Capítulo 10.

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Manuela POV's

Depois de mandar a mensagem para Thomas, tomei o chá para resfriado que minha mãe me havia preparado e deixado na mesinha de centro da sala.

Eu gostaria de vê-lo mas fazia muito frio, e sair naquele tempo provavelmente só iria piorar a minha garganta, minha febre e dor de cabeça.

Eu estava sendo aquecida por dois cobertores e ainda sentia frio, se eu ficasse sem coberta, eu me tremia de frio. Meu celular apitou novamente, e com certeza era Thomas.

Mensagem:

“Está doente?”

“Sim.. Gripe. O tempo não vai me ajudar se eu sair.”

“Entendo.. Melhoras, e se cuide.” sorri ao ler.

Eu estava feliz por ele ter procurado saber de mim, sabia que meu dia provavelmente seria muito tedioso. Eu quase não levantava por conta do frio, e fiquei a manhã inteira assistindo Tom e Jerry na televisão.

O tempo passava e meus espirros aumentavam, havia acabado os remédios para gripe e eu só tinha tomado um chá e um remédio para dor de cabeça, ainda não havia comido nada, não costumava ter fome quando ficava com dor de cabeça.

Enquanto passava o tempo, eu conversava com Deus sobre todo tipo de coisa. Sempre que eu estava sozinha, era minha coisa favorita para fazer. Falava sobre meus sentimentos, pedia para proteger minha família, falava o quanto eu o amava, agradecia por todas as coisas e eu me sentia bem.

Eu não suportava ficar deitada sem poder fazer nada, talvez eu fosse muito agitada, ou talvez acostumada a sempre estar fazendo alguma coisa. Tempo depois eu acabei cochilando no sofá, e acordei com o som da campainha.

— Quem será? — perguntei para mim mesma, e me levantei, usando meu moletom e minhas meias cinzas para abrir a porta. — O que faz aqui? — perguntei surpresa ao ver Thomas parado em minha porta.

— É seu dia de escolher o que fazer. — falou, observando minha roupa.

— Mas estou gripada. — falei meio sem jeito.

— Então eu escolho cuidar de você. — disse firme, e passou rapidamente por mim, entrando em casa.

Sem nenhuma expressão ou reação, fechei a porta e o encarei, meio trêmula. Não acreditava que ele tinha vindo pra isso, e nem sabia se isso era correto.

— O que está fazendo em pé? Deita, você está tremendo. — falou, me encarando, então me deitei e me cobri.

Thomas se aproximou e se sentou na beirada do sofá onde eu estava, e apoiou a mão sob minha testa. — Você está muito quente. — falou, logo em seguida.

— É, acho que sim. — afirmei, meio tímida.

— Já tomou remédio? — perguntou.

— Para gripe não, não tem mais. — respondi.

— Então vou comprar. — disse, se levantando.

— Não! Que isso, não precisa, sério mesmo. Não quero te dar trabalho, é só uma gripe, logo passa. — falei ainda trêmula.

— Está tremendo, e muito quente. Deixe-me ajudar.

Eu não poderia negar que ele me ajudasse, e por mais que tudo aquilo fosse novo e diferente pra mim, eu gostava que ele se importasse com o meu bem-estar.

— Tudo bem. — concordei. — Pega as chaves em cima do piano para que eu não me levante, não gosto muito de tremer. — falei, e ele sorriu.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora