Capítulo 10 - Amor se constrói aos poucos

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Eu não conseguia parar de pensar no dia que tive ao lado de Noah. Não fazia muito o meu gênero ficar pensando tanto tempo em uma pessoa, pois eu sempre dava o meu melhor para não me apegar muito. Sabia que aproximação demais nunca acabava bem, ainda mais para mim, que não me relacionava há um bom tempo mais por medo do que por qualquer outra coisa.

Geralmente as pessoas me odiavam quando descobriam o que eu tentava tanto esconder. Tentei não pensar nos insultos que já ouvi, e doía imaginar qualquer um deles saindo dos lábios de Noah. Isso estava fora de cogitação, jamais permitiria que isso se repetisse, até porque eu e ele seríamos apenas amigos, mas ainda assim era uma situação arriscada. Ainda mais ele que era rico, mimado e provavelmente tinha uma mente muito pequena e fechada.

Ele nunca mais falaria comigo se descobrisse...

Com um suspiro, continuei pensando na tarde que tive ao lado daquele menino cujos olhos exalavam solidão. Depois de andarmos a cavalo, ele começou a me fazer várias perguntas para mim, enquanto nos apoiávamos na fonte que Noah declarou odiar com todas as forças.

Fiquei encantado com seus lábios, tanto que não consegui parar de encará-los, e ele sem dúvida me achou a pessoa mais esquisita do mundo quando os toquei. O som de sua voz era tão suave quanto o violino que eu costumava tocar antes de dormir.

Sabia que acabaria me machucando se começasse a me encantar mais do que o necessário, já que ele iria se casar em breve com uma mulher que ainda nem havia conhecido.

Ele ficou tagarelando sobre os planos que tinha para depois desse casamento e revelou o seu sonho de ter uma filha que chamaria de Jasmim, pois essa era a sua flor favorita.

Ao ouvir esse nome, senti uma pontada afiada em meu peito, simplesmente porque eu odiava com todas as forças esse nome. Odiava seu significado, seu som, cada letra, cada sílaba e certamente as lembranças ruins que ele praticamente jogava na minha cara, fazendo meu estômago se contorcer de desgosto.

Mas nem isso me fez gostar menos de Noah, o que era até um pouco preocupante, já que eu automaticamente pegava ranço de qualquer ser humano que ousasse pronunciar esse maldito nome em voz alta, na minha frente ou alto o bastante para que eu pudesse ouvir.

Quando voltei para o quarto após me despedir dele com um aceno, notei o recente brilho daqueles olhinhos castanhos, como se realmente tivesse gostado de ficar comigo durante aquele tempo. Não tinha certeza, mas gostava de pensar que Noah estava gostando de mim tanto quanto eu dele.

Era estranho me sentir tão próximo de alguém que mal conhecia, mas ao mesmo tempo sentir que ela fazia parte de você de alguma forma. Sentia-me assim em relação a Noah, talvez fosse por causa de Kevin, que lembrava muito aquele menino de cabelos desgrenhados cor de areia, embora Kevin jamais tenha me feito corar ou meu coração bater num ritmo mais forte, até porque isso seria no mínimo estranho.

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