Levo o garfo à boca e como mais um pedaço do delicioso bolo de casamento de Nina e Cameron.
— Venha dançar comigo. — Hardy me convida mais uma vez.
— Eu não sei dançar, amor, já disse.
— Eu te ensino. Por favor.
— Olha, se você quer dançar, pode chamar outra pessoa. Prometo que não vou ficar com ciúmes. — Digo e como o bolo, me deliciando tanto que sujo o queixo.
— Tá brincando? Quero dançar com a minha esposa, não com outra mulher.
— Eu vou passar vergonha.
— Eu não vou deixar.
— Vou fazer você passar vergonha.
— Nunca.
— Você é muito persistente, sabia? — Sorrio e acaricio seus cabelos.
— Sim, eu sei, e olha só, uma música lenta está começando, é mais fácil de dançar. — Hardy me pega pela mão, me levando rapidamente até a pista de dança, onde outros convidados e os recém-casados dançam.
— Coloque os braços ao redor do meu pescoço. — Ele diz, segurando em minha cintura e me puxando para perto do seu corpo.
— Essa parte eu sei. — Sorrio e o envolvo.
Nossos corpos começam a se mover juntos no ritmo da música, nossos olhos fixos um no outro. Sorrio apaixonadamente para ele e beijo seus lábios. Um beijo casto, inocente.
— Você é o amor da minha vida. — Digo para ele.
— E você é a minha vida. — Ele responde, me fazendo sorrir mais.
Dançamos o resto da música em silêncio, mas com a proximidade de seu corpo não foi difícil perceber a ereção de Hardy.
— Se comporte. — Alerto-o assim que a música acaba e ele me guia para fora da pista.
Quando passamos nossa mesa dou-lhe um olhar desconfiado e ele sorri maliciosamente.
— Onde estamos indo? — Pergunto.
— Não sei ainda.
— Hardy...
— O que foi? — Ele pergunta, se fazendo de inocente.
— Não podemos fazer isso aqui.
— Por que não?
— Porque estamos em um casamento!
— Quer dizer que você não me quer? Não quer esse monstro dentro das minhas calças?
— Você é muito convencido. — Digo, mas não consigo evitar olhar para sua braguilha e o volume em suas calças me faz morder os lábios.
— Seus mamilos estão se arrepiando sob a seda do seu vestido e isso está me deixando louco. — Ele diz apontando para meus seios.
— Estamos em um casamento, Hardy. — Digo, mas minha voz não soa mais tão convincente.
— Não me importo. — Ele diz e começamos a caminhar novamente. Vejo os olhos de Hardy procurando um lugar para irmos como uma águia.
— Vamos, por aqui, eu vi uns arbustos que devem servir.
Olho para todos os lados procurando por alguém que possa nos ver, mas não há ninguém.
Vejo vários arbustos grandes e cheios, impossível alguém nos ver atrás deles, mas mesmo assim sinto um frio na barriga.