Capítulo 7.

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O armário era meio apertado e só havia a iluminação da pequena janela. Thomas estava com seu corpo colado ao meu, levantei meus olhos e suspirei quando o vi.

— Thomas! Você é louco? Me assustou! — gritei, dando um tapa em seu braço. — Não faz isso! Quase que me mata do coração. — completei, ainda com o coração acelerado, ele realmente havia me assustado.

— Fica quieta! — exclamou, quase que em um sussurro e tapou minha boca com as mãos.

Pronto! Agora eu já não estava entendendo nada. Quando me acalmei, pude perceber o quão próximos estávamos, o que me fez voltar a ficar nervosa.

— O que você quer? Por que me puxou? — perguntei incômoda.

— Talvez eu demore hoje a chegar na sua casa.

Foi quando lembrei do que havia acontecido com Peter.

— Thomas! — exclamei assustada, colocando as duas mãos sob seu rosto e comecei a procurar algum vermelhão ou até mesmo machucado. — Você está bem? Aconteceu alguma coisa com você? — perguntei impaciente.

— Calma, eu estou bem. — respondeu, me olhando de forma confusa. — Por que a pergunta?

Ainda estava com as mãos sob suas bochechas, olhando-o de maneira preocupada. Havia agido por impulso, então afastei minhas mãos.

— Soube que o Peter bateu em um menino de medicina e que estava na direção, eu fiquei preocupada. Não te vi no tempo livre, falaram que os amigos dele estavam na direção também. — falei, meio sem jeito.

— Eu não briguei, estou bem. — falou me olhando nos olhos, soltei um sorriso tímido e abaixei o olhar. — Ei, — ele sussurrou, fazendo com que eu olhasse novamente para ele. — estou bem. — completou.

Saber que ele estava bem já me deixava mais tranquila, mas o fato de estarmos tão próximos me deixava nervosa e um pouco incomodada, então tentei despedir-me dele, de forma que ele não notasse o motivo.

— Eu vou esperar você chegar. — falei. — Não tem problema se demorar. — completei.

— Tá bom. Só queria te avisar para não pensar que eu não vou. — respondeu.

— Eu vou indo, então. Até. — falei meio sem jeito e sai do pequeno armário, deixando-o lá dentro.

No caminho para casa, eu não conseguia pensar em outra coisa. Estava chateada comigo mesma.

Senhor, por que me sinto assim? Não quero me sentir assim, me ajuda por favor. Eu não quero gostar de ninguém. — sussurrei, sentindo uma lágrima descer pelo meu rosto enquanto caminhava.

Eu não sabia o que estava sentindo e tinha muito medo por isso, medo de me magoar. Não entendia o porque poderia acontecer justo com ele, justo agora. Em casa, a primeira coisa que fiz foi me ajoelhar para orar, em meio as minhas lágrimas eu pedia à Deus uma ajuda para tentar entender o que estava acontecendo, eu estava tão confusa, sentindo coisas que nunca havia sentido antes. Eu tinha tanto medo, e eu sentia Deus me confortando a cada lágrima que eu deixava rolar. Eu não sabia se aquilo era certo, para mim parecia errado, e isso me magoava mais ainda. Pedi direção ao Senhor para que me desse uma palavra que o meu coração precisasse ouvir, então abri a bíblia. Fui direcionada á Isaías 41:10:

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora