Capítulo 67

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Dominic guia a moto com uma habilidade incrível. Desvia das árvores e às vezes passa por entre duas delas fazendo com eu aperte sua cintura ainda mais.

Estamos rastreando o verdadeiro cheiro da Zoe com a sua toalha de banho que os meninos conseguiram com a amiga dela de quarto da universidade. Eles não nos contaram como conseguiram isso e acho que prefiro ficar sem saber mesmo.

Salto da moto e penteio meus cabelos com os dedos desfazendo os nós que se formaram nas pontas que ficaram para fora do capacete.

—Tem certeza que ela não está mais aqui? –Rubi pergunta.

Nós três, que temos o faro de lobo, assentimos ao mesmo tempo.

—A essência dela está fraca, quase sumindo. –Dominic pega o capacete da minha mão e o pendura no guidom da moto.

O cheiro da Zoe nos trouxe até um hotel simples nos limites de Havenwood Falls.

—Então temos que ir lá checar. –Rubi se vira pro Noah. —Trouxe o que eu te pedi?

Ele responde que sim e puxa o assento da sua moto pra cima. Tira de dentro do compartimento de guardar capacetes, uma pequena bolsa feminina e entrega a ela.

Dominic põe os braços envolta de mim, roçando o nariz no meu cabelo.

—Você tá bem?

—Sim. –respondo encarando o hotel. —Sinto que estamos perto de pegar o lobo-cão.

—E isso não é uma coisa boa?

—É, mas penso na minha mãe, ele é filho dela...não sei como será pra ela ter que lidar com isso quando estiver cara à cara com ele...quando tiver que matá-lo.

—Não adianta sofrer por antecipação, baby. Tenho certeza que quando chegar o momento, sua mãe saberá o que fazer.

Beijo os nós de seus dedos.

—Ei! Barbie girl, pega.

Viro-me e Rubi joga algo pra mim, pego-o no ar.

É um distintivo falso.

—E pra quê isso? –ergo o objeto.

—É o que vamos usar pra podermos ter acesso ao quarto que a Zoe estava hospedada. –ela prende um nos cós da sua calça jeans e fica se olhando toda satisfeita.

—Não acredito que tá sugerindo que a gente se passe por policiais!

Rubi levanta o olhar.

—Não tô sugerindo, tô afirmando.

Balanço a cabeça freneticamente.

—Tô fora. –jogo o distintivo de volta pra ela.

—Quê? Mas por quê?

—Isso é crime, Rubi!

Ela dá de ombros.

—E daí? Sam e Dean Winchester fazem isso o tempo todo em Supernatural e sempre dá certo.

Dominic e Noah dão risada.

—Não acredito que ouvi isso! Supernatural é ficção e o que estamos fazendo aqui é real...e não quero ser presa.

—Eu sei! Só tô zoando contigo, bobinha.

Reviro os olhos.

Dominic me puxa para junto de si. Me aninho nele com raiva, evitando olhar pra Rubi.

—É melhor eu ir com você, e a Kim e o Dom ficarem vigiando. –Noah sugere.

—Não. –Rubi descarta me encarando.

Lua Negra (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora