C a p í t u l o D o i s - C o i n c i d e n c e s ?

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LORENZO

Florença, Venerdì.

Minha família está toda reunida na casa dos meus avós, é aniversário do meu tio mais velho e quase toda família está presente. Logo após o jantar, fomos para sala falar sobre alguns negócios e transações importantes que conseguimos fechar essa semana e sobre algumas cargas que estão para chegar na semana que vem.

Apesar da maioria da família ser envolvida com a máfia nós temos negócios sérios por fora, praticamente somos donos de todos os grandes comércios de Florença mas temos o nosso maior bem, Antonietta Tessuti. É uma empresa de grande influência no setor de tecidos e toda a família lutou muito para que ela fosse a empresa líder no setor da produção de tecidos do país onde está há 5 anos consecutivos.

— Toda vez que nos reunimos é o mesmo assunto, vocês só sabem falar de negócios.

Minha vó Antonietta que é a inspiração para o nome e a razão da empresa, resmunga chamando a atenção de todos.

— Ora, vamos falar sobre o que, nonna? É isso que nos move... negócios - digo antes de beber um pouco do meu whisky e todos sorriem.

— O que deveria te mover é uma mulher, você já encontrou a sua amada?

Ela pergunta curiosa e fecho o rosto, não gostando nada desse assunto. Meus pensamentos vão diretamente para Caterine e falo com convicção.

— Já sim, estou conhecendo uma pessoa - minto dando de ombros e surpreendo a todos.

— O QUE? - minha prima Carlota grita do outro lado da sala.

— Com assim? Por que não me contou nada, meu filho? - minha mãe reclama ao meu lado, mas sei que está tentada a sorrir.

— Estou surpreso... - meu irmão Vicenzo comenta me analisando e passando a mão sobre a barba. – Você? Conhecendo uma mulher? Conta outra Lorenzo, essas mulheres que estão sempre disponíveis para você levar pra cama não conta - solto uma risada sarcástica.

— Stolto (tolo), estou conhecendo uma pessoa e para a informação de vocês, ela é totalmente diferente das que vocês estão acostumados a ver comigo - vovó só falta saltitar de alegria.

— Estou tão feliz, sabia que precisávamos te dar um empurrãozinho, queremos conhecê-la logo.

Merda, preciso inventar uma desculpa rápido, se não eles vão desconfiar.

— Se calmem, irei leva-la no próximo jantar daqui à duas semanas e aí vocês poderão conhece-la. Até lá fiquem na curiosidade.

Entre algumas zoações e milhares de perguntas sobre a pessoa misteriosa que estou supostamente ficando, meu celular toca e vou até a varanda para atender.

— Lucca, conseguiu o que eu pedi?

— Sim, até mais do que esperava. O que você quer com uma mulher que veio do interior, com uma bagagem enorme de problemas?

Sorrio sozinho pois era exatamente isso que eu queria. Caterine com problemas. Para eu poder saber exatamente como abordá-la com o contrato e ter argumentos plausíveis.

— Meu caro amigo, meu tempo é curto e ela é a minha única esperança. Capisce?

— Pelo que me disse ontem ela é uma pessoa difícil mas com aquele corpo escultural isso é relevante, escolheu bem - ignoro o elogio que ele fez.

— É, nada é impossível para um Bertolazzo - ouço sua risada através do celular.

— Te enviei um arquivo por e-mail com todas as informações e dados que consegui. Agora, vou voltar a dormir, por que tenho uma audiência bem cedo. Vai para a Yab Club amanhã?

Sedução MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora