Capítulo 15.

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Mídia acima: Música escutada por Manuela e Thomas.

Ao ver Julian caído no chão, imediatamente entrei no meio dos dois, ficando de frente para Thomas.

— Thomas, para! — exclamei.

— Sai da frente, Manu. — Julian falou, se levantando por trás de mim.

— Não! Isso é idiotice demais. Não tem motivo nenhum para brigarem. — falei indignada.

— Desculpa, Manu. Mas não vou deixar isso barato. — Julian falou, senti me empurrar para o lado e passou rapidamente por mim, então vi seu punho cerrar e ir na direção de Thomas.

— Para os dois! — gritei imediatamente.

Thomas segurou a mão de Julian antes mesmo de chegar em seu rosto, o puxou fortemente para perto, envolveu o braço livre em seu pescoço e socou duas vezes a barriga dele.

— Não! — gritei, sentindo meus olhos lacrimejarem, eu não podia explicar o como estava me sentindo péssima vendo aquilo. — Para! — exclamei, empurrando Thomas para longe de Julian, fazendo-o soltá-lo. — Chega, pelo amor de Deus. — senti uma lágrima escorrer.

Os dois eram importantes demais para mim, e vê-los naquela situação me fazia sentir péssima. Eles nem se conheciam, por que estavam brigando?

— Vai embora, seu otário. — falou Julian, totalmente irritado, ainda se recompondo.

— Quem tem que ir é você. — Thomas retrucou.

— Eu quem tenho que ir? Quem você acha que é? Eu falei para ela que você não prestava, infelizmente Manuela e Samantha não deram sorte com o parceiro do trabalho. Pegaram dois inúteis de merda! — exclamou Julian.

— Julian! O que é isso? — indaguei, me virando para ele.

— Retire o que disse. — Thomas ordenou.

— Me obriga. — Julian retrucou, encarando-o.

— Chega! — gritei, antes que Thomas se aproximasse e me coloquei em sua frente. — Thomas, ele tá irritado, ele não quis dizer isso. Por favor, se acalme. — pedi.

— Manu, eu vou ir embora, como eu disse, tenho compromisso. — Julian falou e me virei para ele. — Se precisar, me liga. — beijou levemente minha testa. — Desculpa por ter visto isso, você não merecia. — sussurrou, encarou Thomas e logo se retirou.

Me virei novamente para Thomas que encarava o chão. — Por quê? — perguntei, senti a vontade de chorar voltar ainda mais forte.

— Sinto muito. — respondeu, se virou de costas logo após.

— Não! Você não vai fazer isso! — exclamei, indo até ele e parando em sua frente. — Você não vai me deixar aqui em pé de novo e vai embora como se nada tivesse acontecido. — falei irritada. — Do que você está fugindo? — indaguei.

— Tentando fugir do que sinto por você. — me encarou.

Senti todo o meu corpo gelar. — Quê? — balbuciei.

Ele sentia alguma coisa por mim? Se sentia, por que não disse antes? Por que tive que passar um dia chorando para que ele me dissesse a verdade?

— Deixa eu ir, preciso ficar sozinho. — pediu, me olhando nos olhos.

— Não vai, eu preciso falar com você. — falei, o encarando.

— Eu preciso de um tempo, desculpa. — suspirou, e então saí de sua frente e ele adentrou no carro.

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