"Dizem que eu tenho enlouquecido. Vou culpar a fama e as pressões que vão com ser uma celebridade"
Brand Paisley - Celebrity
Paulo foi reconhecido. Desde o instante em que atravessamos a porta de entrada podemos escutar murmúrios e burburinhos a seu respeito num restaurante que fizemos questão de que fosse escondido o bastante para que isso não acontecesse. - Eu já acostumei. -ele diz, meio chateado.
Um dos garçons inclusive pediu-lhe um autógrafo, e, ele foi extremamente gentil ao chamá-lo num canto para tirar uma foto com o rapaz. Lembro do sorriso do homem e começo a me perguntar onde está o fuckboy que a mídia fazia questão de dizer que ele era. Eu não o vejo assim. Não depois de tê-lo conhecido melhor.- Hey, Kat. - Acho que ele percebe a minha distração e sinto-me envergonhada pois mal me dou conta do que ele falava.
Eu me sinto um pouco melhor do que quando sai do estúdio da ESPN, admito. Mas não quero retornar para lá agora. Não depois de estar tendo esse momento com Paulo. É fútil se iludir dessa maneira por alguém como ele, mas, eu não consigo me desvencilhar disso.
Começo a pedir aos céus para que ele não se dê conta do tempo em que passamos aqui e me pergunte se eu quero voltar para o estúdio.
- Hey.
Ele ri. - Por quê eu tenho a sensação de que você não escutou nada do que falei? Sou mesmo um tédio!
Desta vez sou eu quem está muito, muito envergonhada. É claro que ele ia perceber. Eu sempre fui tão óbvia, e, ele, como jogador, muito captativo com movimentos á seu redor. Não é você que é tedioso, a sua beleza que é distrativa demais.
- Bem, na verdade... - balanço a cabeça, risonha. - Mas o quê você estava falando, afinal?
Ele apoia os braços desleixadamente sobre a mesa do restaurante e me encara passívelmente com suas órbitas verdes e estonteantemente brilhantes.
- Eu perguntei se nós podemos ir para minha casa?
O quê?
Sinto uma súbita pontada de raiva me invadir. Estávamos juntos naquele lugar a tão pouco tempo, e, eu realmente estava me divertindo e quase renegando a mídia quando diziam que ele era um maldito filho da puta egocêntrico. Mas, olhe só. Lá está o cara que dizem. Ele quer que eu vá para sua casa e logo recordo que quem está na minha frente é um jogador de futebol tachado como fora dos eixos.
Levanto-me com rapidez. - Eu pensei que você soubesse que não sou o tipo de mulher com o qual você está acostumado.
Ele para por um segundo, e eu caminho as pressas para fora daquele lugar. Decepcionada.
Quando estou prestes a sair, sinto ele apertar meu braço, impedindo que eu me mova. Me forço a encarar seu rosto e quero muito dar um tapa bem no meio de sua linda bochecha rosada.
- Eu sei exatamente o tipo de mulher que você é, Katrina. Se estou te convidando para irmos para lá, não é porque quero te foder ou alguma merda do tipo, eu... Eu me sinto bem com você, mas não quero que seja assombrada pela mídia por minha causa. Desde que chegamos, há dúzias de celulares apontados para nós, para tudo que fazemos, e você não merece essa vida de merda.
Bato os cílios repetidas vezes, extremamente angustiada com as suas palavras. Começo a fitar o meu redor e capto pessoas que antes estavam aos murmúrios disfarçando mexer em celulares quando todos na verdade estavam apontados para nossa direção.
- Kat, por favor -sua voz é como calmaria para mim. Sou uma puta traidora a meu subconsciente, pois basta que ele suplique para que eu o encare com compaixão. - Eu só preciso de um tempo para tentar ser eu mesmo com alguém. Ela era a única com quem eu podia conversar, e caramba, eu estou devastado. Só quero companhia... Eu me contento só com isso. Por você.
Mordo o meu lábio, sentindo a minha garganta secar repentinamente. Aquilo pode ser um jogo para ele. Eu não me surpreenderia se isso acontecesse. - Por que tentar isso comigo? Nós dois mal nos conhecemos, Dybala. -tento ser rude. - Diferente de você, eu sou jornalista e leio tablóides. Sei sobre coisas que você faz, e, como engana garotas como eu com esse papo. Por quê pensa que vou acreditar em você?
Estou lutando contra meu bom senso. Completamente dividida entre ir embora e esquecer os últimos dias ou ficar ali a encara-lo.
- Eu sei que você acredita em mim, pois você não é como os outros! -os seus dedos se largam do meu braço em pequenos momentos. Seu toque em minha pele agora é como se uma pena estivesse a deslizar. - Você foi verdadeira comigo quando ninguém foi. Você não me viu como um pedaço de carne, ou como um cofre carregando milhões. Você olha para mim com devoção, carinho. Você é divertida, afetiva, generosa, e... Eu não consigo parar de pensar em você desde o instante em que eu te vi.
Sinto como se as famigeradas borboletas se fizessem presentes no meu estômago e não sei o que fazer. Estou completamente chocada e jogada aos seus pés. Sentindo todos os pêlos de meu corpo se eriçarem a medida em que nossos olhos se encontraram. Quero beija-lo, mas, sabia que ao fazer isso iria estragar toda a minha vida.
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KATRINA | DYBALA ✨
FanfictionPaulo nunca se importou com nada além de sí próprio; o destino o faz repensar suas atitudes após um acidente de trânsito. Copyright © 2017 | Jéssica Schweinsteiger.