Capítulo 25 - Consequências

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{note: atualizei stripper com um super hot, deem uma olhada depois}

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Aperto os olhos, angustiado demais para fazer ou pensar em qualquer coisa que não seja naqueles olhos castanhos. Estou obcecado.
Com ontem, contabilizo como a sexta vez que apareci na tevê a implorar por informações sobre Katrina.
Não tem como ela ter desaparecido do mapa à menos que tenha sido abduzida. O quê é Impossível.

Toda a Itália começa a ficar parcialmente irritada por eu dar total importância a isto e começar a cair de rendimento nos gramados. "Juventus pode perder a copa italiana por causa de Dybala?" Eles dizem em matérias futebolisticas.
Como podem ser cruéis? Eu não posso ter uma vida ou um relacionamento? Não posso me apaixonar ou buscar o amor de alguém? Oras, me tratam como um robô treinado vinte e quatro horas para viver a base de futebol. Eu não sou um robô. Pelo contrário, sou mais que humano. Dividido em carne, isso, sangue, cheio de defeitos e manias e...

Katrina é como uma droga. Estou completamente viciado. A mais pura cocaína, o baseado mais verde ou de qualquer uma destas merdas que não podem ao menos ser comparados a minha garota.
Agora meu corpo, minha veia, cada pequena articulação anseiam por cada contato, cada toque, cada beijo de kat e sem sua presença sinto que estou a surtar. Como um viciado a necessitar de seus entorpecentes. Kat tornou-me um completo viciado e sinto que estou a decair a cada segundo sem ter qualquer informação.

Encaro os nós em meus dedos que começam a ganhar um novo tom meio arroxeado indo quase pro escuro. Sinto-os doer toda vez que fecho minhas mãos em punho e eles se dobram. Aquele é nada mais que o resultado de socar repetidas vezes a parede em mármore de meu quarto. Não sinto qualquer arrependimento.

Estou enfurecido e decepcionado e completamente imerso ao mar de problemas e desespero após tentar de todas as formas imagináveis um resgate e não conseguir uma notícia sequer sobre o paradeiro de Kat.
Toda a minha infância me forçaram a acreditar em filmes que o dinheiro tinha o poder de comprar tudo. Porém, porquê estou aqui a nadar em uma fortuna e não ter sequer a oportunidade de ser feliz? Pelo contrário, cada minimo euro a entrar por minha conta bancária, me transformo numa pessoa ainda mais fodida.

Antonella foi a primeira a me provar isto, juntamente a meu pai com toda aquela maldita doença, e agora Kat.

Pois digam a quem inventou tal clichê em filmes que felicidade e dinheiro unidos na mesma frase não passa da mais pura fábula. O dinheiro não traz qualquer felicidade ou prazer interior. Pode te dar ternos Armani ou carros importados ou mulheres, mas não te dá a vida e nem o amor. Muito menos a felicidade.

"Como andam as coisas?" Eu pergunto para Pierpaolo em súplica através de uma mensagem no celular.

Policiais puxando homens algemados passam por minha frente a todo instante. Estou cansado de esperar.

A resposta de meu agente no Whatsapp vem menos de um minuto depois, destruindo e sugando qualquer resquício de felicidade que jazia em mim. "Ligações falsas, trotes e fãs desesperadas implorando para falar com você. Nada importante!"

Eu não quero desistir. Mesmo que afundado em decepções, penso que nem mesmo conseguiria fazer isso essa altura do campeonato.

Maximiliana Rodriguez sai da sala e lança-me um sorriso confortador. Estamos todos a prestar depoimentos na delegacia antisequestro. "Nós faremos o possível para encontrar sua namorada, senhor!" o delegado foi convicto ao pronunciar cada palavra para mim. Agarro-me a aquilo.

Não costumo acreditar em promessas, mas existe algo no seu tom de voz que me traz um mínimo de esperança.

Sou obrigado a retomar minhas atividades no dia seguinte. Musculação, treino, preparação. Uso cada minimo tempo para tentar me distrair dos problemas adquiridos pela vida e sua implicância por mim.

"Tenho de lhe falar, senhor" diz Cláudio Bianchi, meu novo assessor, quando deixo para trás os portões do grandioso Juventus Stadium.

O delegado me pede para andar com certa segurança, e com todo um drama, Pierpaolo e minha mãe tomaram a decisão de interferir em minha vida e trocaram minha amada Range Rover por uma SUV escura com homens com mais de dois metros de altura que fazem questão de me acompanhar para todos os lados.
Estou muito irritado. À ponto de explodir a qualquer instante e levar o máximo de pessoas possíveis comigo.
Quem sabe no outro lado não há um verdadeiro lugar melhor?

Olho para a figura clara que está a me encarar impaciente e estou curioso. Bianchi mal me dirigia a palavra à menos que fosse me explicar toda a rotina complicada dividida entre dias e horários em minha agenda.

"Importante o bastan.."

"Muito!" Ele mal me deixa falar porquê está nervoso e agitado e trêmulo.

Olho para Vicent, meu novo motorista: "Pare o carro!" Grito.

Ele freia bruscamente. "Vocês podem esperar do lado de fora?" Digo, os dois postes a meu lado estão a olhar para mim, confusos.

"Temos ordem para não deixa-lo sozinho." O mais alto retruca.

Umedeço os lábios e olho mais uma vez para o assessor. "É mesmo importante?" Sussurro. Ele balança a cabeça descontroladamente.
"Muito, senhor."

"Saiam" ordeno para os seguranças. Mantenho um tom impassível e rígido. "Quem paga seus salários sou eu e sou eu quem decido como funcionam as coisas aqui."

Eles trocam um rápido olhar, e, derrotados, deixam o carro. Vicent acompanha os dois e espera do lado de fora.
Fecho a porta da SUV e subo as janelas, ficando preso no ambiente com Cláudio. "Diga"

"Eu quero pedir demissão, senhor!" Ele suspira, e está nervoso.

Dou uma risada, sem acreditar em todo aquele drama para se demitir.

"Era apenas isso?" Estou bobo por sua cara de pau. Risonho demais.

"Eu não consigo ver lhe fazerem isso, Paulo." O velho respira fundo e me encara. "Eu gosto muito do senhor e da dona Katrina, mas não quero fazer parte de toda a merda que lhe escondem."

Analiso suas palavras e mordo o lábio, parcialmente nervoso e supondo milhões de coisas que estão prestes a me fazer chorar. "Como assim?"

Bianchi segura minha mão, nervoso. "Eles sabem onde ela está. Pierpaolo Triulzi sabe." Seu aperto me mostra que está desesperado. Estou trêmulo e louco e completamente não imune a todo aquele Rio de caos. "Os bandidos ligaram para ele repetidas vezes e querem que você se encontre com eles. Pedem um resgate e até mesmo enviaram uma foto de Kat"

Minha garganta fica seca, um grito está entalado por entre ela e perco a voz. Eles não podem ter feito isso. Quero não acreditar no que aquele homem está me dizendo mas ele não tem qualquer motivo para mentir.

"Deram até o dia de hoje para entregar o resgate pela vida dela e foi justamente por isso que ele te pôs com estes seguranças. Tudo o que quer é te afastar da polícia e deixar com que ela morra de uma vez. Eu não quero participar disso, Paulo."

KATRINA | DYBALA ✨ Onde histórias criam vida. Descubra agora