Assim que William foi liberado, saímos pelos fundos do clube e pude ver que ele era um pouco mais alto do que eu e me abraçou assim que uma frente fria nos engoliu. Eu ainda estava tonto e talvez por isso eu tenha permitido que ele me guiasse até um beco bem mal iluminado e me pressionasse na parede com aquele sorriso malicioso brincando nos lábios.— Então...príncipe... — sussurrou pausadamente, numa proximidade um tanto perigosa.
Foi naquele momento que percebi as diferenças entre ele e o Ian. Para falar a verdade, eu acho que a única coisa que eles tinham em comum era o cabelo negro encaracolado e não hesitei em sentir a maciez deles e me decepcionar por não ter nem ao menos um terço da textura do cabelo do Ian.
Decidi parar de uma vez por todas de ficar comparando todo mundo com ele antes que eu enlouquecesse e me concentrei em seu toque e na pressão de seu corpo contra o meu. Ele passou os dedos para dentro da minha camisa e o puxei para mais perto, selando meus lábios nos seus sem pensar em mais nada além daquilo.
Confesso que depois que cedi as coisas começaram a ficar um pouco mais quentes e nem pensei direito, apenas deixei ele fazer o que quisesse, eu só iria acompanhar e aceitar.
William desabotoou a sua camisa revelando um peitoral bem impressionante a meu ver e que só me deixou ainda mais sedento para tê-lo perto de mim. Naquele momento eu tive certeza de que eu era gay e o pior de tudo, era que eu não sabia o que fazer com aquilo.
Só quando ele começou a abrir o zíper da calça que eu hesitei um pouco. Ta aí um problema que eu tinha, eu não estava com vontade de ver o pênis de ninguém, ainda mais bêbado.
Já tive oportunidade de ver alguns filmes pornôs — até mesmo os gays — escondido quando eu estava sozinho e sempre me senti incomodado com certas coisas, o modo irreal como tudo acontecia e até fiquei surpreso com o fato de que o que estava acontecendo agora era totalmente irreal. Eu estava prestes a transar com um cara num beco, aquilo era demais até mesmo para mim e tudo isso para tentar suportar uma carência de um amor não correspondido. Aquele era meu fundo do poço e como não me restava mais nada, acabei me entregando a aquilo e prendi a respiração quando coloquei minhas mãos inexperientes dentro da cueca dele e a deixei ali, tocando-o da forma que ele queria.
Ele arfava com a cabeça bem próxima a minha, beijando meu rosto e mordendo o lábio antes de gemer diversas vezes. Aquilo não estava me excitando e fiquei me perguntando se álcool deixava as pessoas livres de ereção ou as fazia brochar, porque era exatamente o que estava acontecendo comigo.
Meneando a cabeça e fingindo gemer e gostar daquilo, eu o beijei com mais força e com mais vontade, sentindo seu membro crescer em uma de minhas mãos e um líquido esquisito sair dali deixando minha mão toda melecada. Tive que controlar a minha ânsia de vômito e fiquei desesperado por me sentir assim, porque eu sabia muito bem o que era aquilo e não deveria me incomodar sendo que eu era gay.
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Feche a porta quando sair ✅
RomancePLÁGIO É CRIME! É proibida a distribuição e reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia do autor. Noah Chevalier tinha um plano: iria se casar, ter uma filha e assumiria o posto de rei da Ilha das Flores como sempre sonh...