16 - HEXA {katrina povs}

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(capítulo longo)

Katrina POVS

Encaro o teto branco-gelo coberto em PVC ainda grogue de sono, e de repente sou desperta com uma sensação gélida que arrepia os pelos de minha pele. Estou nua, confusa.

Viro-me na cama consequentemente e sou pega com a decepção por não ver Paulo deitado do meu lado. Fora um sonho? Ele não estava mais ali.

Entretanto sinto-me lúcida. Seu cheiro permanece em mim, sua voz esganiçanada contra o meu ouvido e seu toque, tão dócil, ainda dominam os meus pensamentos.

Paulo esteve aqui.


É preciso apenas uma olhada para o lado para que eu encontre um bilhete;

"Você estava tão linda dormindo, que, não tive coragem de acorda-la só para me despedir.
Tive de vir para a concentração com a equipa bem cedo mas voltarei para buscá-la para assistir o jogo ás 13h. Esteja pronta.

Á propósito, obrigada pela noite incrível que me proporcionou.

Com amor,
Paulo".


Lendo cada letra cursiva com um quê borrado em sua assinatura, nem mesmo sei explicar o que passei a sentir repentinamente por esse cara.

Noite passado havia sido... Incrível? Não havia uma palavra em exato que pudesse definir todos aqueles momentos.  Por outro lado, a consumação havia selado a minha talvez destruição. Eu poderia ser ferrada de vez por uma mídia insensata, mas desejava não pensar em nada disso por agora.

Olho para o relógio de parede e suspiro ao vê-lo marcar as dez horas. Tenho exatamente três horas até o reencontro com Paulo Bruno.

Dios... Sinto-me nervosa por isso.

Quem diria, Paulo e eu, juntos?

Prendo meu cabelo desajeitadamente e enfio-me num shorts e numa t-shirt larga apenas para ficar apta para descer para o andar de baixo.
Queria ficar nua para sempre, tendo o vislumbre do toque de meu Dybala, mas ainda tinha uma vida para viver.

Hoje é sábado, logo mais, pegaria um pouco mais tarde no trabalho.

Bom dia, pessoas!

Grito animadamente para todos os outros e me acomodo na cadeira ao lado de Maximiliana. Como sempre, estavam todos já bebericando seus copos cheios de café, exceto por Mandy, que devia ter ido para o trabalho mais cedo.

— Poxa! O seu namorado não ficou para o café, querida?  — questiona a dona da pensão e fico por um breve momento corada. Paulo e eu éramos namorados? Não. Eu acho. Mas porque a questão me fazia estremecer?

Movo-me na cadeira, entretanto quando decido tomar coragem para lhe responder, sou interrompida:

— Eles não são namorados — Juan diz e morde sua torrada. — Assim como Katrina, Paulo Dybala tem muitas garotas fáceis pela Itália. É provável que tenha ido ver alguma delas.

"Para com isso, cara." Pablo implora.

Não se estresse. Repito para mim. Não vale a pena se estressar.  Como um mantra.

KATRINA | DYBALA ✨ Onde histórias criam vida. Descubra agora