Capítulo 32

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Príncipe André
Estou bastante surpreendido quanto à Ella. Quem diria que ela fosse tão forte e lutasse tanto para proteger o que é seu. Cada dia que passa tenho a certeza que escolhi a mulher certa para ficar comigo e ser uma excelente rainha para Flygiar, se bem, que estou muito sensibilizado com o que aconteceu ao Eduardo. Podemos não ter ainda grande afinidade, mas ninguém merece perder os pais desta maneira. A tia da Ana ao longo do tempo tem demonstrado que não estava bem, para não aceitar o facto da Ella estar comigo, por ter juntado imensa gente para destruir o nosso relacionamento, e matar duas pessoas que não têm nada a haver comigo e com a Ella? Só mostrou o quanto desequilibrada está, e só não foi mais cedo presa, porque a Ella não queria e não iria fazer algo contra a sua vontade.

Continuámos a andar pela floresta, para chegarmos ao local onde a Ella brincava mais a mãe. Não sei como irei reagir ao ver duas pessoas mortas, porque é algo que me faz um pouco de confusão. Uma coisa foi ver o meu pai, outra coisa são ver outros corpos.

- Andrew, como eu sei que és um pouco sensível, sugiro que fiques Aqui. Eu vou mais o Eduardo. – Disse o João.

- E a Ella?

- Ela quer ir connosco, é compreensível porque tinha uma grande afinidade com os pais do Eduardo.

- Ah, está bem. Eu ficarei aqui, então.

- Está bem.

Enquanto todos continuavam a andar visto que estavam muito perto do local, eu sentei-me a olhar para as arvores. Não tinha nada para fazer e não ia ver algo que mexe um pouco com o meu sistema. Por vezes, ainda fico um bocado enciumado por saber a afinidade que a Ella tem mais o Eduardo.

Acredito que se nunca tivesse aparecido na vida dela, eles poderiam ter construído uma história, juntos. Provavelmente são filmes da minha cabeça, mas no fundo penso que faz todo o sentido.

Nunca conheci dois melhores amigos que tivessem tanta confiança, lealdade, conhecessem-se tão bem.

- Andrew já aqui estou. – Disse a Ella. – O que passa?

- Nada porquê essa pergunta?

- Sei lá, estavas com um ar muito pensativo e ao mesmo tempo de quem estava preocupado com alguma coisa.

- Nada disso.

- Se o dizes eu acredito em ti. – Beijou-me.

- Já encontraram os corpos?

- Sim já, estão a tapa-los para os levarem, e logo fazerem o velório.

- Tenho pena.

- Eu também, os pais dele eram os melhores amigos dos meus pais. Viram-me a crescer e era graças a eles que sabia coisas dos meus pais. – Assim que o disse percebi o quanto estúpido, fui em pensar aquelas coisas todas.

- Não sabia disso, pensei que os conhecesses através do Eduardo.

- Não, os meus pais juntavam-se diversas vezes com os pais do Eduardo, tinham crescido juntos e depois, eu acabei por crescer com o Eduardo, por isso também somos melhores amigos. É engraçado, é como se a genética das amizades dos nossos pais passassem para nós, e acredita, os pais do Eduardo tinham um coração de ouro. Tenho imensa pena, porque tanto eles como o Eduardo não mereciam isto.

- Pois.

- Andrew tens a certeza que está tudo bem?

- Sim tenho porquê?

- Não sei, pareces estranho. – De repente o Eduardo chegou mais o João e dois guardas com os corpos dos pais dele tapados.

- Vamos? – Perguntou o Eduardo com uma cara de quem estava triste.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora