Capítulo 27: Noite Atormentada

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Terminado as malas, fui para o chuveiro.

— Não deveria ter a tirado do primeiro sono... — me lamentava pela minha fraqueza.

Elanna estava na parte de baixo da casa, possivelmente estaria na sala lendo um livro ou do lado de fora admirando o jardim como gostava de fazer quando se sentia solitária por todos estarem ocupados.

Não conseguia imaginar sua reação ao descobrir o que faria a ela, mas supunha que me mataria me pensamentos e se me visse me mataria pessoalmente também!

Faço o certo pelos meios errados, mas não consigo mais controlar meu egoísmo.

Rosália avia ficado de acordo quanto a estar ao lado de Elanna quando esta acordasse, e agradecia aos céus por ela ter o juízo que Elanna não tinha e não se envolver nas partes criticas dessa busca que já esta longa demais.

Sai do banho e fui direto atrás de minha amada. Esta que como pensava estava no jardim a observar o céu azul. Tão linda e encantadora que me fazia lembrar o porque e como me apaixonei por ela.

Me aproximei de vagar, tentando o máximo possível não fazer nenhum barulho que pudesse a tirar de seus pensamentos. Seu vestido florido branco era levemente levando pela brisa, mostrando sua pele, suas pernas finas que me faziam rir ao mesmo que a maliciosa vontade de toca-las.

Um sorriso bobo logo veio ao seu rosto, o que estaria pensando? — ela ainda não havia me percebido... — Suas mãos se tocaram, em especial alisava um certo dedo...

Não pude me conter...e levando um enorme susto Elanna veio a meus braços.

— M-mas o que você... — ela tentou dizer algo, mas a interrompi juntando meus lábios para uma valsa em sua tão delicada boca que tanto amo.

Ficamos ali durante um tempo ate que não houvesse mais folego em nossos corpos. Meus olhos procuravam os dela e os dela aos meus, aqueles lindos olhos castanhos brilhantes. Seu corpo estava quente, seu coração que podia ouvir e sentir em meu peito pulsava como um tambor agitado, mas nada me acalmava tanto quanto a aura azulada que expunha. E como a um tempo já não ouvia, ela me chamou:

— Idiota! — e sorria alegremente.

Logo voltamos para dentro. A casa estava quieta e quente. Nenhum barulho se ouvia a não ser o som das roupas que Sabrina estendia do lado de fora. A sensação mais confortável se mantinha naquele lugar que logo seria tomado pela sensação de minha culpa.

Quando deu a hora fomos todos jantar e como devem imaginar o silêncio ainda se perpetuava. Parecia que onde Leônidas e Elanna estivessem junto ninguém conseguia proferir se quer uma palavra e de algum modo isso me intrigava e me incomodava de uma maneira tenebrosa, todavia também não conseguia a coragem para interromper aquele silencio.

Assim que terminamos Leônidas me chamou a um canto.

Sentou-se na poltrona cruzando suas longas e grassas pernas, enquanto em sua mão observava seu copo de Uísque gelado. Estava pesado e preso em algo que era mais que certeza ser relacionado ao que se seguira a parti daquela noite quente.

— Você tem absoluta certeza sobre o que esta fazendo meu irmão? — ele me encarou serio, seus olhos brilhavam a dúvida.

Respirei fundo e sentei na poltrona que ficava a sua frente. O papel de parede gasto transmitia o cheiro de poeira velho que se misturava com o aroma do uísque que derrama em meu copo com uma grande esfera cristalina de gelo. Dei um gole e o encarei:

— Você pretende me dar um sermão pelo meu egoísmo? — o encarei e ele imediatamente franziu sua testa — Talvez eu me arrependa amargamente de fazer isso, mas que homem perdidamente apaixonado conseguiria aguentar o fardo de ter posto sua amada em perigo?

MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora