Capítulo 17.

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Manuela POV's

Enfim era sexta-feira, eu nem conseguia acreditar. Era o dia em que eu iria acampar com meus irmãos em Cristo, esperamos por esse dia um ano inteiro e quando chega parece até mentira. É lindo que todos nós tenhamos a mesma animação e alegria para passarmos um tempo juntos, e enfim era o dia, dia do nosso retiro.

— Manu, tem certeza que colocou todas as coisas na sua bolsa? — mamãe perguntou, ela estava tão agitada, acho que mais agitada do que eu.

— Sim, mãe. Conferi umas três vezes, está tudo certo. — falei tranquilamente, tentando acalmá-la.

Acho que a ideia de eu passar um final de semana inteirinho fora de casa a assustava, era difícil esse tipo de coisa acontecer, mas ela iria se acalmar com o tempo.

— Vem tomar café da manhã, logo o Thomas deve estar chegando. — mamãe chamou-me.

"Thomas", só de ouvir o nome dele, eu começava a sorrir como uma boba. Grace estava entrando em pânico para vê-lo de novo depois de tudo o que contei, mamãe e papai não me fizeram perguntas sobre o que viram, mas fiz questão de explicar e bom, eles estavam contentes. Só tinha um problema, eles acreditavam que Thomas e eu estávamos namorando.

— Thomas não vai vir te buscar? — papai perguntou-me, assim que me sentei na mesa.

— Bom, ele disse que me encontraria aqui às sete.

— Já são 7:00am. — mamãe comentou, sentando-se na mesa.

— Vou mandar uma mensagem pra ele. — peguei o celular, e digitei a seguinte mensagem:

Mensagem:

"Bom dia.. Tudo certo? Estou te esperando, não esquece." enviei, acho que já estava começando a ficar angustiada, mas comecei o café da manhã, dois minutos depois ele respondeu.

Mensagem:

"Desculpa, me atrasei, não vou poder te buscar. Posso te encontrar na igreja?"

Eu não me incomodava em ir sozinha, então jamais ficaria brava por isso.

"Claro, te encontro lá. Só lembre-se que o ônibus sai às 7:30am." respondi.

— Bom, mãe e pai.. Ele se atrasou, não vai poder vir me buscar. Vocês podem me levar? — indaguei, em seguida enchi a boca com um pedaço de panqueca.

— Podemos sim. — mamãe sorriu.

Acho que eles ficaram mais contentes por ter ainda mais tempo comigo me levando até o local. A conselheira da igreja iria como responsável, então mamãe e papai não precisavam nem aparecer lá mas me levando, seria um motivo para ir. Terminei o café o mais rápido que pude, mas não deixei de comer por isso, acho que até comi além da conta, mas...

— Vou pegar minha mochila! — gritei, e subi as escadas correndo.

A barraca papai já havia levado para o carro pois não cabia na mochila, mesmo que ela fosse bem grande. Fui a última a entrar no carro, fizemos uma oração e logo partimos ao nosso destino. Estava louca para ver se Julian e Claire realmente estariam lá, e também poder abraçar Grace. Eu estaria com a maioria das pessoas que amo, só faltava meus pais. Assim que Grace viu o carro de mamãe estacionar, ela correu em nossa direção, abri a porta e ela me abraçou fortemente assim que sai.

— Aaaaaaaaah, meu Deus! — gritou eufórica, me abraçando. — Não acredito, não acredito!

Dei uma risada. — Para de gritar, menina! — exclamei, e logo nos desprendemos do abraço.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora