Capítulo 35

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Eduardo
Mal cheguei ao quarto da Ana, o André estava sentado no chão a olhar para ela. Não consigo perceber como é que ele é capaz de fazer isto; é como se tivesse andado a enganar-nos.
A minha prima pediu licença ao André e de ir ao pé da Ana.

- Primo, preciso de algo para aconchegar. - Olhou para todo o lado. - Olha vai buscar aquela almofada que está em cima do sofá, por favor. - Disse a Anelise.

- Uma almofada para aconchegar? Para isso, a deitamos na cama.

- Você esteja calado, não diga o que não sabe! -Disse a Anelise. - Quando alguém se sente mal, não se deve mexer na pessoa em questão e sim arranjar um aconchego para proteger a cabeça, e só pode mexer caso algum médico ou agente de socorro autorize.

- Pronto. - Disse o André.

Até tenho que ser sincero, fiquei bastante feliz quando a minha prima mandou o André calar-se, porque neste momento eu não consigo o ouvir ou olhar para a cara dele, depois de ter percebido que traiu a Ana, e que ela sentiu-se mal há pala dele.

- Primo... - Disse a Anelise. - Posso estar errada, mas eu acho que...

- Achas o quê? - Perguntei em choque, com o que a minha prima possa estar desconfiada.

- A Ana está com uma hemorragia...eu acho que ela acabou de sofrer um aborto espontâneo.

- O quê!? - Perguntei bastante chocado com a situação, eu bem sei o quanto a Ana andava entusiasmada com a ideia de ser mãe de dois bebés depois de ver roupas e mobílias.

- Não! Ela não pode ter perdido os nossos bebés. - Disse o André.

- Cale-se, aliás, vá lavar a sua boca, você cheira tranzanda a álcool por todo o lado! - Disse a minha prima.

De repente chegou o médico que tem assistido a Ana.

- Anelise, este é o médico da Ana.

- Olá, muito prazer. - Deu um aperto de mão. - Eu sou a Anelise, sou enfermeira de obstetrícia, e conhecimentos que tenho, acho que a Ana sofreu um aborto espontâneo devido a hemorragia que tem.

- Vamos ver, por favor, peço a todos que saiam do quarto e ficarei aqui com Anelise. - Disse o médico.

- Vamos. - Peguei no André por um braço e saímos do quarto.

Anelise
Começo a ficar bastante preocupado com esta situação. Eu sei perfeitamente o quanto a Ana é importante para o meu primo e principalmente, o quanto ele a ama.
Tenho pena que ela não o tenha escolhido, mas não a vou censurar, afinal o meu primo também foi o culpado, porque se ele tivesse dito o que sente por ela, se calhar hoje as coisas seriam diferentes. Também tenho pena, caso esteja certa, que ela tenha perdido os bebés, já assisti a casos assim, e dói tanto. Ser mãe sempre foi um grande sonho meu, mas não posso fazer nada, infelizmente também não tenho tido sorte com os homens.

- Anelise, eu acho melhor levarmos a Ella para o hospital.

- Concordo! Nós aqui não temos forma de saber como realmente ela está porque não temos máquinas, nem uma equipa médica.

- Sim tem razão, para não falar que ela continua inconsciente. - Suspirou. - Eu irei pedir uma ambulância e que a levem para o novo hospital do Reino. Eu sei que, a existência do mesmo é só para casos graves ou seja, de quem está no seu fim de vida, mas neste momento é o sítio mais apropriado e próximo.

- Sim, se é o local mais próximo e tenha lá uma equipa médica, concordo consigo, e se não importar, eu irei consigo.

- Há quantos anos você é enfermeira de obstetrícia?

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora