Capítulo Dezessete - Família

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Se arrumando para o café da manhã, Roberta pensava em como tudo seria quando voltassem, como seria a dinâmica deles no escritório, ou fora dele. Carlo parecia apaixonado e ela sabia que estava. E como toda mulher, tinha algum receio de que a magia fosse apenas ali, isolados de tudo.

Ela prendeu os cabelos em um coque e calçou sandálias, e saiu a procura dele. Quando subia as escadas para a área onde tomariam café, ouviu o barulho de helicóptero, estranhou pois não estavam esperando ninguém. Chegando perto da mesa, ela sentou e aguardou, Carlo provavelmente havia ido recepcionar o recém chegado. Ela queria aguardar a chegada dele, mas a fome falou mais alto, e ela se serviu,  bolo, café, pãozinho. Tudo a sua volta lhe fazia sentir fome.

Ela dava uma mordida em um pãozinho recheado com creme, quando ouviu uma voz sorridente dizer:

– Ela sempre está faminta.

Se virando com tudo, viu sua mãe ao lado de um Carlo sorridente. Apressada Roberta levantou rápido da cadeira derramando café em seu colo. Deu um pequeno grito de dor. Carlo prontamente foi até ela e afastou da mesa, pegando um guardanapo, ele começou a tentar secar o café, ambos sem realmente se darem conta de que tinham audiência.

– Tão linda minha menina, e tão desastrada – Sua mãe disse aproximando-se. Só então Carlo viu que tinha as mãos apoiadas acima das coxas dela.

– Acho que você precisa trocar rápido a roupa Roberta – Ele disse dando um passo atrás. Ela estranhou a mudança no tom dele, mas então se deu conta que provavelmente era pela presença de sua mãe.

Ele acompanhou ambas até o quarto e após pegar uma pomada para aliviar a queimadura, pediu licença e saiu

– Ele é um cavalheiro minha filha.

Roberta concordou com a cabeça e corou levemente ao olhar para a cama onde horas antes ele havia tomado seu corpo com paixão. A mãe olhou para ela e sorriu...

– E você tem o olhar de uma mulher que foi muito bem amada.

Ela corou.

– Eu já fui jovem e bela minha filha, sei reconhecer quando uma mulher está feliz, ainda mais quando é a minha menina.

Ela deu um beijo na mãe e foi até o banheiro, tomou um banho rápido e vestiu um short e uma camiseta limpos, a pele já havia melhorado.

Nesse momento Carlo apareceu e dando o braço a Betty, a levou até o quarto que ocuparia, um lindo quarto em tons verdes. Ela ficou deslumbrada e sorrindo agradeceu a ele. Deixando a mãe se acomodar, Roberta foi com ele até a área de jogos. Carlo parecia diferente, mais sério, mais fechado.

– Está acontecendo algo? – Era melhor perguntar – Obrigada por trazer mamãe. Não sei como agradecer por isso.

Ele sorriu e a puxando para seus braços a beijou. Toda e qualquer dúvida que ela tivesse sumiu como que por encanto. Ali estava o homem apaixonado.

– Minha sogra merece.

Ela deu um passo para trás e olhou nos olhos dele

– Sogra?

— Sim, sogra. Ou você está apenas abusando do meu corpo? Eu sou um homem de família Roberta, nada de me usar sem boas intenções.

Ela olhou para ele como se o mesmo tivesse criado de repente duas cabeças e gargalhou.

– Eu adoraria abusar e muito do seu corpo admito. Mas caro Señor, minhas intenções são as melhores possíveis.

Ele então a pegou no colo e a colocando sentada em cima da mesa de sinuca, se colocou em pé entre as pernas delgadas e macias dela e a beijou. O corpo de ambos em íntimo contato.

– Você é uma pequena feiticeira, uma linda, inteligente, sexy, meiga feiticeira.

Colocando as mãos de cada lado do rosto dele, ela o fez olhar em seus olhos e disse:

– te quiero como nunca quise a alguien antes, con pasión, con cuidado, con verdad.

Ele a olhou como se visse cada pedaço de sua alma e com um gemido a beijou. Eles ficaram assim, até que um barulho a porta se fez ouvir e se virando ambos viram Betty à porta.

— Betty, se me permite chamar você assim, entre, fique a vontade. Estava dizendo a sua filha o quanto ela é uma mulher especial.

Betty olhou para a filha com tanto amor, que Carlo só então pôde ver o elo que as ligava. A união entre mãe e filha.  E fez uma promessa silenciosa a sí. Tomar conta das duas. Sempre.

Dando o braço as duas ele as levou para um passeio pelo barco, Betty pediu para conhecer a cozinha e ficou encantada com tudo e todos. Roberta olhou para ele em agradecimento, que apenas sorriu.

Betty insistiu que faria uma refeição para eles e o chef aceitou. Demétrio que estava calado a um canto observando a bela recém chegada, sentiu uma parte do gelo que recorria seu coração começar a se aquecer devagar. Betty tinha a mesma luz que ele conhecia bem, era falante, vibrante e suave. Em poucos minutos havia cativado cada membro da tripulação e todos sorriam ao seu redor...

Roberta estava tão feliz em ter a mãe ali, até que lembrou que teria que contar a ela sobre Liz e o episódio que havia acontecido. Não queria que a mãe sofresse, mas não podia omitir nada. Depois a levaria para dar uma volta e conversariam.

Bom dia meninas, como da outra vez, dividi esse capítulo em algumas partes, essa é a primeira, logo mais trago mais uma parte. Espero que estejam gostando. Bjos

MEU TORMENTO 03 - louco amor Onde histórias criam vida. Descubra agora