Capítulo 36

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Ana
Será que foi realmente verdade o que aconteceu ou foi um pesadelo?
Ainda custa-me a acreditar naquilo que eu vi, como é que o moço que eu amo o qual me pediu em casamento, foi capaz de me trair e ainda por cima com a Joana, logo ela que chegou a chantagear-me com a minha gravidez.
Será que realmente não tenho sido a futura esposa que o Andrew ou qualquer homem desejaria? Que me lembre, eu tenho feito o máximo que eu possa. Tenho tentado estar sempre presente no seu dia-a-dia, independentemente da circunstância que for. Penso que não merecia aquilo que ele me fez e ainda por cima, devido a isso, eu perdi um dos nossos bebés e foi um milagre não ter perdido o outro bebé! Acho que foi proteção dos meus pais.

Truz, truz.

- Pode entrar. - Disse.

- Ana, tens aqui o Andrew para falar contigo. Ele diz que é um assunto muito sério. - Disse a Anelise. - Se não quiseres o receber, ele não entra.

- Não! - Suspirei. - Tenho diversas coisas a dizer-lhe por isso, deixa-o entrar por favor.

- Assim seja. - Saiu e de seguida entrou o Andrew no quarto.

- Como é que é, olhar para uma futura esposa que foi traída com a prima do próprio futuro marido e que devido a isso, perdeu um bebé? - Perguntei.

- Ana. - Começou a chorar e tentou aproximar-se de mim.

- Não te aproximes de mim, muito menos penses em tocar-me!

- Ana, aquilo que assiste não foi o que pareceu! Foi a Joana que provocou a situação.

- Que eu saiba, nós pudemos dizer que sim a um acto sexual como também, pudemos dizer que não.

- Se não tivesse ingerido álcool enquanto estava enciumado com a tua amizade e a do Eduardo, talvez não tinha ficado bêbedo e a Joana não tinha conseguido o que conseguiu.

- Que eu saiba, não tinhas motivos suficientes para sentires ciúmes da minha amizade com o Eduardo, porque sempre disse, eu só o vejo como um irmão. - Suspirei. - E também que me lembre, tu não bebias álcool, para não falar como é que a tua prima iria logo descobrir que estavas um pouco alterado.

- Ana, eu estava a assistir a rires-te com o Eduardo e com a Anelise pela varanda do nosso quarto, ao mesmo tempo, bebia whisky. Depois, bateram à porta do nosso quarto, quando dei permissão para entrar, notei que era a Joana, tanto que a mesma veio com uma garrafa de gin na mão. Depois, começou a dizer que tinha vindo em paz. - Interrompi.

- Mesmo depois do que ela já nos fez, como é que conseguiste acreditar que ela viria em paz? Ainda por cima com o uma garrafa de gin? Qualquer pessoa que visse tal coisa, notaria que ela tinha alguma na manga.

- Ella, eu como estava alcoolizado, jamais iria ocorrer-me tal coisa! Tanto que depois, acabei por desabafar que estava a beber e naquele estado, porque estavas lá fora a rir-te com o Eduardo, depois começou a fazer-me uma massagem e foi daí que tudo surgiu. Foi ela que provocou isto tudo Ella! Eu jamais seria capaz de trair-te porque eu amo-te!

- É muito bonito dizeres que me amas, mas esqueceste, que estando alcoolizado ou não, traíste-me, logo com a pessoa que quis fazer mal à minha gravidez, e a qual, passava informações há minha tia!

- Sei disso Ana, mas por favor! Se eu tivesse sóbrio, nada disto teria acontecido, ainda por cima, jamais irei me perdoar porque, por minha culpa perdemos um dos nossos bebés.

- Pois.

- Se quiseres acabar comigo, eu compreendo.

- Eu só não acabo o nosso relacionamento, porque acima de tudo, eu te amo, porque espero um/a filho/a teu, também porque Fylgiar está a contar connosco e principalmente porque eu sei que a Joana não é flor que se cheire.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora