Ana
Fiquei durante vinte e um minutos na sala de aula a pensar naquela conversa. Ainda não consigo perceber como é que o Andrew conseguiu ficar na mesma turma que eu, e pior ainda, porquê que a Anastácia não deixa de olhar para mim e para o Andrew?- Está tudo bem? – Perguntou-me.
- Sim está tudo bem. – Respondi com um sorriso forçado.
- Eu posso não conhecer-te muito bem, posso não saber ainda o teu nome, mas por favor, não me escondas coisas, muito menos aquelas que te preocupam. – Assim que o disse, fiquei com um sorriso de orelha a orelha.
- És muito simpático, mas agora voltando a um assunto, porquê que mudaste de turma?
- Diz-me primeiro o teu nome, depois sim, poderei responder-te.
- Eu chamo-me Ana. – Sorri. De repente, a Anastácia levantou-se da sua mesa e foi andando em nossa direção.
- André, a dares atenção a uma pobrezinha? Que vergonha! – Começou-se a rir e foi sentar-se no seu lugar novamente.
- Sabes Anastácia, a Ana ao menos não é como tu, feia por dentro como por fora, ao contrário de ti ela é linda em todos os aspetos. – Respondeu o Andrew.
- Andrew não vale a pena começares a discutir com ela, ela sempre foi assim. Sempre que me vê, gosta de implicar comigo ou gozar porque não tenho as mesmas roupas que ela, ou o meu estilo de vida.
- Mas ela não pode fazer isso, tentar-te diminuir! Quem me dera que existisse uma lei a qual proibisse o acontecimento dessas coisas.
- Deixa lá. – Sorri e toquei na mão dele. – Atualmente nem ela, nem ninguém consegue mandar-me abaixo.
- Fico feliz por saber que também és uma pessoa rija. – Sorriu para mim. – Quanto à tua pergunta, eu vim para a tua turma, porque não conhecia ninguém a não seres tu.
- Que simpático! – Sorri forçadamente, porque julguei que tivesse vindo por outro motivo, ou seja, porque realmente gostava da minha companhia, mas pronto.
- O que mais gostas de fazer? – Perguntou-me.
- Andrew, não pudemos continuar a nossa conversa no intervalo? O professor chegou agora e eu tenho que tomar atenção para tirar boas notas.
- Claro não tem problema. – Disse-me.
Passado algum tempo.
O professor assim que chegou à sala de aula, pousou a sua mala em cima da mesa e começou a fazer a chamada. Explicou-nos que este ano iria ser o nosso professor de português, tal como de inglês, de seguida informou-nos que este ano irá começar a ser obrigatório usarmos um uniforme para haver igualdades. Finalmente começo a ver coisas boas a acontecerem aqui no reino. Depois dessa informação, também havia outra, parece que o rei irá começar a dar telemóveis a todos, mas só aos que não têm possibilidades e não têm nenhum telemóvel. Começo a achar tão estranho isto, será que o rei acordou e pensou "é melhor ser solidário com os habitantes do meu reino"? Depois, como o professor já tinha acabado de dar-nos aquelas informações, escrevemos o sumário e lemos dois textos. Passado algum tempo, finalmente chegou o intervalo.
Peguei nas minhas coisas e saí da sala. O Andrew disse que tinha de ir falar com o professor, e como também não temos grande afeto um pelo outro, decidi ir sozinha.
Mal cheguei ao jardim da escola, sentei-me num dos bancos que estavam disponíveis e comecei a comer uma maçã que tinha trazido, só para acalmar um pouco a fome que começava a sentir.Hoje o dia está tão estranho, recebemos ótimas notícias do rei, mas depois o facto da minha tia ter ido embora de casa, o Andrew aparece na minha vida, começo a pensar que as atitudes dele são por um motivo, e afinal são por outro motivo, depois é a Anastácia que mais uma vez tinha que tirar o seu dia para chatear-me.
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O meu namorado é um Príncipe - 1°Livro
FantasyNo pequeno reino de Fylgiar, vive uma garota completamente feliz com os seus pais, Miguel e Cristina. Ambos davam todo o amor e carinho à sua pequena Ana. Um dia, perto do aniversário da pequena Ana que completaria 12 anos, ambos decidiram ir ao me...