C a p í t u l o S e i s - M o j i t o

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CATERINE

Florença, Venerdì 17/03.

Estou inquieta há horas. Queria muito falar com meus amigos sobre o casamento com o Lorenzo, porém terei que me calar pois há um contrato de sigilo absoluto, além de ter que pagar uma dívida enorme, que nem eu trabalhando minha vida inteira conseguiria pagar, sabe se lá o que Lorenzo faria comigo caso eu abrisse a boca para alguém.

Estamos dentro de um táxi indo para um barzinho badalado de Florença, mexo minhas pernas e começo a roer algumas unhas de nervoso pois sei que as perguntas viram e eu não posso argumentar sobre nada. Fecho os olhos e falo de uma vez.

— Estou saindo com um cara.

— O QUE? - os dois gritam em uníssono me fazendo tampar meus ouvidos.

— Caterine Perroni, pode contando essa história direitinho.

Me viro para os dois e seus olhos quase me fuzilam aguardando minha explicação.

— Desde quando está escondendo isso? - Marco pergunta cruzando os braços, sinal que está indignado com a novidade.

— Meu Deus, se acalmem! É o cara da boate, estamos nos conhecendo - os dois arregalam os olhos.

— Deus! Você não está falando do Lorenzo, né?

— Sim. - respondo com um sorriso forçado sem mostrar os dentes.

— Pirou? Ele é perigoso e te avisei pra se afastar dele por isso. A família dele forma metade da máfia italiana.

Engulo seco e volto a olhar na direção contrária a deles, Marco puxa meu rosto fazendo encara-los.

— Você quer morrer Caterine? Que loucura é essa? Só espero que não seja mais uma de suas brincadeiras idiotas, por que isso não tem graça - Bella diz de cara feia.

— Eu sei, mas o que posso fazer? Está rolando algo - minto e me odeio por isso.

— Isso está muito mal contado, até semana passada você nem sabia que ele era um mafioso e hoje está dizendo que está conhecendo ele melhor? Está usando drogas, Cat? - Marco pergunta com a testa franzida.

— NÃO! Parece até que vocês não me conhecem - mordo o lábio inferior para conter a vontade de jogar toda a verdade no ar.

— Porra, quem dera eu passar uma noite com aquele pedaço de mal caminho - ela se vira pra mim — Preciso saber de detalhes, desculpa amiga, mas ele é um gostoso.

Para minha felicidade Bella muda o rumo do assunto e não consigo conter o sorriso com o comentário, mas Marco continua sério.

— Será que vocês não vêem a gravidade que isso pode se tornar? O cara é um criminoso.

O táxi para em frente ao bar e pulo para fora do mesmo, querendo fugir da pergunta do meu melhor amigo.

— Marco, a Caterine já está grandinha e sabe se cuidar, ela está gostando do mafioso gostosão e já havíamos alertado do perigo, o que nos resta agora é apoiar nossa amiga.

Abraço Bella pela colocação e agradeço mentalmente pois Marco não tocou mais no assunto, apenas continuou caminhando de cara fechada até o bar.

Sempre o considerei como irmão que não tive, ele sempre me dá bons conselhos, puxa minhas orelhas quando necessário e agora não é diferente. Ele deve estar com raiva por saber que não dei ouvidos e estou entrando em uma enrascada e sobre isso eu não tenho dúvidas.

— Vamos beber amigos, estamos precisando disso - Bella enrosca os braços em nosso pescoço para descontrair a tensão.

Entramos no bar lotado e por um milagre conseguimos uma mesa alta próximo ao bar. Logo depois Giulia e Enrico chegam e se juntam a nós. Fizemos nossos pedidos, eu e as meninas começamos com uma Cosmopolitan e os meninos pediram um balde de cerveja. Depois pedi um Mojito e as meninas me acompanharam.

Sedução MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora