Aspen abre a porta do carro para mim e eu agradeço.
Depois de guardar minhas sacolas na parte detrás ele entra no lado do motorista.
— Para onde agora?
Hardy viajou à negócios quatro dias atrás e estará de volta amanhã. Devido à situação delicada com os Santana além de encher a casa de seguranças, ele também ordenou que Aspen fique sempre comigo toda vez que ele não estiver por perto para me proteger.
Aspen está ficando na mansão até Hardy voltar e não me deixa sair nem um segundo sem ele. Concordei com isso, afinal, não tinha muita escolha, mas obriguei Aspen a usar roupas normais e não aquela roupa social que os outros seguranças usam.
Já faz três semanas que eu sei que estou grávida e sei que preciso contar para Hardy. Decidi fazer isso amanhã, por isso comprei um vestido novo e pedi para prepararem um belo jantar.
Agora só falta uma coisa.
— Vamos para a Boulevard. — Respondo a pergunta de Aspen e ele liga o motor.
Quando chegamos na avenida mais movimentada da cidade peço que Aspen estacione. Desço do carro e ele me acompanha.
— Eu preciso ir nessa loja sozinha. — Digo e ele me olha desconfiado.
— Sinto muito, Laura, você sabe que não devo deixar você sozinha. Ordens do Hardy.
— Mas eu realmente preciso ir nessa loja sozinha, por favor.
— Eu espero no lado de fora.
— Não, não dá.
— Por quê? Em que tipo de loja você vai?
— Eu quero fazer uma surpresa para o meu marido e não quero que mais ninguém saiba.
— Oh, entendi... — Aspen coça a cabeça e parece meio sem graça.
— Tudo bem, mas não de more muito.
— Não vou precisar de mais de 10 minutos. Obrigada, Aspen.
Caminho pela calçada até achar a loja que estou procurando. Meu coração infla em meu peito ao ver todas as coisinhas de bebê.
Percorro toda a loja e quase morro com tanta fofura. Um sapatinho vermelho chama minha atenção e vou até ele.
É um par minúsculo de tênis vermelho de crochê com cadarços pretos, algo que tanto um menino quanto uma menina usaria.
Peço para a moça coloca-los dentro de uma caixa para presente com um laço vermelho.
— Obrigada. — Pego a sacolinha e volto sorridente para o carro.
Quando Aspen me vê retornando apenas com uma pequena sacola, me olha desconfiado, mas não faz perguntas.
— E agora?
— Para casa. — Respondo.
Assim que chegamos e entramos no saguão vejo Eliza.
— Olá, senhora. — Ela me cumprimenta.
— Oi, Eliza.
— Vou colocar todas essas sacolas no quarto. — Aspen diz.
— Tudo bem.
— A senhora gostaria de algo para beber? Está muito calor hoje.
— Está, não é? Mais quente que o normal, estava derretendo lá fora. Eu gostaria de um suco, mas por favor, leve para a piscina. Acho que vou dar um mergulho.