Minha vida depois de você

Capítulo 32/ Sophia

Eu ainda estava exauta por não ter descansando direito, fora que passei mais tempo com a Hellen do que devia, então cheguei super atrasada no serviço e de brinde levei a maior bronca da minha chefe.
Se tivesse sido só a bronca ali no momento estava tudo ok, mas ela me infernizou o restante do dia com várias cobranças e claro, me dando serviço atrás de serviço para fazer.
No meu rosto ainda haviam marcas da briga com Vick, então várias das outras vendedoras me perguntavam curiosas o que havia acontecido comigo. Eu nem falei nada, eu não queria mais confusão para meu lado. Falando em confusão, Vick sequer falou comigo, o que não me espantou nem um pouco.
Era óbvio que ela não falaria mais comigo.
O clima entre nós duas não estava nada bom, e claro, logo todos ao redor perceberam, afinal nós duas sempre fomos bem próximas e unidas.
Aquilo logo virou um disse me disse.
Vários boatos surgiram e sobre a briga também, e o pior que aquilo me deu uma vergonha enorme, porque no rosto de Vick não tinha nenhum arranhão.
Parecia que eu estava no Ensino Médio novamente.

*

Eu gostava muito da Vick e mesmo sabendo que eu não obteria qualquer resultado positivo fui falar com ela após o meu almoço.

Por fim acabou que nós duas discutimos.
Pra pior tudo minha chefe acabou me mandando ir para casa mais cedo para esfriar a cabeça. Parecia que não havia mais nada que pudesse dar errado.

Eu fui embora com raiva, estava me sentindo injustiçada.

Enquanto eu dirijia minha moto eu não deixava de pensar que eu estava mesmo numa maré ruim. Pelo menos eu tinha a Hellen, aquilo me consolava e me fazia sorrir. 
Quando eu a encontra-se eu sabia que todos os problemas seriam esquecidos e deixados de lado. Quando estávamos juntas, nada além do nosso amor importava.

*

Cheguei rápido e assim que coloquei os pés dentro de casa dei de cara com minhas mães. 
Até então elas ainda não tinham me visto, muito menos meus novos machucados na face.
Elas começaram à questionar o que havia acontecido.
As duas eram superprotetoras, não as julgo por isso. Era o jeito delas de demonstrarem que se importavam comigo.

Inventei uma desculpa qualquer de que havia sido uma tentativa de assalto e que eu havia reagido. Eu nunca fui fã de mentiras, mas fui obrigada à fazer aquilo.