Capítulo Doze - Festa

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Duas semanas mais tarde

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Duas semanas mais tarde

Roberta se olhava no espelho, usava um vestido num tom de verde escuro, e que ia quase até o chão, o tecido se moldava ao seu corpo. Ela havia preferido deixar o cabelo preso em uma trança lateral. E usava apenas brincos com strass.

Aquela era a primeira festa da empresa a que participaria mas já sabia que eram lendárias. Ainda mais com Cara controlando tudo com mãos de aço. A pequena loira era excepcional. E controladora.

Carlos não poderia vir buscá-la mas havia insistido em mandar um carro. Não desejava que ela dirigisse Odete a noite e ainda mais com o péssimo tempo lá fora. Ele havia convidado sua mãe, mas a mesma tinha ido passar uma semana de férias com uma amiga.

Descendo as escadas devagar ela foi até a cozinha se certificar de que tudo estava desligado e trancado, quando ouviu um carro parar e logo em seguida a campainha.

Abrindo a porta ela se deparou com o motorista de Carlos e este tinha uma pequena caixa em suas mãos, que logo entregou a ela dizendo:

— Está muito elegante Srta. Roberta. O Sr. Sandoval mais uma vez se desculpa, e pede que não abra a caixa agora. É uma surpresa.

Ela sorriu e agradeceu. Ele a ajudou a chegar até o carro e ela graciosamente entrou. O trânsito estava excelente aquela hora e eles logo chegaram a empresa.

Carlos olhava a cada minuto o relógio em seu pulso

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Carlos olhava a cada minuto o relógio em seu pulso. Havia mandado com pesar que o motorista fosse buscá-la, ele mesmo desejava ter ido.

A festa iniciava bem, funcionários, sócios, investidores e alguns familiares chegavam cada vez mais. O tema desse ano era Moulin Rouge. Ideia claro de sua adorável e espalhafatosa Cara. Que a propósito estava tensa e cabisbaixa conversando com Nina. Nina por sua vez estava radiante. Toda em azul e sorridente. Ele viu Cara secar algo em seu rosto e Nina fazer uma careta e sua primeira reação foi ir até elas, mas  esse momento César se aproximou dela e ela sorriu. Mesmo de longe ele viu que o sorriso não chegou aos olhos. De nenhum dos dois.

Garçons uniformizados iam de um lado a outro, enquanto uma banda tocava a um canto. Javier havia ligado e informado que se atrasaria, algo sobre Rissa querer sorvete de caramelo com queijo. Grávidas e seus desejos.

— Bela festa Sr. Sandoval.

Ele se virou e deu de cara com uma jovem, vestida em vermelho com um decote baixo demais para a sua idade e para seu gosto. Ele recordou que ela era Katya a secretária de Kane. Ou pelo menos a nova secretária. Ela era do RH antes.

— Alegra-me saber que estão gostando. — Ele disse num tom educado.

Ela se aproximou dele e num gesto de ousadia, tocou a lapela de seu terno. Sorrindo ao dizer:

— Sim. Gostei muito, aliás gosto de tudo o que posso ver e o que posso imaginar ser melhor ainda.

Ele se afastou alguns passos e ia repreende-la quando viu Roberta a porta do salão, sem se despedir deixou a jovem sozinha e foi ao encontro dela. Que estava lindíssima.

— Está linda minha Roberta, mais uma vez me desculpe por não ter ido ao seu encontro.

Ela sorriu para ele ao dizer:

— Você está muito atraente. E acho que não sou a única a achar — Ela indicou com o olhar o local onde ele estivera antes e se virando ele viu Katya olhando para eles com ar magoado.

— Ela vai superar, a única a quem quero parecer bem é você. Venha — É deu o braço a ela que o tomou sorrindo.

Eles pararam no bar e ela escolheu um copo de suco de frutas tropical.

— Vejo que não abriu a caixa.

Ela olhou para as mãos e se deu conta de que ainda segurava a caixa, havia ficado curiosa sobre seu conteúdo, mas não queria desapontar o pedido dele.

— Posso abrir agora?

Ele assentiu e ela abriu, arfando ao ver um colar de pingente . Haviam três pingentes distintos. E ela sorriu ao reconher uma miniatura da Vader, uma de Odete, o outro pingente era um barco.

— Eu amei. Obrigada — E se virou para que ele o colocasse. — O barco o que seria?

— Meu barco, gostaria que você o conhecesse neste fim de semana.

Ela olhou para ele feliz e sem se conter o beijou. Ali na frente de todos.

Carlos se sentia muito alegre e com vontade de dançar.  E foi o que fez, assim que a banda começou uma seleção de músicas mais suaves ele a segurou em seus braços e começou a dançar. Logo viu suas filhas fazerem o mesmo e alguns outros casais.

A festa corria as mil maravilhas, até que Roberta pediu licença e foi ate o banheiro.

Retocava o batom quando viu Katya entrar. A mulher havia bebido bastante aquela altura e parou ao seu lado dizendo:

— Subiu rápido os degraus heim sonsinha. Mas ele logo vai se cansar. O chefe é assim, sempre com a cama ocupada.

E saiu sem que ela pudesse esboçar uma reação.

Carlos conversava com César e outro convidado quando a viu se aproximar, havia visto Katya sair do banheiro e pela expressão de Roberta, a jovem deveria ter sido indelicada. Falaria com Kane na segunda.

— Tudo bem? — Ele perguntou

— Apenas uma bêbada invejosa. Não ligue. — E sorriu.

Assim que a festa acabou, ele fez questão de levá-la até em casa e no caminho discutiram os detalhes do fim de semana que passaria no barco.

Quando ele parou o carro, ela desceu e esperou que ele fizesse o mesmo. Assim que chegaram a varanda, ela fez o que tinha tido vontade a noite toda. O beijou. Com paixão, com desejo e muito mais. Carlos sentiu o gosto dos lábios dela e assumiu o comando do beijo. A puxou mais pra perto de si e moldou o corpo de ambos. A boca devorando a dela num beijo firme e que falava de muitos sentimentos.

Quando a ouviu gemer seu nome baixinho, quase esqueceu onde estava e a tomou em seus braços. Mas aquela era Roberta e eles estavam ali, na varanda. A vista de qualquer um.

Respirando fundo ele se afastou e tocou a testa dela com a sua ao dizer:

— Você me enlouquece...

Ela gemeu baixinho no cheiro dele assim tão perto e disse:

— Você também.

Ele lhe deu mais um beijo rápido porém forte e disse:

— Chegarei as 08:00hs. Passaremos o fim de semana e o feriado lá. Tudo bem?

Sem falar, ela fez que sim e o viu descer o caminho e chegar até o carro. E partir.

Só então fechou a porta e se encostou nela. O corpo ainda pegando fogo pelo contato com ele. Aquele homem seria sua ruína. Uma ruína quente e pelo que sentira, com muita paixão.

MEU TORMENTO 03 - louco amor Onde histórias criam vida. Descubra agora