Eu e o André conhecemo-nos por acaso na floresta, ficámos na mesma turma na escola do reino, e começámos a dar-nos melhor, com o tempo fomos começando a amar um ao outro, só mais tarde é que eu soube que o André era o príncipe e aí já eramos praticamente namorados, para não falar que a minha tia na altura fugiu de casa para ir casar sei lá com quem e o André queria que eu viesse para cá viver e eu disse que não, porque eu jamais casaria por dinheiro ou não amando a pessoa. Eu não sou interesseira e sim uma pessoa bastante honesta. Quanto ao bater, ela que analise bem, porque que eu saiba quem batia e fazia mal, era ela, para não falar de esquemas e vinganças que montou. O pior disto tudo, é que assim, a coroa fica com uma péssima imagem desnecessariamente e logo eu que prometi mais o André, que iriamos tratar bem do povo. Sinceramente, eu já nem sei o que fazer quanto há minha tia.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora