Capítulo 33.

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— Vou terminar o check-in. — falei, logo após um curto silêncio.

— Manu, tem algum problema? — Thomas perguntou com uma expressão um tanto preocupada.

— Não, por que teria?

— É que quando fiz a reserva, só havia essa suíte disponível, não queria perder a pousada, achei perfeita pra você. Tem certeza que não tem nenhum problema? — insistiu.

— Te-tenho sim. — gaguejei. — Não acha que está gastando muito dinheiro comigo? — perguntei.

Eu não queria falar o real motivo, não queria dizer que não estava em meus planos dormir no mesmo quarto e na mesma cama, e que preferia dormir em quartos separados.

Mas eu sabia o quanto ele estava gastando com aquela viagem, e acho que isso me assustava bastante, tudo estava saindo por conta dele e eu não gostava disso.

— Amor, não olha para essas coisas. Nada disso importa, só o que é importante, é você e eu. O resto é resto. — falou, calmamente.

— Tudo bem. — sorri fraco.

— Ótimo. — beijou-me levemente a testa.

Assenti com um sorriso e voltei ao balcão para terminar de fazer nosso check-in, dez minutos depois e tudo ficou pronto, então um empregado pegou nossas bagagens e nos dirigiu a suíte.

A pousada era em três andares e era tudo bem arrumado e conservado, as cores eram bem vivas mas a iluminação era um tanto amarelada, de todos os cômodos, o que dava um efeito lindo.

Percebi que a maioria dos móveis eram de madeira, o que me fazia lembrar um pouco a minha casa. O lugar era extremamente confortável, e bastante romântico.

Subimos até o terceiro andar, onde nossa suíte ficava, o empregado deixou que passássemos na frente e logo o mesmo nos seguiu, deixando a bagagem em um canto da parede.

Observei cada detalhe com muita atenção, o quarto era muito grande e havia uma varanda que dava visão à todo o quintal assim como à piscina, de bem longe era possível avistar o mar.

A hidromassagem ficava ali mesmo, não muito longe da cama, e ela era bastante convidativa. As paredes eram brancas, mas a iluminação amarelada, deixavam um clima diferente.

— Gostou? — Thomas perguntou, aproximando-se lentamente de mim.

— Eu amei. — falei, ainda boquiaberta.

Não acreditava que dormiria naquele quarto por alguns dias, todo o lugar era extremamente lindo e acomodativo. Vendo aquele quarto, eu tive certeza do dinheiro que Thomas estava gastando, o que me deixou um tanto incomodada, mas tentei deixar isso de lado. Afinal, Thomas não se sentia à vontade quando eu falava sobre o assunto.

— É incrível, cada detalhe. E ainda tem o banheiro.. — comentei, indo em direção a porta do banheiro, logo em seguida.

Assim que entrei no cômodo, dei de cara com um box de vidro temperado, que era bem maior do que o esperado. O banheiro era bem acomodativo assim como o resto do local, um cheiro de flores estava no ar, o que o deixava bem mais confortável.

— Uau, é melhor que nas fotos que vi. — Thomas falou. Novamente, não percebi que ele estava atrás de mim.

— Não só o banheiro e o quarto. A pousada toda está magnífica! — exclamei, sorridente.

{...}

Depois de Thomas dar uma gorjeta ao empregado, o dispensamos. Então pudemos nos acomodar, tomei um banho frio, fazia muito calor. O clima no Brasil não era nada sútil.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora