CAPÍTULO 7: Sensações.

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  O que você acha de um mistério?

Eu acho simplesmente uma tortura mental que sufoca corações.
Este, por exemplo...
afinal quem é Jones ? Quem é esse maldito homem mascarado que causa essas sensações diversas mergulhadas em medo.
Acredito que você teria a mesma reação se escutasse o que ouvi sobre ele. A cada nova descoberta um ponto de interrogação aparece.

(...)

— Não é como se o senhor Jones fosse uma pessoa má.— dizia Erickson—  Ele é apenas um jovem homem ocupado, que desde cedo teve responsabilidades maiores do que ele. Nunca teve tempo para ser uma criança normal, que brincava e tinha amigos. Ser filho único contribuiu para seu ocultismos diante da sociedade — disse Erickson depois de sem querer  deixar escapar que Jones dava-me medo.

— A mascará dificulta saber o que ele sente, pensa ou mesmo suas reações.— por mais que pudesse saber parte delas.

— É exatamente para isso que ele usa. Ele sempre teve esta tática de manipulação. Mas de qualquer forma, Elanna seria bom você esquecer de tentar compreender o Jones, tento isso a anos. Não sei como você consegue despertar o interesse e a cordialidade dele! — riu Erickson

Como assim eu despertei o interesse dele?

Bom antes que  pudesse perguntar, já estávamos chegando ao meu prédio. Nem havia percebido que a viagem passara tão rápido.

— Sabe, acredito nos seus dotes e qualificações. Vladimir nunca erra quanto a escolha de boas pessoas... o que explica muito do porque  ele se importa tanto com você, assim como aquele seu amigo que seguiu você do Del Luca até aqui. – riu.

Amigo...? Gary!!!? Ele me seguiu?

Olhei para trás no instinto rápido e acabei tendo uma confirmação, pois, o Jaguar prateado dele estava logo atrás nem ser importante de ser visto.
Nunca pensaria que Gary se preocupasse a este ponto comigo.

Desci do carro e me despedi de Erickson rapidamente para ir questionar aquele doido.

— Te vejo na sexta jovem senhorita! – respondeu Erickson rindo.

— Até. E obrigada por tudo.

— Tenho um bom pressentimento sobre você, se precisar de algo é só ligar. — disse e saiu pela rua movimentada.

Quando me afastei, Gary saia de seu carro e se aproximava com uma face preocupante.

— Vou fingir que você não foi tão louco de me seguir por todo o caminho! – disse enquanto me dirigia a ele.

— Foi por uma boa causa. Não ariscaria sua segurança nas mãos de um cara tão cheio de mistérios, por isso te segui e fui investigar. Só não contava com o Erickson observando-me, mas não me impediu de saber algumas coisas sobre esse tal de Jones. — respondeu ele seriamente.

Era algo raro ver Gary serio como estava, ao que parecia ele estava mais cismado do que nunca.

Subimos para meu apartamento, onde encontramos as meninas no sofá largadas.
Gary havia me contado que pediu para Emma e um amigo para pesquisarem sobre Jones e que estranhamente não haviam encontrado nada.

— Então isso é uma coisa boa, quer dizer que não há nada de suspeito nele. — conclui (logicamente tirando sua face e seus inúmeros segredos)

Gary abaixou a cabeça — Infelizmente quando disse nada, estava me referindo a literalmente nada. Nem mesmo uma especificação dos próprios negócios e empresa. Nada sobre Jones nos registros.

— Está me dizendo que não há um senhor Jones ? — isso não é possível.

Se estava ruim acabava de ficar pior.

Como assim não ha um senhor Jones ?

Gary pareceu ver meu espanto, mas mesmo que eu pudesse duvidar dele, não conseguiria, pois, apesar de tudo, Jones era um homem rico dono de empresas, mas nunca se ouviu falar dele, nem nas aulas de economia.

— Acalme-se Elanna. Mesmo que isso seja apenas uma das coisas curiosas que descobri sobre seu chefe, ainda não é de se alarmar tanto. Vladimir me contara que a família de Jones já pertencera ao auto escalão dos tempos imperiais. Seu avo era quase que um próprio novo duque de Viena. Mas algo impediu que ele conseguisse esse status. Dizem que havia uma lenda, mas ela fora esquecida...ou supostamente...

Uma lenda sobre a família de Jones...isso esta ficando cada vez mais curioso. Então Gary que havia descoberto mais coisas sobre Jones, nos contará em detalhes suas suposições.

— Quando  estacionei o carro, segui pela mata até chegar em um ponto onde poderia vê-la, mas algo me chamou a atenção. No meio dos matagais e da vasta floresta havia um tumulo sem nome e um cemitério de carros. Não carros velhos e empoeirados, mas alguns dos mais valiosos. Definitivamente Jones é um emblema difícil de se conseguir entender por ser um enigma atrás do outro.

O Jones usa a floresta como estacionamento?

E por algum motivo senti que só estava no começo. Gostaria de pedir a Gary que procurasse sobre as relíquias de que Jones havia me falado... Mas não posso descumprir uma promessa, ainda mais feita por contrato.

— Outra coisa misteriosa é o próprio local onde ele a levara. Dizem que fora uma das primeiras residências que seu avo ganhara do império...não sei se por gosto, mas Jones sempre adquiriu como um de seus prédios, antigos e caindo aos pedaços. E se não for por isso, com alguma tragédia envolvida. Parece que realmente a morte anda ao seu lado. Antes o Del Luca era um antigo local para resguardar a família de algum refugiado da Segunda Guerra Mundial, até uma série de atentados acontecer. Dizem que quarenta pessoas morreram queimadas no prédio, depois que uma bomba atingiu a lateral. Sete famílias mortas e apenas pó restou de seus corpos.

— Cada vez mais temo pelas suas histórias. Jones então tem um gosto bizarro, mas isso não é  motivo para julgar que ele seja alguém perigoso. Já conhecemos pessoas com gostos mais bizarros e de bom coração.

— Sim, mas não confio nele, mesmo que nunca tenha o visto.

Também não confio em Jones, mas algo me faz querer ajuda-lo, e não é só minha curiosidade.

Tardia a noite, Gary se foi ainda tenso, mesmo que eu tentasse acalma-lo, ele permanece cismado.
Tanto eu quanto as meninas fomos dormir incomodadas.

Só que o sono não veio.
Um ar gelado percorria meu quarto e tinha uma estranha sensação de estar sendo observada novamente.

A energia pesada e ao mesmo tempo calma, não deixava meu corpo, nem meu quarto, que permanecia todo fechado e com apenas a luz do abajur acesso.
Era aterrorizante, mas não apresentava perigo, algo como a presença do Jones, Mas não sendo ele.

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MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora