Capítulo 16.

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Meu coração estava acelerado, acho que eu não conseguia ouvir meus pensamentos. Assim que nossos lábios se juntaram, fechei meus olhos suavemente e Thomas se aproximou ainda mais de mim. Um de seus braços veio ao encontro da minha cintura, onde se envolveu com muita delicadeza. Nossos lábios se moviam na mesma velocidade, de uma maneira lenta, mas apaixonada. Levei uma de minhas mãos ao seu rosto, e o acariciei. O beijo durou alguns segundos, mesmo sendo lento, eu já estava ficando sem ar, Thomas terminou o beijo em um selinho molhado e lentamente afastou seu rosto do meu, abri os olhos junto com ele e nossos olhares se encontraram. Acho que eu estava paralisada, não sabia o que dizer, nem o que fazer. Era meu primeiro beijo.

O que costumam dizer agora? — pensei.

Os olhos de Thomas, estavam fixos em mim, me olhava com muita ternura de uma forma que nunva havia me olhado antes. Suspirei profundamente, buscando palavras dentro de mim mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, Thomas quebrou o silêncio:

— Eu também te amo. — sussurrou, ainda me fitando.

Mil borboletas passearam em meu estômago, foi uma coisa tão linda e especial de se ouvir. Dessa vez as palavras não vieram de meus pais e de meus amigos, mas sim do garoto que eu amava e aquilo pra mim foi extraordinário. É uma sensação impossível de ser descrita.

Me faltavam palavras, então eu somente me joguei em seus braços, apertando-o tão forte como jamais havia feito. — Eu não acredito que disse isso. — balbuciei.

— Por quê? — perguntou meio confuso mas parecia ter um sorriso entre os lábios.

— Eu pensei em tantas coisas.. — falei, afastando-me do abraço. — Às vezes parecia que você sentia algo e às vezes não, eu fiquei confusa e com medo. — soltei rapidamente as palavras como se eu estivesse abrindo meu coração.

— Acho que eu também fiquei com um pouco de medo. — sorriu e se aproximou, me dando um leve selinho. — Mas não precisa mais ter medo. — concluiu.

— Não vou. — sussurrei, apoiando minha bochecha sob seu peito e abraçando-o novamente.

Pude senti-lo depositar um beijo em minha cabeça e ficamos ali abraçados, estava um pouco frio mas eu não me importei. Estávamos sentados a beira mar, perto das ondas, naquele lugar de paz. Acho que eu não poderia imaginar uma situação mais romântica e mais bonita naquele momento, estar nos braços dele era tranquilizante, de um modo que me fazia temer perdê-lo algum dia.

— Eu quero que você vá ao acampamento comigo. — cochichei, um tempo depois.

— Você ainda não me explicou como vai ser isso. — respondeu meio confuso.

— Então.. — me desprendi do abraço e fiquei de frente para ele. — Vamos em um ônibus com os jovens da igreja e outros que convidamos de outra igreja para a acampar. Vai ser o final de semana todinho. — expliquei, entusiasmada e pude vê-lo sorrir.

— Eu vou sim. — concordou.

— Sério? — perguntei incrédula e totalmente contente, eu ainda tinha muito medo que ele não quisesse ir. — Aaaah, obrigada! — falei, beijando-lhe a bochecha.

Thomas deu risada. — O que vou precisar levar? — perguntou.

— Então, sua cabana, roupa, coisas que vai precisar. Menos comida que é por conta da igreja, já está tudo no ônibus. — expliquei.

— Tudo bem, então. — sorriu.

— Obrigada por ir, significa muito pra mim.

— Não fica me agradecendo. — entrelaçou sua mão na minha, me fazendo sorrir.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora