Capítulo 27

139 11 0
                                    

Ana
Assim que o médico real se foi embora, fui até à varanda do meu quarto. Ainda não sei como irei dizer ao Andrew que vamos ser pais de dois bebés, não sei como é que dentro de uma semana irei casar-me sem estar preparada. Para não falar que estou cheia de dúvidas quanto a isto tudo.
Fui buscar o meu telemóvel para ligar ao Eduardo e voltei para a varanda.

Começou a tocar.

- Estou? – Perguntei.

- Ana! Como é que estás? – Perguntou-me.

- Sabe tão bem ouvir o meu próprio nome, não morri por inteiro! – Suspirei. – Vou indo e tu?

- Estou bem. O que se passa?

- Algumas coisas, eu queria saber se poderias vir passar algum tempo aqui no palácio durante nove meses.

- Porquê durante nove meses? – Perguntou intrigado. – Espera...é o que estou a pensar?

- Infelizmente sim, e com a minha tia a fazer das suas não tem sido nada fácil. O médico deu-me o conselho de estar com alguém que tenha uma tremenda confiança, neste caso, és tu. O Andrew agora tem andado cheio de problemas desde que o rei morreu, é mais as vezes que estou sozinha com o melhor amigo dele aqui no quarto, do que sei lá o quê. Sinto-me completamente abandonada, depois para a semana vamos casar e não me sinto preparada, é um monte de coisas.

- Olha, porque não vens ter comigo ao café dos meus tios? – Perguntou o Eduardo.

- Eu não posso, o médico disse que não posso sair da cama. Tenho andando muito enervada, e ainda ontem desmaiei.

- Sendo assim, eu vou vestir qualquer coisa e vou ter contigo ao palácio.

- Parece-me bem! – Sorri. – Estarei aqui no meu quarto. Depois manda-me mensagem a dizer que chegas-te e o João vai ter contigo, se não, não deixam-te entrar, ah! E traz roupas, para ficares cá durante uns tempos.

- Porquê?

- Depois explico.

- Até já amiga e melhora por favor!

- Vou tentar! Até já. – Desliguei.

Truz, truz.

- Pode entrar. – Disse.

- Já estou despachado da reunião. – Disse o André enquanto entrava pelo nosso quarto e eu saia da varanda para ir ter com ele. – O que estavas a fazer lá fora?

- Nada demais, precisava de apanhar ar e aproveitei, falei um bocado com o Eduardo. O médico diz que deveria passar mais tempo aqui no palácio com os meus amigos mais chegados, para não me sentir tanto. – Suspirei. – Para não falar que não nasci para estar deitada.

- Eu sei disso, mas se disse para ficares deitada em repouso, foi porque no outro dia sentiste mal, para além, tens de ter mais cuidado com a tua saúde e a saúde do nosso bebé, e caso a tua tia mande algo, não leias porque depois ficas logo enervada e pões a tua saúde e a do bebé em jogo. – Assim que o disse, decidi ficar calada, o médico não irá dizer que tenho mesmo de ficar durante uns tempos de repouso.

- Eu já estou bem e os nossos bebés também.

- Como assim "nossos bebés"?

- O médico esteve a ver mais ou menos se estava tudo bem com a saúde do bebé, não fosse ter provocado algum problema na gravidez devido ao desmaio ou o facto de andar enervada, e quando ele olhou para ver se estava tudo bem com a bolsa, a máquina demonstrou que lá estavam dois embriões e não só um.

- Deu para ver o sexo dos bebés?

- Não, ainda é muito cedo e até o médico ficou admirado de ter conseguido ver os embriões e a bolsa, porque ele até tinha dito "eu não prometo que consiga ver já grande coisa".

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora