Capítulo 7

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Passado uma hora.

Ainda não acredito que finalmente estão a fazer obras na minha casa! Finalmente poderei viver em condições, mas ao mesmo tempo, parece-me suspeito, porque o rei Artur nunca pensou muito se nós habitantes vivíamos em condições, mas ao mesmo tempo, estou completamente feliz ao ver a casa que cresci ficar mais bonita, acolhedora e finalmente sem ter problemas com o frio.
Quem me dera puder compartilhar este momento com a minha tia Sara ou até com os meus pais.

Ainda pensei que ela voltasse, mas não. De repente, o telemóvel que hoje me foi dado na aula, começou a tocar. Tirei-o do bolso, e vi que era o Andrew.
Como é que ele já tem o meu número, se eu mesma ainda não sei o meu número? Mas mesmo assim, o lado positivo é que, ao ver algumas pessoas a mexerem nos telemóveis, sei como é que se atende.

Atendi.

- Ola Andrew. - Disse

- Pensei que não ias atender a chamada. - Começou a rir-se.

- Que piadinha Andrew! - Suspirei. - Eu não sou assim tão retrógrada ou burra. Sei mais ou menos como é que se mexe num telemóvel. - Disse enquanto andava na floresta.

- Tens mesmo a certeza que não queres ir jantar comigo? - Suspirei. - Irei adorar fugir da minha casa, só para ir ver o teu lindo sorriso.

- Andrew, andaste a beber? - Perguntei e depois comecei a rir-me.

- Não, eu não andei a beber, estou é a ser sincero contigo. Eu gosto imenso de falar e estar contigo. Por favor, não vais fazer-me esta desfeita.

- Andrew, eu não sei, para além não gosto de andar a ser sustentada pelos outros.

- Ana, eu não sou os outros! Eu sou o Andrew, o teu amigo, para além, onde gostava de ir jantar contigo, não iriamos pagar.

- Ai não? - Sorri. - Então diz-me onde é, e depois irei ver se realmente vou ou não.

- Estava a pensar irmos fazer um piquenique.

- Ah! - Sorri. - Há anos que já não vou a um piquenique.

- A sério? Sendo assim, mais um motivo para vires jantar comigo.

- Está bem eu vou, mas eu é que vou ter contigo!

- Há noite? É, que nem pensar! Eu vou aí te buscar, para além tenho um motorista privado só para mim.

- Pronto se o dizes, assunto encerrado. - Sorri e desliguei a chamada.

Peguei no cavalo e voltei para casa. Mal cheguei, fui até ao meu quarto para ver o que iria levar vestido para o piquenique, até que vi...eu não tenho nada de jeito para levar. Comecei a pensar no que poderia fazer, até que ocorreu-me uma ideia.

O Eduardo conhece-me com uma palma das suas mãos, tem bom gosto e faz vestidos. Se calhar, se eu pedisse-lhe ajuda, ele me poderia emprestar um vestido.

Saí do quarto, peguei nas minhas chaves de casa e fui até à casa dele. Sempre fomos vizinhos até ele e os seus pais irem embora para outro reino, mas pelo menos voltaram e já tenho o meu melhor amigo de volta.

Bati à porta e fiquei à espera que alguém fosse-me abrir a porta.

- Ana! Como é que estás? Entra! - Disse a mãe dele. A Cármen era a melhor amiga da minha mãe, e sempre disse que era muito parecida com ela.

- Eu estou bem e como você vai Cármen? Obrigada! - Entrei e fiquei junto às escadas.

- Estás cada vez mais parecida com a tua mãe! - Sorriu. - Vou chamar o Eduardo.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora