Capítulo 15

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Ana
Ainda não estou em mim quanto aos acontecimentos desta noite. Ainda não acredito que o rapaz que apaixonei-me logo à primeira vista na floresta, é na verdade um príncipe. Nunca pensei em apaixonar-me por um príncipe, mas sim por alguém que me amasse mesmo. Parece que todos os contos de fadas que a minha mãe e o meu pai me liam, começaram a fazer parte da minha vida. Sinto-me feliz por estes momentos, mas ao mesmo tempo sinto que ser uma princesa não faz parte ainda da minha vida, que não mereço estas coisas demasiado boas. Durante 17 anos, vivi como uma dona de casa, desde limpar a casa, como alimentar os animais, por isso. Sempre tive que ser eu mesma a lutar por mim, por isso, não estou habituada a ver alguém a lutar para tornar a minha vida muito melhor.

Dei um sorriso enquanto andava pelos corredores ao lado do Andrew, porque ao mesmo tempo tudo parece um sonho, preciso de alguém que me belisque.

- Ella está tudo bem? – Perguntou o Andrew enquanto andávamos pelos corredores em direção ao salão do baile.

- Sim está. – Sorri. – Estava apenas a pensar na minha vida, a analisar tudo, quem eu era e quem irei ser ao teu lado. – Agarrou na minha mão.

- Vais tornar-te uma pessoa muito feliz, porque tu mereces e eu vou-te ajudar.

- Obrigada mais uma vez. – Sorri.

- O amor não se agradece e tudo o que te dou é por amor.

- Tonto. – Sorri para ele e deu-me um beijo. – É melhor avançarmos o passo, daqui a bocado o teu pai pensa que te raptei.

- O meu pai sabe que quando estou contigo, fujo para outro mundo através dos meus pensamentos, mas jamais irias fazer tal coisa. – Sorri com a sua frase.

- Estou a ver que tentas ser poético mas ao mesmo tempo, não consegues. – Começámos a rir-nos.

Entretanto, chegámos ao salão do baile novamente. Comecei a olhar para todo o lado para ver se a minha tia continuava cá, e depois vi que já tinha ido embora. Que alívio! Mas a Anastácia e a Madalena ainda continuavam. O que não é de estranhar ao mesmo tempo, provavelmente a Anastácia está à espera que o Andrew afaste-se de mim, para ir dançar com ele, como se ao mesmo tempo tivesse hipóteses. Se nem aquela princesa de Paralda conseguiu, quanto mais ela.

Sentei-me ao lado do pai do Andrew que estava no trono e ele riu-se.

- Não estou habituada a estar durante horas em pé com os saltos. – Riu-se.

- Mas vais ter que começar a ficar habituada, olha que as princesas jogam à bola de saltos, não de ténis.

- A sério? – Perguntei chocada, depois o rei e o Andrew começaram a rir-se um para o outro.

- Ella o meu pai está a brincar contigo, não precisas de jogar à bola, muito menos de saltos. Foste apanhada na armadinha dele. – Voltaram a rir-se.

- Estou a ver que o senhor Artur é muito brincalhão. – Disse e ele riu-se.

- Sou bastante brincalhão sim, mas só para as pessoas que simpatizo e gosto.

- Então tenho que ficar muito feliz, significa que você simpatiza comigo e aceita-me.

- Pois, porque se não te aceitasse, neste momento já estavas nas masmorras. – Fiquei a olhar com uma cara muito séria para o Andrew, até que mais uma vez desatou a rir-se com o pai dele.

- Ella estava a brincar com você mais uma vez! – Disse o pai do Andrew.

- Nem quero imaginar a figura de tola que neste momento estou a fazer. – Disse e o Andrew negou com a cabeça.

- Estás nada a fazer figura de tola, nós gostamos é de estar com pessoas que tenham bom sentido de humor. – Disse o Andrew.

- Ao menos isso! – Sorri.

- Vão dançar, vocês ainda são jovens e a noite é uma criança. – Disse o rei.

- Bem, se a noite ainda é uma criança, então dar-me-ia a honra de vir dançar uma valsa comigo? – Perguntei ao rei, e ele ficou a olhar muito surpreendido para mim. – Não me diga que você não sabe dançar ou irá fazer-me tal desfeita. – Sorriu.

- Eu sei dançar, mas há imensos anos que uma jovem não questiona tal coisa, e essa jovem era a mãe do Andrew. – Ficou com uma cara triste.

- Não fique assim senhor Artur, esteja onde estiver a sua esposa, ela está a olhar por si. – Sorriu. – Agora, eu como sou jovem ainda, questiono novamente, quer vir dançar? – Sorri e o Andrew também sorriu. – Sim ou não?

- Vai lá pai, tens que abanar as curvas! – Disse o Andrew e o rei Artur levantou-se.

- Vamos lá dançar a tal valsa. – Sorri.

Ajudei-o a descer as escadas e nos dirigimos à pista de dança, fez sinal e começámos a dançar. Muitas das pessoas que estavam naquela sala ficaram muito surpreendidas, afinal era o rei a dançar com a futura esposa do seu filho. Enquanto dançávamos, notava o olhar invejoso da Anastácia e do quanto estava furiosa por ver-me tão feliz e a ser aceite pela família real.

- Onde você aprendeu a dançar desta maneira? – Perguntou o rei Artur enquanto dançávamos.

- Aprendi a dançar com o meu pai. Parece que estava a adivinhar que futuramente iria ser necessário saber dançar desta forma.

- Porque não convida o seu pai para vir cá almoçar connosco? Eu gostaria muito de o conhecer. – Disse o rei.

- Infelizmente os meus pais morreram, num acidente de carro quando eu tinha 11 anos ou 12 anos.

Assim que eu disse que não tinha pais, o rei Artur ficou a olhar para mim de outra forma. Parecia um olhar de pena mas ao mesmo tempo de pura admiração por falar com calma neste assunto.

Continuámos a dançar até que percebi, que a música estava a acabar.
Finalizámos a dança com uma vénia e de seguida, o público bateu palmas de admiração, mas claro, exceto a Anastácia e a Madalena.

- Foi preciso o meu filho arranjar-me uma nora, para eu voltar a dançar. – Disse o rei e o público começou a rir-se.

- É uma honra dançar consigo. – Disse e fiz novamente uma vénia.

De seguida, o Andrew chegou até mim e perguntou, se queria dançar o baile dançado a ultima dança com ele, e acabei por aceitar como é óbvio. O público mais uma vez estendeu os olhares sobre nós, afinal, seremos os futuros reis de Fylgiar.

Enquanto dançávamos, outros casais ou futuros casais juntaram-se a nós na última dança.
Cada volta, que dávamos, um sorriso compartilhava-se.

- Amo-te. – Disse-lhe.

- E eu a ti minha querida futura esposa e princesa Ella. – Sorri.

Finalizámos a dança com um beijo. Esta noite é mesmo inesquecível e jamais irei esquecer-me. É a melhor noite da minha vida.

Depois do baile acabar, eu, o Andrew e o rei Artur, ficámos em fila para despedir-nos de todas as pessoas que tinham vindo, mas uma coisa positiva aconteceu a qual fartei de me rir indiretamente mais o Andrew, foi a vénia que a Anastácia e a Madalena tiveram que me fazer.

Assim que todos saíram do baile, o Andrew levou-me para o nosso quarto ameu pedido. Antes de irmos ver o filme, queria tirar estes malditos saltos altosdevido ao cansaço que sentia nos pés, o vestido e tomar um duche, para ficarmais à vontade.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora