Capítulo 24

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-Tá me seguindo, Conrado?

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-Tá me seguindo, Conrado?

Ele passa a mão no cabelo preto brilhoso com a cara fechada.

-Garanto que não é por vontade própria. -responde-me, rispido.

Caminho até meu carro com ele nos meus calcanhares.

- Para a sua segurança sua mãe pediu para que eu lhe acompanhasse discretamente até a essa tal festa.-seu desgosto é óbvio em cada palavra.

-Sinto muito que minha querida mãe tenha feito você vir até aqui, mas não preciso de babá.

-Acabei de ver isso por experiência própria.-ele diz passando a mão na pele de seu pescoço, onde precionei a corrente do meu pendante. - Porém não dá pra chegar aqui, dar alguns palpites em nossa caçada, conquistar o meu avô e achar que já sabe de tudo.

Levanto uma sobrancelha encarando-o com um ar questionador.

- Isso é ciúme ou inveja?

Conrado balança a cabeça jogando os braços para cima.

-Quer saber, você não precisa de mim. Sabe se cuidar muito bem sozinha.- dito isso, ele põe o capuz de volta sobre a cabeça, se vira e volta para o beco a passadas largas.

Fico observando-o se afastar. Conrado é um cara muito estranho. Vive de cara amarrada, olhar sério. Parece ter raiva do mundo. Não tem nada a ver com a Ruby, que é sempre alegre, de bem com a vida.

 Não tem nada a ver com a Ruby, que é sempre alegre, de bem com a vida

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Paro no estacionamento da
escola e antes de descer meu celular toca. Pego o aparelho de dentro da minha bolsa modelo carteira e faço cara feia quando vejo quem está ligando.

-O que você quer dessa vez?-aperto o celular com força.

Uma risada sinistra invade meus ouvidos.

-Eu soube que vai à festa da fogueira.

Tranco o carro e me escoro nele.

-Sim e daí?

Lua Negra (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora