CAPÍTULO 8: ANÉIS.

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Quinta feira 

Acordei simplesmente. Uma insônia havia me desolado na noite anterior.

Levantei normalmente e fiz minha rotina entediante de estudante, mas algo estava errado. Pelo menos, desde que Gary me atingira com suas dúvidas sobre meu chefe.

Estava acabada, cansada, mas não havia sinais em meu corpo e nem no meu rosto daquela perturbação. O que não poderia dizer de minhas companheiras visivelmente alarmadas.

— Você tem certeza que não quer faltar hoje Elanna? — perguntava Rosa.

Porque eu faltaria? Estava bem, não estava doente... (logicamente me fazendo de besta)

— Absoluta! — respondi de imediato.

— Depois do que Gary disse ontem, você simplesmente correu para o quarto e foi dormir... pensamos que você estivesse mal...— dizia Rosália  jogando os cabelos para o lado.

Como assim eu corri para o quarto? Eu não lembrava de nada disso...

— Não lembro de nada disso...Mas de qualquer forma eu estou bem.

Mesmo preocupadas as meninas encerraram as perguntas e fomos para a faculdade.

Na Faculdade

  Entramos e já demos de cara com Gary e Vladimir a conversar. Vladimir me encarou, mas sua face estava normal; já Gary ainda estava visivelmente perturbado.

O sinal para a entrada das aulas se deu, não dando tempo para que conseguíssemos trocar qualquer palavra a respeito do assunto “Jones”.

Durante toda a aula permanecia quieta, era como se um vazio levasse minha alma para longe, na verdade, para a porta.

— Elanna? — chamou uma voz a meu lado.

Era Matias quem me chamava baixinho.

— Você com toda a certeza não esta bem... — dizia. — Se precisar conversar com alguém me diga.

— Estou sem ânimo, é apenas isso. — respondi.

— Pensava que você seria mais forte para aguentar o fluxo das aulas.. —  deduzia errado.

Logico que não era aquilo, mas eu não poderia lhe dizer...

Continuando as aulas, Vladimir fazia uma breve explicação sobre o Imperialismo na Europa. Mas quando ele disse o imperialismo na Áustria, meu cérebro lembrou rapidamente do que Gary me dissera ontem... e novamente as dúvidas sobre Jones apareciam.

já eram 10:00, e Vladimir me chamara para uma conversa antes que desse o intervalo para pesquisas. Penso que tinha em mente o que ele diria e por alguma razão meu coração  havia apertado.

— O que Gary lhe dissera ontem afetou você não é? —  logo perguntou.

— De certa forma senhor...

— Elanna você sabe bem que eu prezo pelos meus alunos, ainda mais aqueles que considero ser meus amigos. Nunca colocaria você em algo perigoso e por esta mesma razão escolhei Jones. O mesmo vale para suas amigas, que também já foram agendadas as entrevistas.

— Fico feliz por ouvir isso, mas mesmo sabendo que Jones não apresenta risco, pois, nunca encontrei um patrão que se importe tanto com seus funcionários como ele, não consigo entender o porquê disto estar me afetando.

Vladimir ficou inquieto, mas não dizia nada.

— Porque você não descansa? Saia um pouco...esqueça um pouco isso e pense naquilo que você gosta. — recomendou.

MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora