Capítulo Trinta e Dois - Seguir

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Bom dia meninas! Vou explicar alguns "furos" no capítulo anterior e nos poucos que ainda vão vir (sim, este é o penúltimo e depois teremos o último e o epílogo), não posso focar muito aqui na doença de Alissa, visto que vou ter que fazer o mesmo no livro dela, então vamos aprofundar lá, afinal o foco aqui é mostrar o romance entre Carlo e Roberta. Não vamos falar sobre Liz, Roberta e Beth, visto que Liz terá seu livro na série que será Spin off de Meu Tormento, Beth também terá um conto. Então as explicações, a cura, os dramas e o perdão ficarão claros nesses outros livros ok. Então vamos ao que viemos fazer e que tal capítulo?

***

Carlo ouviu as palavras do médico e se sentiu aliviado. Adelaide era compatível! Sua filha ficaria bem. Ela só precisava melhorar antes.

Sem se conter, ele abraçou Roberta e a beijou. Estava muito feliz, inacreditavelmente feliz. De repente um barulho o fez parar e olhando em volta, viu Adeleine, e a seus pés o copo que está segurava. Só então ele percebeu o que tinha feito.

Roberta sabia que não deveria, mas se sentiu mal pela mulher, afinal está havia amado Carlo. E tivera sua vida ainda interrompida o amando.

Ela olhou as outras pessoas, mas não viu expressões raivosas em sua direção. Viu apenas alguma pena dirigida a outra. Rissa a encarou e sorriu, se levantando caminhou até ela e disse:

— Que tal um café para nós duas? Um sem cafeína já que vai fazer mal para o bebê.

Roberta sorriu agradecida e se levantou, dando o braço a outra é juntas foram andando.

Carlo observou Roberta se afastar dele sem uma palavra. Ela deveria estar magoada. Ele era um asno mesmo.

— Carlo, podemos conversar? — A voz suave de Adeleine se fez ouvir.

Ele se virou para ela e fez que sim. Ambos precisavam.

Ele apoiou o braço nas costas dela e juntos caminharam até a capela. Adeleine estremeceu na entrada, por certo recordando o que havia acontecido. Mas entrou. Carlo logo atrás.

— Como ela é? A sua filha?

— Nossa filha é linda, inteligente, forte, amorosa. Sempre foi assim.

Adeleine sorriu como se lembrasse de algo:

— Ela ainda ama dançar? Lembro que dançava por horas com aquele tutu azul.

Ele fechou a cara, lembrando de como Alissa havia dito que não voltaria a dançar.

— Ela não dança mais. Passou a odiar dançar por conta de sua irmã.

Ela assentiu.

— Madeleine sempre odiou a felicidade dos outros, nunca entendi porque quis me ajudar e insistia em que Alissa a chamasse de mamãe também. Dizia que por sermos gêmeas a menina era dela também.

Carlo imaginava porque, mas não quis dizer ali naquele momento. O importante era que ela estava afundada em mais acusações do que poderia cumprir pena na vida. Madeleine passaria o resto da vida na cadeia, ele tinha certeza absoluta disso.

— Você fez um bom trabalho Carlo. Todos os seus filhos me parecem ser pessoas felizes. E voltados a família.

Ele sorriu:

— Eles que fizeram um bom trabalho Adeleine. Eu me tornei pai com a ajuda deles.

— E vejo que você tem um jogo amor. Fico feliz por você.

Ele assentiu.

— Obrigado. Eu não posso dizer que sinto muito que as coisas entre nós não tenham dado certo. Afinal toda a minha vida ali fora veio disso. Mas eu sinto que a sua não tenha podido seguir em frente.

Adeleine fez um carinho no rosto dele antes de dizer:

— Eu também lamento, mas ambos sabemos que não teríamos dado certo realmente como um casal. Você estava focado no trabalho, na sua dor, e eu estava focada na minha dança, no palco. Ambos tivemos amor pelo tempo que deveríamos. E ele nos deu a sua filha. Não estranhe que não a chamo de minha filha. Me disseram tanto que eu era louca por imaginar ser mãe que ainda não caiu a realidade mesmo que a menininha de cabelos vermelhos que me cobria de beijos antes de dormir é  de fato real e não um desejo insano da minha mente perturbada. Eu a amo, só não sei se sou a melhor mãe que ela poderia ter.

Carlo ouviu tudo com atenção.

— Eu tenho lapsos Carlo. Muitas das vezes desde que saí de lá, eu sequer sabia meu nome. Eu vou estar aqui caso ela me queira, mas não vou me forçar. Se ela achar que uma mãe defeituosa é pior que não ter mãe, eu entenderei. Alissa vai decidir o que seremos.

E dito isso ela levantou. Carlo a acompanhou.

— Obrigada Adeleine. Pela nossa filha. E ela ama você, tenha certeza disso.

Ele lhe deu o braço e juntos saíram da capela. Adeleine foi ao encontro da cuidadora que é ainda estava com ela. E ele se sentou no sofá do outro lado.

Enquanto isso no café do hospital, Rissa e Roberta comiam uma fatia de bolo de ameixa e conversavam.

— Como você se sente com a gravidez?

— Eu ainda não sei como me sentir além de feliz e aterrorizada. Se o bebê puxar a minha falta de habilidade em não me machucar, a criança vai precisar de terapia e uma enfermaria particular.

Roberta então passou a contar a Rissa várias cenas de sua vida e que envolviam azar. Até que chegou no dia que havia ido a entrevista com Carlo.

— Então foi por sua causa que ele estava tão distraído naquele dia.

Roberta não entendeu mas ficou quieta. Um aquecimento dentro de si ao imaginar Carlo pensando nela tão rápido.

— Ele é um homem incrível. E eu não sei como poderia ter evitado me apaixonar por ele.

Rissa assentiu.

— Eu entendo você. Meu Javier também é assim, um homem incrível.

As duas sorriram e após terminar de comer, voltaram para a sala de espera. Ambas levando Café para todos e suco para Nina.

Carlo aceitou o café que ela lhe oferecia e a abraçou.

Tudo o que poderiam fazer a partir dali era esperar. Esperar pelo melhor e se preparar para o pior.

Olhando cada um ali presente, ele fez uma oração silenciosa que fosse para o melhor.

E assim o foi.

MEU TORMENTO 03 - louco amor Onde histórias criam vida. Descubra agora