Kimberly foi criada longe de seus parentes maternos, mas quando sua avó morre e sua mãe é obrigada a retornar a sua cidade natal para a leitura do testamento , ela vê nisso a chance de conhecê-los e descobrir mais sobre eles, porém quanto mais tenta...
De todas as coisas que eu não sei fazer na vida, fingir é a maior delas. Depois de termos passado quase vinte minutos chorando, lamentando a morte do meu pai, mamãe pediu para eu fingir que nada aconteceu, pra deixar as coisas do jeito que estão e que eu tentasse levar uma vida normal de adolescente. OK posso até tentar levar uma vida normal de adolescente, mas fingir que meu pai não foi morto pela Lua Negra, ai já é demais. Mas concordei sem questioná-la porque sei que logo, logo, estaremos fora dessa cidade.
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Encaro uma construção de tijolos vermelhos, fachadas brancas e janelas e portas de vidro. Havenwood High School é menor que a minha antiga escola. Mas também a Georgetown High School é uma escola particular muito importante e das mais renomadas do estado da Califórnia.
Atravesso o estacionamento e paro embaixo de uma árvore, fico esperando enquanto as portas duplas não abrem. Observo a massa de alunos que de pouco em pouco vai chegando e lotando o gramado em frente a escola. Alguns se abraçam, outros vão formando pequenos grupos. Pelo jeito eu sou a única novata aqui. Não vejo nenhum rosto conhecido, o que é chato. Queria que tivesse alguém conhecido só para não me sentir tão só e tão deslocada. Pego meu celular na bolsa quando começa a tocar.
"Chamada descohecida."
Suspiro ponderando se devo atender ou não. Faço uma careta e desligo, mas logo em seguida começa a tocar de novo.
—O que você quer?!– vocifero ao atender.
A voz robótica do outro lado da linha dá uma risada.
