C a p í t u l o T r i n t a e C i n c o - A c e r t o d e C o n t a s

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LORENZO

A casa está toda cercada pelos meus homens. Todos nós estamos escondidos na mata e eles estão apenas aguardando meu sinal para avançarem contra os capangas de Salvatore. Tivemos muito cuidado ao entrar na mata fechada pois Caterine já tinha alertado das armadilhas, e conseguimos desarmar a maioria.

Observo de longe a quantidade de homens que tem de guarda e não chegam nem a quinze homens mas eles estão bem armados e precisamos ter cuidado ao avançar. Estou na direção do quarto que ele escondeu Caterine, consigo ouvir ele dizer algo a ela, que parece ter revidado com um chute.

— Filha da puta, quer morrer? - ouço um tapa e travo meu maxilar contendo a raiva sabendo que ele lhe bateu — Vadia, agora você vai ficar presa até o merda do teu marido chegar e eu acabar com ele na sua frente.

Lanço um olhar para Lucca que logo entende e avisa aos meus homens para ficarem apostos.

É agora.

Faço sinal com a mão e começamos a atirar para cima dos capangas enquanto avançamos em direção a casa. Como a maioria não estava esperando o nosso ataque, muitos caíram mortos no chão, poucos conseguiram revidar. Aproveito esse contratempo de trica de tiros e avanço com mais dois dos meus para dentro da casa. Encontramos mais três homens de Salvatore e dois deles conseguiram desarmar os meus homens e começaram a lutar.

— Lorenzo cuidado.

Ouço o grito de Caterine vindo de um dos cômodos do fundo da casa e com muita cautela avanço pelo corredor. Faço sinal para meus homens que estavam indo atrás de mim ficarem e apenas eu ir. Preciso ser cuidadoso pois minha mulher está nas mãos desse louco e ele está armado.

— Desiste Salvatore, a casa está toda cercada. - digo próximo a porta fechada.

— Não! Temos um assunto para resolver e sua mulher está nas minhas mãos. Então se não quiser que eu mate ela agora, manda todos os seus homens saírem daqui e você entra sem armas. Estou com uma 37 apontada para cabeça dela nesse exato momento.

Ouço o choro de Caterine e tento manter meu autocontrole e afastar o medo que estou de algo não da certo e ela sair machucada. Respiro fundo e decido fazer o que ele pediu.

Tiro a arma da minha cintura, a faca que estava no bolso da calça e largo minha glock no chão. Lucca se aproxima preocupado e vocifera.

— Está louco Lorenzo? Ele vai te matar.

— Lucca é a vida de Caterine que está em risco, farei de tudo por ela sair daqui viva então não quero que ninguém avance. Isso será resolvido entre eu e ele.

— Não vou deixar você fa...

— Me escuta porra, eu vou tirar Caterine daqui viva e eu não quero que nada ponha a vida dela em risco então faça o que estou mandando.

Ele briga comigo através do olhar, reluta em me deixar fazer o que disse e por ele me conhecer muito bem e saber que jamais irei aceitar isso, acaba assentindo e se afastando.

— Quero você e Caterine vivos, e vou avisando que qualquer coisa fora do normal iremos avançar.

Ele, assim como os outros somem pelo corredor saindo da casa como o desgraçado pediu.

— Pronto, estou sem armas, meus homens já saíram e já deixei uma ordem para eles não avançarem.

Ouço a porta ser destrancada, respiro fundo e viro o trinco da mesma. Travo meu maxilar ao ver Caterine com as mãos amarradas em uma cadeira e Salvatore apontando uma arma na cabeça dela do outro lado do quarto. Um ódio sobe até minha cabeça por vê-la a mercê nas mãos desse desgraçado.

Sedução MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora