CAPÍTULO 5: INEVITAVELMENTE

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Finalmente o solstício de verão chegará.

Momento tão aguardado.
Uma assistente competente parecia finalmente ter encontrado..., mas não poderia descrever a sensação estranha que tinha sobre essa jovem. Ainda que esteja ao último fio de esperança, não conseguia negar a enorme vontade que tinha de desvendar aquela mulher.

— Senhor Jones? – chamava-me Stuart com um sorriso preocupante no rosto. Acredito que pela face avoada que estava.

— Algum problema Stuart?  — Sai rapidamente de meus pensamentos ridículos.

— Bom senhor...Acredito que agora o senhor poderá faze-lo, mas temo pelos jovens que precisaram se envolver nisto. — disse ele abaixando a cabeça como se tivesse feito uma malcriação.

Como sempre Stuart parecia ler meus pensamentos..., mas não poderia repreende-lo, Stuart teve comigo desde que eu era pequeno e cuidou de mim como um de seus filhos...ele agir de forma parecida como um pai, vendo uma possível besteira de seu filho, era na verdade uma alegria.
De fato, eu estava incomodado sobre envolver a jovem Elanna nesta busca amaldiçoada, mas não havia mais tempo, e de qualquer maneira alguém havia de se envolver.

Um caminho tão torto e nublado que fui obrigado a admitir: não sabia mais o que fazer!

Depois de um longo tempo de espera, meus irmãos chegam a casa. Que mesmo comais gente que o normal, não mudava seu ar sério, nem mesmo com a aura rígida e grosseira de Leônidas. 

Leônidas estava mais rubro do que nunca, encoberto pela barba desgrenhada da forma rude que sempre foi. Assim que me viu, veio logo me abraçar.

— Fico feliz em vê-lo Jones! – dizia o grande homem, muito maior do que eu.

— Posso dizer o mesmo em vê-los, Leônidas, Sean, Yuri e Akira

Assim como Leônidas meus outros irmãos pareciam desgastados, algo espantoso para alguém que só apenas os via trajados na mais alta costura e de mais bela face. Principalmente quem vê os dois irmãos gêmeos Yuri e Akira, tão belos quanto inteligentes, agora exauridos e de rostos marcados pelo sol.

Apesar de serem japoneses, não ha uma especificação para tal beleza. Era uma incógnita angelical, que fazia disto tudo a pura ironia.

— Soube que voce finalmente encontrou alguém para nos ajudar a entender as coisas. — Começou Akira se sentando a minha frente na mesa.

— Vladimir foi de grande ajuda apresentando a jovem. De fato, ela parece bastante promissora, mesmo sendo totalmente inexperiente e um tanto atordoada e ao mesmo tempo bem ousada tanto na mente quanto em palavras – sem querer dei um fraco riso.

Leônidas então se sufocou ao ouvir aquilo, de todos era ele quem mais detestava envolver pessoas, principalmente se for jovem e mulher. Se quisesse condenar a mim mesmo, bastava dizer inexperiente para ser atingido por um olhar ameaçador. 

— Leônidas, eu sinto por ela, mas não temos tempo de achar alguém com tamanha qualificação e que esteja qualificado em seus próprios termos! – me expliquei antes que ele me atacasse.

— Tanto faz quem seja a pessoa, só tem que ser capacitado— disse Yuri levando a mão a testa em descontentamento – Por acaso o básico e voce fugiu disso?

— Ela é. E eu terei que ser responsável por ela, mesmo que tenho a ligeira impressão de que não precisarei. Quando foi que eu pequei em escolher alguém? – elevei minha voz autoritária os lembrando em como nos conhecemos. Entretanto....

— Ano passado? – lembrou me Leônidas. – Acredito que quase morrer não foi um susto suficiente a voce, não é?

Tcs! Ele sempre me lembrando disso...

Mas realmente, a senhorita Carte me parece não apresentar qualquer problema de descontrole. Mas ela me entrega... a energia dela...não havia uma explicação logica para a atração infeliz que aquela mulher me acometia. Apenas sentia que ela me traria algo.

— Jones! preste atenção! — gritou Leônidas me tirando de meus pensamentos. – Não me lembro da ultima vez que o vi tão absorto...

— Diga logo...— o respondi apenas levantando meus olhos que fez ele perceber minha leve irritação.

— A primeira pista estava no farol Basten, um antigo escrito latim nas paredes debaixo do piso que dava ao cabo. – Dizia me enrestando os documentos — E pelo que me parece... falta uma parte... que deve estar na Escócia.

— Não entendo como tudo isso pode estar ligado. Agora vamos a ordem dos cavaleiros templários... — digo num suspiro.

Como conseguíamos dar uma volta tão grande para algo como isso? Dessa maneira parecia ridículo nosso objetivo principal...Aquilo que eu mais espero... que a aquela jovem saiba algo que possa nos guiar.
Mas não desconfie de nada.

Tudo parecia um conto de fadas do mal na realidade, um conto de fadas onde humanos não eram bem-vindos.

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MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora