O meu namorado é um Príncipe - 1°Livro

Capítulo 9

Príncipe André

Ainda não acredito que passei a noite com a Ana, e que até dormimos agarrados um ao outro. Eu nunca tinha dormido com uma moça muito menos com alguém e foi uma grande sensação de acordar e vê-la há minha frente a dormir como um anjo.

Enquanto ia para casa, ia analisando o convite que fiz à Ana, porque ela não está nada à espera do que irá acontecer, porque para além de ser o meu aniversário, é também o do príncipe e nós somos a mesma pessoa.
Eu tenho que falar com o meu pai acerca desta situação toda; os sentimentos que a Ana me está a despertar, se é bom sinal ou não, e como irá ser no dia do baile.

A verdade também, é que ele sempre quis-me arranjar uma namorada, à força e tudo, mas pelo menos posso dizer, que eu mesmo consegui, arranjar alguém que eu queira ao meu lado. O problema é que ainda não pedi a Ana em namoro, muito menos a sua mão, para não falar que não a quero pressionar ou ir tão rápido, mas sinto que ela é a tal.

Cheguei ao meu quarto, fiz a minha higiene e mudei de roupa. Ainda consegui chegar antes do previsto e isso é bom, assim o meu pai não irá aperceber-se que passei a noite fora de casa.

- Andrew posso entrar? - Perguntou o João enquanto batia à porta.

- Sim podes. - Entrou. - João, uma coisa, o meu pai não se apercebeu que dormi fora do palácio pois não?

- Eu acho, que não, mas também não poderei confiar-te algo, porque eu não estive cá.

- Ai meu deus! - Comecei a andar de um lado para o outro. - Se ele percebe que dormi fora de casa, estou metido em maus lençóis.

- Agora é que fiquei curioso. Não me digas que envolveste com quem estamos a pensar. - Sorriu.

- João comporta-te! - Disse. - Esqueces que eu tenho de ser virgem até ao casamento ou até assumir que estou noivo? Eu sei bem como são as leis deste país, para não falar que só vimos um filme e acabamos por adormecer.

- Peço-te desculpa pela minha intervenção oportuna. - Suspirou. - Mas Andrew se isto tem o azar de chegar aos jornais e têm o azar de impor em causa a tua virgindade, estas feito com o teu pai.

- Caso isso aconteça, eu farei testes para verem como sou virgem, não tenho nada a temer. - Suspirei. - Para não falar que a única pessoa sabe disto tudo, é a Ana, ela jamais iria dizer aos jornais.  Agora preciso é de ir falar com o meu pai, ele tem que saber de uma coisa.

- O quê? Isto se puderes dizer-me, mas como sou o teu melhor amigo, acho que tenho todo o direito em saber.

- Eu sei! - Sorri. - O que tenho a falar com o meu pai, é para lhe dizer que já escolhi uma esposa para mim.

- A sério? - Perguntou com um olhar surpreendido. - Sempre queres que a Ana seja a tua esposa?

- Eu ainda não sei bem ao certo, mas sei que estou a gostar bastante dela, pelo que já vivi a nível de momentos, pelo que já conheço dela. - Sorri. - Tenho a certeza que ela dará uma boa esposa e uma excelente rainha. Ela é bastante carinhosa, tem bom coração, preocupa-se com toda a gente, é direta, sincera, e às vezes quando estou com ela, sinto que não sou o futuro rei mas sim, um rapaz normal o qual sempre quis ser, ter uma vida normal sem ter que andar escondido para não difamarem a minha imagem.

- Sabes Andrew? Eu acho, que deverias ir contar ao teu pai, aos menos já fica descansado e feliz, assim já não és obrigado a casar com uma qualquer, só casas com a pessoa que escolhes.

- Tens razão! Tenho que fazer isso o mais rápido possível e avisa-lo que irei apresenta-la no dia do baile. Só que o problema, é que ela ainda não tem a noção que eu sou o príncipe e acha, que o príncipe é um extraterrestre com tentáculos, daí não aparecer em público nem ninguém saber quem é.