Capítulo 24

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Paro no meio do caminho e olho confusa para Hardy parado na minha porta com várias sacolas aos seus pés.

— O que é tudo isso? — Pergunto e ele levanta o olhar do seu celular e sorri animado ao me ver.

— Eu sonhei com o quarto da Isa essa noite e fiquei tão animado que hoje fui comprar algumas coisas para começar a arrumar tudo. — Ele diz, afobado.

— Isso é ótimo, o que você comprou?

— Tinta, para pintar o quarto. Rosa claro e lilás. O que você acha? Eu deveria ter perguntado sua opinião, desculpe, mas estou muito empolgado. Se você quiser eu posso comprar outra cor. — Ele diz e eu sorrio com sua animação.

— Rosa e lilás me parece ótimo. — Digo e destranco a porta.

— Como foi seu dia na faculdade?

— Foi muito bom, obrigada. Precisa de ajuda com essas sacolas?

— Não, pode deixar comigo. Pensei em montar o berço hoje também, ah, e liguei para a loja e mandei entregarem as coisas que compramos aqui.

— Ótimo, também estou ansiosa para montar o quarto.

Hardy e eu vamos até o quarto da Isa e forramos o chão com plástico. Depois disso ficamos uns 40 minutos decidindo como seria a pintura do quarto, e no final decidimos pintar metade da parede de lilás e a outra de rosa e colocar uma faixa com ursinhos ou princesas no meio.

— Qual pincel posso usar? — Pergunto, dobrando as mangas da minha blusa.

— Acho melhor você não pintar.

— Por que?

— Você precisa descansar, e o cheiro da tinta pode te fazer mal.

— Hardy, eu quero ajudar a pintar o quarto da minha filha. — Digo cruzando os braços e um sorriso surge no canto dos seus lábios.

— Sabia que você diria isso, foi por isso que comprei essa máscara. — Ele diz tirando a máscara da sacola e eu sorrio.

Preparamos a tinta e começamos a pintar, zombo de Hardy porque estou pintando mais rápido e ele pinta meu braço de rosa como vingança.

— Você não fez isso!

— Dá próxima vez não fique se gabando. — Ele diz e eu passo meu pincel no seu pescoço, então ele tira minha máscara e pinta minha bochecha.

— Hardy!

— Você começou. — Ele diz e eu o olho indignada.

— Não! Foi você que começou, seu cara de pau! — Digo e ele ri.

Pinto mais alguns minutos e odeio admitir, Hardy tinha razão. Sinto-me cansada e deixo Hardy pintando sozinho para ir me limpar e sentar um pouco.

Deito alguns minutos no sofá e depois vou até a cozinha servir um copo de suco para Hardy, que já está pintando por um bom tempo e deve estar com sede.

Ao entrar no quarto paro abruptamente ao ver que ele está com o torço nu.

— Precisava tirar a camisa? — Pergunto, limpando a garganta. Meus olhos não conseguem se desviar do seu corpo sarado e delicioso.

Hardy olha para mim com um sorriso safado e eu tenho certeza que ele tirou a camisa apenas para me tentar.

— Estou com calor. Esse suco é para mim?

— É sim.

— Obrigado, estava com sede mesmo. — Ele diz e bebe o suco enquanto eu continuo observando seu corpo. Sinto um arrepio e uma vontade louca de passar meus dedos por seu peito e sua barriga.

HARDER 2 - O RECOMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora