Nos sentamos na mesa juntos, nós três. Sam e Barry não paravam de falar, pareciam muito animados por se verem, já como fazia tempo que isso não acontecia. Eu fiquei apenas observando eles colocarem todas as novidades em dia, riam e falavam sobre as lembranças de infância que ambos tinham juntos, que me faziam rir.
— Estamos deixando ela fora do assunto. — Barry comentou, interrompendo Sam que não parava de falar e rir.
— Pois, é. Culpa sua, Barry, se toca! — deu-lhe um tapa no braço assim que parou de rir.
— Não precisam se preocupar por mim, — pausei, com um sorriso. — vejo o quanto estão felizes por se encontrarem. — conclui.
— Que isso.. — Barry, balançou a cabeça negativamente. — Sam e eu, vamos ter muito tempo juntos para colocar os assuntos em dia. — concluiu.
— Verdade. — Sam assentiu.
— E por que vão ter muito tempo juntos? — perguntei.
— Eu vou ficar na casa da Sam por um tempo. — Barry respondeu.
— É, minha mãe disse que não posso ficar te incomodando sempre, então convidamos essa peste. — Samantha acrescentou.
Barry assentiu com a cabeça. — Me convidaram não, eu fui obrigado a vir. — falou meio sério.
Eu fiquei sem reação, Samantha encarou ele, com uma expressão bem furiosa, o que me deu um pouco de medo.
— Que te obrigou, seu babaca? — ela perguntou, ainda mantendo a mesma expressão, até que os dois começaram a rir, fazendo com que eu suspirasse aliviada.
— Você acha que eu ia querer passar um tempo com essa garota aqui? — Barry apontou para Sam, com uma expressão de desdém.
— Nem eu quero passar com você. — Sam cruzou os braços, fazendo um biquinho.
Barry caiu na risada, passando seu braço por trás dela e puxando-a para um abraço. — Ela tá mais dramática que a última vez que a vi. — falou.
— Deve ser os hormônios. — comentei, Barry e eu rimos, enquanto Sam mantia o biquinho em seus lábios.
{...}
Quando chegamos na casa de Sam, ela subiu para o quarto, enquanto fui preparar uma pipoca, ela havia insistido que assistimos um filme com ela.
— Quer ajuda? — Barry perguntou no momento em que apareceu inesperadamente na cozinha ao meu lado.
— Não, pode deixar. Ainda sei fazer pipoca. — dei um sorriso simpático.
— Só não coloque fogo na casa! — exclamou, voltando à escada.
— Pode deixar! — ri baixinho para mim mesma, e voltei com minha atenção à panela.
No momento em que a pipoca ficou pronta, servi-a em três tijelas diferentes, e subi com duas delas.
— Quer ajuda agora? — Barry perguntou assim que entrei no quarto.
— Agora preciso, senão vou ter que descer e subir mais duas vezes. — ri, entregando as tijelas à Samantha.
Barry e eu descemos juntos, subi com a garrafa de coca-cola e dois copos, e ele com a outra tijela que faltava. Quando chegamos no quarto de Sam, ela e eu ficamos na cama enquanto Barry acomodou-se no chão, e então começamos a assistir o filme.
Nós vimos O Impossível, um filme lindo, na verdade. Barry fazia alguns comentários durante o filme, eu já o tinha visto, mas não todo. Barry pareceu gostar bastante da história, assim como Sam também, ficaram entusiasmados com o final, e fiquei feliz por isso.
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O Milagre [EM REVISÃO]
SpiritualManuela Soares é uma jovem cristã que espera pacientemente pelo seu escolhido, e surpreendentemente, ao conhecer um rapaz, encontra nele o amor que um dia sonhou ter, mas nem tudo sai como ela imaginou que seria, há uma grande diferença entre eles...