MEU TORMENTO 03 - louco amor

Prólogo

Boa noite meninas, eis que damos início como prometido lá no livro do Javier (Meu Tormento - Paixão e Tormento) no livro do Carlo, o pai dele. Vamos rever alguns personagens, conhecer novos e dar boas risadas com esse novo casal. Peço que deixem a opinião de vocês, OK!

Tem dias em que ficar na cama seria o melhor. Com certeza este é um desses. Primeiro ela havia acordado em cima da hora. Seu despertador como sempre tinha um temperamento próprio.

A roupa que ela havia escolhido para usar havia se sujado sozinha. Era isso que ela repetia. O fato de ter derrubado molho nela era apenas um detalhe.

— Será que algo mais pode dar errado? — Ela exclamou ao tentar fazer seu carro pegar pela décima vez. — Vamos Odete. Seja uma boa menina.

Acelerando ela ouviu o ronco abençoado do motor. Sua amada caminhonete anos 70. Ela agradeceu até olhar no relógio e ver que estava mais do que atrasada.

Saindo da calçada, ela foi para a rua, e pegando o endereço que sua mãe havia lhe passado seguiu na direção indicada.

Sua mãe havia conseguido que uma cliente lhe conseguisse essa entrevista. Semanas atrás. Mas pelo que vira no noticiário a jovem havia sofrido um grave acidente. Então apenas agora a entrevista ocorreria.

Quando tudo ia mal, só tendiam a piorar, todos os semáforos fechavam antes que ela passasse duas senhoras atravessando a rua com seus andadores, uma rua fechada, porque algum idiota havia aberto o hidrante. Sua sorte não estava com ela naquele dia. Tanto que ao chegar, foi informada que pela triagem feita, seu atraso fez sua entrevista ser na parte da tarde. Amuada ela se sentou, decidida a aguardar. Passado algum tempo ela foi até a cafeteria e comprou um chocolate cremoso. Seu êxtase ao provar foi tamanho que não viu que ao abrir o copo manchou a lateral de sua blusa branca. Satisfeita voltou para aguardar.

Roberta estava ansiosa, formada em secretariado executivo. Falando quatro idiomas.Ela sabia que era mais que apta. Mas ao observar a imponência da sala de espera, e a aparência das outras candidatas, que mais pareciam prontas para um desfile de moda, ela olhou para a sua roupa. Saia risca de giz preta, blusa gola alta branca e sapatos de salto médios. Que a estavam matando. Como ela odiava usar salto. Não conseguia imaginar como milhares de mulheres andavam por aí a 12, 15 cm do chão...  E quanto a seus cabelos, estavam presos em uma trança que soltava alguns fios.

Olhando o relógio na parede ela viu que duas horas já haviam se passado. E nem metade das loiras haviam sido entrevistadas.

— Como será que ele é? — Barbie lilás perguntou a sua esquerda — Eu ouvi dizer que ele é um galinha.

Roberta olhou pra ela e deu de ombros.

— Não faço idéia. Vim pela vaga.

A outra mediu suas roupas e deu uma risadinha — Percebo.

Roberta se sentiu mal por alguns segundos, mas deu de ombros. Gesto que foi notado pela mulher sentada à mesa.

Olhando o relógio novamente ela viu que quase duas horas haviam voado. Mas pelo menos só havia ela. A outra candidata havia entrado cerca de 20 minutos antes.

Olhando a expressão da mulher responsável pela triagem ela afundou. Não era nada boa.

A candidata saiu da sala e passou por ela com um sorriso superior e falou com a mulher a mesa. Passando-lhe um papel.

— Srta...