Carlo e Kane estavam trancados na sala a muito tempo, os três sozinhos, enquanto um muito nervoso Javier, cercado pelos cunhados tentavam acalmar as mulheres e a eles próprios.
Haviam decidido não contar nada a Alissa. Para não piorar seu estado. Kyle estava com ela no hospital. No interior. O restante da família havia voltado para a cidade. Betty e Demétrio chegaram assim que Carlo ligou para eles. Betty nervosa demais enquanto Demétrio tentava acalmá-la.
- O bebê! - Ela disse e todos os olhares se viraram para ela.
Carlo que saía da sala parou e se virou para ela dizendo:
- Ela confirmou?
Betty olhou para ele dizendo:
- Ela desconfia, havia comprado um teste, ela me ligou no almoço para dizer.
Nina foi a primeira a quebrar o silêncio que havia se instalado no resto da família:
- Vitor amor, por favor você poderia matar desgraçado?
Vitor olhou para a mulher e viu que ela estava pálida. Se aproximando rapidamente, tocou seu pescoço e viu que ela estava extremamente gelada.
- Você está bem amor?
Nina não respondeu, apenas o olhou em confusão e sentou no sofá. As mãos trêmulas.
Nesse momento o telefone de Betty tocou e ela atendeu.
- Alô - Silêncio do outro lado, ela olhou o restante desorientada até que uma voz conhecida se fez ouvir:
- Como vai mamãe? Feliz em me ouvir?
- Liz minha filha...
Risos do outro lado a fizeram parar de falar.
- Vamos ao que interessa velha, sua preciosa Roberta está aqui na minha frente, no momento ela está bem, mas me diga, até onde você a quer bem?
Betty ficou horrorizada ao ouvir as palavras da filha, de ver que ela estava de alguma forma envolvida.
- O que você quer Elizabeth?
- O que eu quero? Que sua preciosa Roberta pague pelo que me fez, eu perdi muito depois que ela me enfrentou. E ninguém mexe comigo mamãe. Você deveria saber melhor que ninguém, ou eu preciso refrescar a sua memória?
Betty então foi levada a infância das duas, Liz havia ficado feliz com a chegada da irmã, havia sido uma época feliz para a família, ate que um dia, ela chegou do mercado e encontrou a casa toda desarrumada, sujeira para todos os lados e Roberta chorando alto. Desesperada Betty havia procurado a filha pelos cômodos até que abriu a porta do porão. Roberta estava lá, dentro de uma caixa, toda suja. E nada de Liz.
Betty a encontrou na casa da vizinha, brincando normalmente com a colega. E quando questionada sobre o acontecido, Liz havia lhe olhado e dito com toda a calma que a irmã era um brinquedo a ser descartado. O marido que era responsável por cuidar delas, quando acordou, havia conversado com a filha mais velha e o acontecimento ignorado por ele.
- Você não vai fazer mal a ela, Liz, não faça isso.
- Eu deveria ter feito isso anos antes mamãe. - E a ligação foi cortada.
Betty olhou para Carlo em choque e contou o que havia acontecido anos antes. Ela viu o olhar de preocupação surgir entre os homens e sentiu um arrepio.
...
Roberta não sabia porque tudo aquilo estava acontecendo. Ou a real intenção deles.
Liz havia saído do quarto falando com Betty.
Sentido o estômago embrulhar e pontadas no mesmo, ela lembrou do teste que havia comprado e ficou preocupada. E se estivesse grávida?
Tentando se levantar, ela ouviu a porta ser aberta e o mesmo homem do primeiro dia entrar. Pablo.
Ele chegou perto dela, e sentando na beira da cama, perguntou se precisava de algo.
- Eu preciso ir ao banheiro - Desde a noite anterior que ela não ia. Estava desesperada já.
Pablo a ajudou a levantar e lhe entregou sua bolsa. Mas antes que Roberta desse um passo desesperado para o banheiro, sentiu algo no tornozelo. Uma espécie de coleira, e atrelada a ela: Uma corrente. Ela estava amarrada naquilo.
- Não tente nada Roberta. A corrente permitirá que você chegue até o banheiro e até a geladeira no canto. Lá há água e comida. Mas não mais do que isso. Não tente bancar a esperta.
Ela assentiu e correu para o banheiro. Se livrando da roupa, sentou no vaso. O teste na mão. Após fazer xixi, ficou aguardando. Minutos depois seu coração falhou algumas batidas. O teste dizia: Grávida.
Ela ia ser mãe! Deus do céu, desastrada que nem ela era a criança ia precisar de terapia! Foram os pensamentos dela antes que a porta fosse aberta e Liz entrasse.
E visse o teste.
Um sorriso se fundiu ao rosto da irmã e pegando a faixa das mãos de Roberta, ela saiu dizendo:
- Pablo amor, minha adorável irmã vai ser mamãe.
Roberta gemeu e fechou os olhos. Os braços em volta da barriga, num gesto de proteção ao pequeno ser que ali estava. Carlo iria amar ou odiar ser pai?
Bom dia meninas, não estou atualizando porque tô cheia de coisas da faculdade e do trabalho, fora estar indo muito para zona rural e lá não pega sinal. Mas não estou abandonando nada não. No feriado dessa semana vamos ter novidades ok.
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MEU TORMENTO 03 - louco amor
Romance"Meu passado me condena" esse poderia ser facilmente o tema da vida de Carlo Sandoval, o patriarca da família. Bilionário, CEO, bom amigo, excelente papo, pai amoroso, porém ausente. O CEO sempre viveu para o trabalho e tendo ao lado belas mulheres...