Aperto o celular contra a orelha e tensiono o maxilar, querendo gritar de ódio.
— Se você tem algum apreço pela sua vida, é melhor devolver minha filha sem um arranhão, entendeu?
— Nossa, como você é perigoso! Adoro isso em você, é tão sexy. Não vou ter problema nenhum em devolver sua filha, assim que você trouxer as joias que aquele ladrãozinho amigo da sua esposa roubou do meu tio.
— O que te faz pensar que eu tenho elas? Foi Jasper quem as roubou, não tenho nada a ver com isso.
— Hardy, não tente me fazer de idiota, você pode acabar se machucando, ou a sua filha.
— Se você encostar um dedo nela eu juro que...
— Você não está em posição de fazer ameaças, Hardy. As minhas exigências são as seguintes; eu quero que você e apenas você traga as joias até a marina de São Clemente hoje às 9 da noite. Isabela e eu vamos estar te esperando no píer 12, no barco El emperador. Sem polícia, sem seus amiguinhos enxeridos, apenas você ou sua filha morre. — Carmen diz e então desliga.
Abaixo lentamente meu celular e olho para qualquer coisa, menos para a expressão de desespero de Laura.
— Oh, Hardy, diga algo! O que está acontecendo?
— Carmen Santiago levou a nossa filha, ela disse que quer que eu leve as joias que Jasper roubou até ela ou ela matará Isabela.
— Oh Deus! Oh não! — Laura desaba e eu a seguro.
— Eu vou trazer a nossa filha de volta, Laura.
— Como, Hardy, como?
— Com ajuda de um ou dois amigos, eu espero.
— Não posso acreditar que isso esteja acontecendo. Minha garotinha!
— Calma, calma, eu vou trazê-la de volta.
— Promete? — Ela pergunta, me olhando com os olhos inchados e vermelhos.
— Prometo.
— Hardy?
— Sim?
— Eu preciso que você volte a ser o que era, preciso que você seja o demônio de Vegas mais uma vez e acabe com a raça de todos que querem machucar a nossa filha.
— Pode deixar, Laura, eu vou acabar com eles.
***
— Vocês chegaram rápido!
— Bem, a situação é grave. — Aspen diz e entra em meu quarto.
— Henry.— Digo ao ver Egas na minha frente. — Obrigado por vir.
— Estou aqui para o que precisar. — Ele diz e então nos abraçamos, um gesto simbólico para selar a paz entre nós.
— Sinto muito. — Sussurro para ele.
— Está tudo bem, irmão. — Ele diz e não sei explicar, mas sinto algo tão bom ao ouvir essas palavras.
— Esse é o L4. — Aspen aponta para o terceiro homem que entra em meu quarto.
— L4? — Pergunto.
— É o único nome que você vai conseguir dele. L4 é muito discreto, quase nunca fala, mas é muito eficiente e totalmente leal.
— Ótimo. Muito prazer, Hardy Wolf. — Digo e estendo a mão, ele a aperta, mas não diz nada.
— Como Laura está? — Aspen pergunta.
