Capítulo 24.

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Thomas POV's

— O que você disse? — questionei-a, um pouco surpreso.

No momento tudo o que eu queria era estar errado sobre as palavras que escutei, Manuela não poderia ter dito aquilo.

— Desculpa, eu.. — suspirou. — Não quis dizer isso, estou confusa, magoada e não consigo pensar direito.

O alívio que senti na minha alma, foi inexplicável.

— Amor.. — me aproximei lentamente.

— Eu entendo você. — me interrompeu. — Eu sei que precisa de tempo para assimilar tudo, para contar aos seus amigos, sei que tem pouco tempo que estamos juntos. Eu não quero pressionar você. — concluiu.

— Eu só preciso de tempo, como você disse. Vou colocar tudo no lugar, prometo. — levei minhas mãos ao rosto de Manuela, acariciando-o de maneira gentil enquanto a observava.

— Eu acho que, você não deveria ter comprado aliança só pra eu usar... Eu não quero ficar usando uma aliança sozinha, como se estivesse usando com um fantasma.. — levantou seu olhar para mim. — Você me entende?

Assenti com a cabeça, eu realmente a entendia mas simplesmente não podia fazer o que ela queria no momento.

— Não vai mais usar, então? — perguntei.

— Eu vou sim, afinal você não comprou atoa. Não vou fazer isso com você.

— Se não quiser usar, realmente não precisa.

— Tá tudo bem. — deu de ombros.

Eu não queria perdê-la, por circunstância alguma, àquilo tudo era novo pra mim mas eu realmente a amava e só Deus sabia o quanto.

— O que vamos fazer hoje? — perguntou.

— Quer ir ao shopping?

Manuela assentiu, parecia mais animada. Assim que ela pegou a bolsa nós saímos, sei que ela ainda pensava na nossa briga, nossa primeira briga mas parecia estar tentando esquecer então toquei no assunto, infelizmente fomos o caminho em silencio.

— Queria comer um hambúrguer, daqueles do Mc Donalds. — comentou assim que entramos na área de alimentação.

— Vamos, então.

Puxei-a pela cintura e a conduzi até o Mc Donalds onde pedimos dois lanches, acompanhado de batata e refrigerante, escolhemos uma mesa onde nos sentamos. O shopping estava cheio e tinha muitas crianças pois um filme infantil estava sendo estreiado naquele dia.

— Qual filme deve ser? — perguntou enquanto esperávamos o lanche.

— Não tenho ideia. — dei de ombros.

— Eu gosto desses filmes.

— Eu sei. — ri.

— Você também gostava.

— Claro, quando eu era um menino. — debochei.

— Talvez eu ainda seja uma menina. — mostrou língua.

— Mas você é, por dentro.

Manuela abriu um lindo sorriso, qual também me fez sorrir.

— Você ainda não me falou como foi com a Samantha. — comentei.

— Ah, ela acordou! — exclamou.

— Está mais despreocupada?

— Não sei... Ainda tem tanta coisa pra acontecer e o maior problema é que não sei como ela vai reagir. Só entreguei nas mãos de Deus e pedi para que Ele cuidasse dela.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora