CAPÍTULO 9: O Chá Do Demônio.

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O que eu poderia dizer? tive que aceitar pela boa educação.

— Claro — respondi sem muito entusiasmos.

Jones então me levou até a parte de baixo da sua humilde casa, chegando a um recinto muito bem iluminado pela luz tardia do sol, onde havia uma bela mesa de chá já preparada para nós. O que queria dizer que ele já pretendia me trazer a aquele pequeno momento.

— Por favor... — dizia ele puxando a cadeira para mim.

Nôs sentamos um de frente para o outro, de modo que a janela ficasse ao nosso lado e de modo que a luz dificultasse, ainda mais, de conseguir ver seus tão misterioso rosto.

E nisso presumir que para ele tomar o chá ele teria que tirar a mascará! Era óbvio que ele não deixaria isso passar tão facilmente.

Como um bom cavalheiro (super. mega estranho) ele me serviu o chá, que estava com um cheiro ótimo
(era de camomila, coincidência?)

Mais uma vez o silêncio agredia a casa. Jones apenas me observava, o que deveras me deixava com os pelos arrepiados, mas não só por isso. Tinha a ligeira impressão de estar sendo observada por traz, mas a única coisa que havia atrás de mim, era uma parede com um espelho envelhecido e extremamente sujo.

Muitas coisas naquela casa não faziam sentido, como por exemplo, como Jones poderia permitir viver em uma casa tão linda e ao mesmo tempo tão maltratada e “suja” ?

Não se via mais ninguém ali além dele e por enquanto apenas Stuart e Erickson.

Uma casa tão grande sem serviçais?

— Você não acredita em mim, não é? — ele perguntou me tirando de um leve transe sobre aquela casa.

Quase que me engasgava, mas como sou muito controlada apenas uma lagrima saiu, junto com a sensação de que o chá foi ao meu cérebro e tentava escapar pelo meu nariz.

— Desculpe senhor...mas no que esta se referindo? – tentando o máximo possível impedir que meu nariz escorrer-se, peguei um guardanapo e fingi limpar a boca.

— Quanto as minhas histórias, julgues que sou um maluco. – dando uma leve tose ele virava seu rosto a janela.

É! ele estava completamente certo!

— Talvez! Parecem ser um absurdo! o senhor deve admitir. — fui franca demais?

Jones deu uma falha risada e calmamente levou sua mão a mascará... parecia inquieto com algo, algo sobre mim que estava perceptível a muitos dias.

(Será agora minha gente!!? )

— No começo eu também achava isso. — revelava ele calmamente enquanto abaixava aquela frustrante mascara..

E sem querer dei uma bufada de irritação que ele logo percebeu. (merda!)

— Esta curiosa para saber quem eu sou, não é? — perguntava rindo o maldito homem

Mas é logico desgraça!

— Talvez. — respondi séria, tentando não pular nele e arrancar aquela mascará de 1,50 da cara dele que já estava me deixando extremamente irritada.

Jones deu outro riso e de algum modo percebia um leve sorriso em seu rosto maquiavélico. Me respondendo de uma forma provocante. Como um verdadeiro demônio em seu jogo pessoal.

— Você ainda não esta preparada para saber de todas as verdades. —  como se fosse um jogo dissimulado Jones me respondeu.

Ainda não estou pronta? Ele é algum pervertido manipulador mental?

MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora