Boa noite meninas, espero que estejam gostando do nosso casal até aqui. Este vai ser um pouco mais curtindo, pra fechar esse primeiro dia no barco. E pra dar um novo olhar ao nosso casal. Então fiquem a vontade para dizer o que estão achando deles. Beijos
— Aquela é Liz?
Roberta assentiu e deu mais um passo para trás. Parecia uma menina assustada e magoada. E ele sentiu vontade de mandar que a outra mulher fosse embora, ele não queria apagar o sorriso que tanto amava nela. Mas não podia fazer isso. Não via Ian faziam alguns meses, já que o amigo havia se tornado um recluso nos últimos anos após a morte de sua última esposa.
Antes que ele pudesse dizer algo mais, o casal se aproximou e Ian disse alto.
– Carlo amigo, como vai?
Eles trocaram um abraço e a mulher apenas olhava, com apreciação os dois. Roberta viu que ela ainda não havia sido reconhecida. Aproveitou para olhar a irmã com calma. Liz usava um vestido de renda transparente, que deixava a roupa de baixo completamente à mostra.
Ela viu o exato momento em que a outra mulher notou sua presença e a olhou com curiosidade. Mas não demonstrou reconhecimento.
– Carlo quero que você conheça minha amiga Lizzy. Ela é modelo.
Carlo cumprimentou a outra com um frio aperto de mãos, enquanto se colocava ao lado de Roberta e abraçava com carinho.
– Ian meu amigo, quero que você conheça Roberta, minha namorada.
Roberta sentiu a admiração no olhar do outro ao apertar suas mãos, ele mirou as vestes de sua acompanhante e as dela e fez um gesto de desaprovação a à outra que não passou despercebido a todos. Ela quase se sentiu mal pela irmã, até a ver sorrindo convidativa para Carlo.
— É um prazer conhecer você Roberta, e devo dizer meu amigo, que ela é encantadora realmente. – É dizendo isso deu o braço a ela e Carlo segurava a outra mão e seguiram andando e conversando, deixando uma furiosa Lizzy esquecida atrás.
Ian parou e sem se virar disse:
– Venha Lizzy, ou com isso que você chama de roupa, se pegar mais algum vento é capaz de adoecer. – E continuou andando.
Eles foram até uma sala amplamente aberta e lindamente decorada. Móveis mais urbanos, num estilo que era diferente de Carlos, o que fez Roberta perceber que aquela sala era para reuniões não íntimas. Impessoais.
Ian era encantador. Falante e animado. Roberta gostou dele a primeira vista. Lizzy se mantinha calada, olhando fixamente para ela. E ela sentiu que estava perto da irmã reconhece-la. Deu de ombros.
– O que você faz da vida Roberta?
Ela se virou para Ian e respondeu:
— Sou assistente executiva de Carlo.
Ian sorriu para o amigo antes de dizer:
– Sorte a sua amigo, além de linda ela tem cérebro, tem certeza que não gostaria de ser modelo? Eu poderia ajudar.
A risada de Lizzy interrompeu a todos e ela desdenhou:
– Ian meu caro, a doce Roberta já cavou sua própria mina de ouro, dando o golpe mais antigo do mundo. Seduziu o chefe.
Roberta se virou para ela dizendo:
– Embora eu não precise me explicar, vou ser direta com você Liz, eu não preciso me rebaixar a esse nível, eu recebi uma ótima educação da minha mãe, somos pessoas simples, mas ela me ensinou a ter caráter e você o que aprendeu com a sua mãe?
— Lizzy não tem família Roberta, talvez por isso ela seja tão frívola, a mãe que era alcoolatra morreu de orverdose quando ela era adolescente.
Aquilo foi a gota d'agua para Roberta, ela se levantou, e a passos rápidos chegou até Liz praticamente gritando.
– Como você ousa mentir? Dizer que ela morreu e ainda por cima por conta do vício em álcool? Você sempre foi doente Elizabeth, mas ver que sua ganância, sua falta de caráter, sua crueldade te transformaram nesse lixo é demais.
Ian olhava tudo sem entender e disse:
– O que está acontecendo?
– Sua... Sua... Mentirosa... – Lizzy berrou
— O que há Ian? Lizzy, ou Elizabeth não é uma pobre coitada sem família, pobre coitada ela é, mas por culpa própria, minha mãe e meu pai nos criaram com princípios, sem luxos mas com caráter e pra Liz isso nunca bastou. Ela nos renegou e saiu de casa anos atrás, deixando minha mãe de coração partido. E minha mãe nunca foi viciada em álcool. Ela é Uma vendedora de departamento com muito orgulho.
Ian se levantou e andou até Liz, que se encolheu.
– Isso é verdade?
– Eu odiava ser pobre, odiava ter que usar roupas baratas. Eu queria e quero dinheiro, nunca mais precisar contar centavos. Ser pobre não é para mim.
Ian balançou a cabeça e pegou o celular. Fez algumas ligações e após guardar o mesmo disse a ela:
— O piloto irá deixar você no hotel. Suas coisas estarão em um quarto reservado para você. Acabamos aqui Elizabeth. Eu venho de uma família pobre, minha mãe trabalhava de sol a sol no campo colhendo e plantando. E eu me orgulho de tudo o que ela fez por mim e pelos meus irmãos. Considere nosso caso acabado, e graças ao contrato que você assinou, não terá direito a nada. E considere que seu contrato de trabalho quando finalizar em uma semana não será renovado. Agora vá, gente como você não merece nada.
E saiu da sala sem olhar para trás, Carlo que até então se preparava para defender Roberta de algum ataque, olhou para ela e saiu atrás do amigo.
– Eu odeio você Roberta, sempre odiei e sempre irei odiar. Desejo que você seja o mais infeliz possível. Você e aquela velha.
Roberta sentiu o vazio que a acompanhava desde a partida da irmã ir embora. Em seu lugar alívio.
– Mamãe e eu somos e seremos felizes, sempre o fomos, infeliz é você Liz, com sua alma vazia e árida. Mamãe merece mais e eu também, enquanto você? Você é fria, seca e vai morrer assim.
Dizendo isso se virou não sem antes ouvir a segurança dizer a Liz que a acompanhariam até o heliporto.
A noite correu sem outros problemas e Ian acabou por dormir no iate. Naquela noite Roberta dormiu nos braços de Carlos que disse após fazerem amor que ela era uma mulher incrível e que se considerava afortunado por tê-la em toda a sua vida.
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MEU TORMENTO 03 - louco amor
Romance"Meu passado me condena" esse poderia ser facilmente o tema da vida de Carlo Sandoval, o patriarca da família. Bilionário, CEO, bom amigo, excelente papo, pai amoroso, porém ausente. O CEO sempre viveu para o trabalho e tendo ao lado belas mulheres...