Capítulo 13.

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Lágrimas rolavam com insistência pelo meu rosto, o Senhor estava fazendo seu mover ali naquele lugar mais uma vez, o Senhor estava mostrando o tamanho do seu poder e aquilo era lindo de ver. Era ótimo estar de perto vendo o Deus que tudo pode falar com Thomas, só era angustiante esperar pela resposta.

— Você crê? — o pastor perguntou mais uma vez, e então encarei Thomas que seguia com os olhos fechados.

— Creio. — sussurrou com dificuldade, e não pude evitar de sorrir, meu coração estava transbordando alegria para todos os lados.

— Amém, meu jovem. O Senhor te ama, Ele acredita em você e nunca vai desistir de ti. Amém. — disse o pastor que rapidamente se afastou e seguiu com a palavra. Thomas não me olhou, permaneceu de cabeça abaixada até o final.

Quando o culto foi encerrado, como sempre todos começaram a se cumprimentar. Grace rapidamente veio em minha direção e me deu aqueles abraços que eu tanto amo.

— E você.. — ela falou, desprendendo-se do abraço. — Thomas! — exclamou, abraçando-o gentilmente. — Obrigada por vir, é maravilhoso poder ter sua presença aqui conosco. Espero que tenha gostado e que venha mais vezes, sei que o Senhor vai se alegrar muito e nós também. — o soltou assim que terminou, Thomas sorriu fraco.

— Obrigado, foi bom eu ter vindo.

— Que isso, não é para agradecer. — Grace olhou para mim. — Manu, já falou com ele sobre o acampamento? — perguntou eufórica. — Saiba que está convidado! — exclamou, virando-se novamente para ele.

— Que acampamento? — Thomas perguntou e me olhou confuso.

— Ah.. Eu ainda não falei com ele, Grace. — alertei. — Depois te explico Thomas. — conclui e ele assentiu.

— Manu! — Devon se aproximou e me abraçou contente. — Sua voz parece estar cada dia mais linda. — sorri, e me afastei do abraço.

— Obrigada. — falei sem jeito.

— E você cara, como se chama? — perguntou, virando-se para Thomas.

Thomas o encarou por alguns segundos. — Thomas. — respondeu firme. — E você? — perguntou.

— Devon. — respondeu de forma simpática. — Seja bem vindo, gostou do culto? — perguntou.

— Gostei sim. — Thomas respondeu.

Eu não sei porque mas parecia que o clima tinha ficado meio estranho, Grace encarava os dois de forma estranha e Thomas por sua vez, me olhou.

— Ótimo! — exclamei, alguém precisava quebrar o silêncio. — Gente, eu tenho que ir pois Thomas e eu temos compromisso. — conclui, e Thomas me encarou.

— Thomas, não gosto nada disso! Você rouba minha melhor amiga a semana inteira e até nos domingos? — brincou Grace, Thomas e eu rimos.

— Vocês... — Devon pausou. — Estão namorando? — perguntou.

Gelei, senti os olhos de Thomas em mim. — Não! Somos amigos, parceiros de trabalho. — falei, por fim. Grace deu risada.

— Ah.. — Devon sorriu.

A conversa terminou ali, e puxei Thomas pelo braço, fomos para fora da igreja esperar por mamãe e papai que certamente estavam vendo as coisas do acampamento. Thomas estava em silêncio e encostou as costas no carro de papai, pôs suas mãos no bolso e encarou o chão.

— Tá quietinho por quê? — perguntei, me aproximando.

— Por nada.

— Ah, fala vai. A gente devia fazer um trato, não acha? — indaguei entusiasmada.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora