Capítulo Vinte e Um - Beijos e Brigas

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Na manhã seguinte, Roberta acordou antes dele, e ficou algum tempo apenas observando-o dormir, o homem não tinha limites quando o assunto era imaginação e após a noite que tiveram, ela estava mais que grata por isso.

Carlo era muito diferente do homem frio que mostrava muitas vezes no mundo dos negócios, ele era amoroso, caloroso e preocupado com as pessoas a quem amava, e ela sentia-se acarinhada perto dele, amada até.

Ela adorava as tatuagens que ele tinha, quem diria que por baixo de toda aquela engomação, ele era amplamente tatuado, decididamente o homem era seu número.

Sentindo vontade de ir ao banheiro, ela tentou levantar com cuidado para não acordá-lo, mas devia saber melhor que era impossível, dada a sua sorte e dor na perna.

Tentando levantar, ela enroscou o pé no tapete e sem a menor graciosidade foi de encontro ao chão. E pior, derrubando algo da cômoda no processo.

Carlo acordou com o barulho, ainda desorientado pelo sono, logo procurou por Roberta, sentando na cama, ouviu um barulho e chegando até a beira a viu caída no chão xingando baixinho. Ao seu lado um porta retratos. Sua desastrada ainda iria enlouquece-lo.

Se levantado, sem se importar em estar completamente nu, ele a pegou nos braços e a colocou sentada na beira da cama, e sem uma palavra avaliou possíveis danos. Elevando uma prece aos céus quando não encontrou machucados novos.

— A cama estava desconfortável?

Roberta apenas olhou para ele e franziu a sobrancelha:

— Preciso ir ao banheiro, era por isso que levantei e este maldito tapete se enroscou em mim.

Ele a ajudou a ir até o banheiro e antes de sair, disse aos risos:

— Cuidado com esse outro tapete, ele é irmão do que derrubou você. Família perigosa.

Ela acertou nele o frasco de creme dental e começou a fazer o que precisava.

Ainda rindo Carlo, vestiu uma boxer e abriu um pouco as cortinas, aquela visão nunca deixava de surpreender.

Olhando para a cama imaginou como ela teria conseguido a proeza de cair, mas considerando que era Roberta, foi até o tapete e o retirou. Todo cuidado era pouco.

Naquele dia alguns associados viriam se reunir com ele em um almoço, não gostava muito daquilo, ali era seu descanso, mas com Rissa precisando de Javier, ele precisava resolver isso sozinho. Sorrindo ele lembrou da foto que o filho havia mandado, nela uma Rissa muito grávida, vestia Oz, de duende e o cachorro adorava a atenção. Ele adorava aquele animal, mesmo que tenha feito xixi e comido um dos seus pares de sapato italiano favoritos.

Roberta saiu do banheiro e foi pegar a toalha que havia esquecido. Precisava de um banho para acordar realmente, encontrou Carlo olhando pelas portas de correr, absorto em pensamentos.

— Teremos uma reunião hoje, alguns associados virão. Então preciso que você separe alguns documentos. Hoje vou lhe apresentar o escritório aqui.

Ele disse sem olhar para ela, que por um momento achou que algo tivesse acontecido. Mas ignorou.

Quando Roberta  novamente entrou no banheiro, ele percebeu que seu tom havia sido seco e sentiu vontade de chutar a propria bunda.

Entrando no banheiro, ele a viu começando a ensaboar o corpo e sem pensar em mais nada, a abraçou por trás e tomou para si a tarefa deliciosa de banhar seu corpo.

— Não quis ser grosso, tenho mania de entrar no modo chefe e dar ordens.

Ela assentiu e disse:

— Mas você é meu chefe.

Ele a fez virar-se e olhando bem em seus olhos rebateu:

— Posso até ser o chefe, mas lá, e isso não muda o fato que estamos juntos, construindo algo muito bom. Então quando eu voltar a ser assim, você pode chutar a minha bunda.

Roberta riu com gosto.

— Isso não vai dar certo Carlo, se eu for chutar a sua bunda cada vez que você fizer algo que acabe me chateando no trabalho, vou acabar deixando ela sempre cheia de hematomas, prefiro entender que você precisa comandar ali, que é a sua função, e que eu comando você fora de lá, principalmente aqui. — Ela disse passando a mão pelo membro dele que pulsava.

Carlo gemeu no toque dela e começou a passar o shampoo pelos seus cabelos, as mãos massageando sua cabeça. Roberta se inclinou para a parede e começou a gemer no toque. Relaxando.

Após tomarem banho, ambos se vestiram, e foram tomar café, Betty e Cara, já estavam presentes 3 conversavam animadas. Ele puxou a cadeira para que ela se sentasse e após dar um beijo em ambas as mulheres ali já presentes, sentou. O café da manhã foi um acontecimento alegre e a prova de que todas as mulheres eram falantes por natureza. Demétrio se juntou a eles e ambos os homens sorriam com a animação delas. Cara e Betty planejavam ir às compras, e ele viu como Roberta ficou. Se inclinando para ela, disse:

— Vá com elas, eu posso me sair bem com os convidados. Tenha um dia de garotas.

Ela quis recusar, mas ele não aceitou. Então cerca de uma hora mais tarde as três mulheres entravam no helicóptero e seguiam rumo as compras. Cara tagarelando e desligando seu celular que tocava sem parar.

Roberta estava alegre, mais ainda por ver sua mãe tão animada, mas não tirava da mente que algo estava por vir. E talvez não fosse bom. Já Cara, pensava nas mensagens de César, ele estava furioso com ela por ter terminado o noivado pelo celular, o cachorro. Era melhor assim, sem dores maiores do que ela podia suportar. Sabia que estava se enganando, estava doendo como nunca antes, ela o amava demais.

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MEU TORMENTO 03 - louco amor Onde histórias criam vida. Descubra agora