Capítulo 26: Bela Adormecida

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Tamiel continuava-a encarar a janela.

Enquanto permanecia paralisada pelo choque da surpresa. Não havia me tocado quanto a isso, e assim como em muitas outras coisas acabaram esquecendo. Tamiel, Ezel ambos ''sumirão'' e as nossas vidas se transformariam em coisas triviais.

De fato aquilo me entristecia, mas seria algo que creio ninguém poder fazer nada.

De repente Tamiel soltou um fraco riso:

— Uma vida comum! Como se eu fosse deixar que tivessem! — ele s virou rapidamente e ainda rindo se jogou na poltrona. — Não faça essa cara ridícula menina, não e como se você em primeiro lugar deveria nos ver.

— Mas isso não quer dizer que nós não iremos sentir a falta de vocês. — o respondi bufando.

Tamiel riu com sua mais estrondosa risada, e irritada o deixei na sala quando o relógio já badalava a meia-noite.

Supunha que Jones ainda estivesse conversando com Leônidas então resolvi segui para o quarto de Rosália.

E como já previa lá estava ela sentada em sua cama rodeada de livros, papeis e seu notebook.

— Será que o Leônidas e tão rígido que nem agora ele te da um tempo de paz? — perguntei recostando na porta a encarando.

— De fato ele é, mas como ele foi chamado pra uma reunião já estou me preparando para qualquer coisa e revisando. — ela respondeu dando logo um suspiro fundo em seguida. — Sinto falta dos momentos em que nossa única preocupação era a faculdade. Agora nossas mentes são apenas trabalho! — ela soltou os papeis e se jogou no travesseiro.

— Imagino se as meninas estão passando pelo mesmo que nos...

— Por incrível que pareça, tirando pela Emma que esta elétrica com tantas coisas, nenhuma delas faz qualquer ideia do que realmente acontece. Nós fomos separadas, tanto nos segredos quanto da faculdade... Quanto tempo faz que não diz nem um oi ao Gary? — ela fitou seus olhos pesarosos a mim.

— Desde que ele foi viajar...E creio que só voltaremos a conversar quando isso tudo acabar.

— Já pensou na possibilidade disso não acabar? Leônidas me contara tudo, desde como vocês se conheceram ate quando você foi quase sequestrada... — ela respondeu.

Sequestrada? Devo me permitir acreditar que Leônidas mudou os fatos.

Estava claro pra mim no meio daquela conversa: as mentiras estavam se acumulando, mentiras que impedissem de talvez tudo ir por água abaixo ou por simples egocentrismo...

Assim que encerrei a conversa com Rosália segui para o quarto. Podia ouvir o barulho do chuveiro e perceber o livro azul empoeirado em cima da cama no lado esquerdo. A sensação que tinha quando tudo isso começou havia voltado, mas não com aquela maravilhosa pegada de mistério.

Deite-me e fiquei a pensar sobre isso ate visualizar seu corpo molhado a minha frente. Permanecia só de toalha enquanto as gotas escorregavam pelo seu abdômen ate lugares ocultos de seu corpo. E se me permite, sua bunda de fato era uma das mais gostosas que já avia reparado. Com outra toalha secava seu cabelo, e logo o sacudindo para os lados se lançou a seu lugar. Parecia cansado, mas tranquilo.

E como outrora, me virei enquanto ele abria seu velho livro que a muito na lia. Uma mão ao livro, outra as minhas costas; esta que ousava descer vagarosamente ate o início da minha bunda. Estranhamente senti uma pontada, m\s achei ter sido nada mais que um beliscão ousado desse senhor.

Logo adormeci em meio a seu pervertido carinho para o que seria um longo sono.



●●●

A reunião já estava acertada para o dia seguinte. Leônidas foi de acordo como previa e nada agora poderia ficar no meu caminho. Gostaria de dar uma vida a minha amada, mas para isso devo ser digno de estar ao seu lado, todavia se não fizer nada isso nunca acabara e tudo pelo qual passamos será inútil.

A água quente do chuveiro aliviara a metade de minhas tensões e clareara as ideias a cerca do que faria daqui pra frente. Podia ouvir o som da porta do quarto se abrindo. Elanna entrara.

— Eu não tenho escolha...-dizia enquanto fechava o chuveiro e me enrolava numa toalha.

Não estava a fim de me secar e da maneira como estava segui para o quarto.

Meu cabelo pingava ao ponto das gotas gordas que escorriam ardessem em meus olhos, estes decididos.

Ela estava ditada, com o braço sobre parte da vista. Inocente pensar que não percebia seu olhar pervertido ao meu corpo, pois, nem o sorriso não deixava escapar. Como tal criatura podia ser a mim tão bela, e quereres tanto junto a mim? — O mal do homem sempre ira ser seu maior ponto fraco, o amor de uma moça que enlouquece ao ponto de forçar-me a ultrapassar limites de sensos humanos a qual me despeço.

Estávamos deitados, enquanto lhe acariciava tão macia pele de suas costas. Não queria ter que fazer isso com ela, mas não restava outra opção e com o máximo de delicadeza possível ultrapassei minha unha pela sua pele injetando-a um pouco do meu poder do sono diretamente em seu corpo. Este que adormecera imediatamente.

Me doía! A como maldito eras por fazer aquilo!

A cobrir e logo fui em direção a janela que dava pra a vislumbram-te lua cheia. O céu noturno obscuro como as mais profundas trevas do inferno que visualizava aos meus pés, sem pontos ou clarões. Todo era silencio. E ao silêncio eu pretendia prosseguir.

Eu, tão amaldiçoado homem, tão orgulhoso por si só! E só seguirei, sem o direito perpetuo de amar enquanto essa vida tiver aos meus braços flamejantes. Mudarei de caminho, e se a luz do todo-poderoso me permitir, serei abençoado com o direito de poder entrar em sua alcova onde continuara a adormecer.

Elanna dormia, profundamente como eu a havia imposto.

Já era hora da reunião que havia marcado, por isso já terminava de me arrumar. Mas antes, chamei Sabrina a meu quarto.

— O que o senhor deseja? — perguntou dando um leve olhar de relance pela cama.

— Quero pedir que cuide de Elanna ate a reunião acabar. — suspirei — Ligarei para o Erickson e o Vladimir para que a busquem. Quando chegarem, gostaria que já esteja arrumada para partir com eles.

Assim que terminei de falar, Sabrina me encarou surpresa e calmamente tentei explicar a situação a ela que assentia cada ordem que eu dava.

Meu coração doía por fazer aquilo com ela (Elanna), pois, estava claro que estava traindo sua confiança. Mas não podia deixa-la correr os riscos dessa próxima viajem.

Terminei de arrumar-me e segui para o local combinado por Leônidas e Rosália.

Minha sala de reuniões já estava cheia com os burburinhos dos dois que mais pareciam discutir coisas banais. Esta que terminara assim que adentrei o cômodo.

Suspirando e fechando meu casaco bem alinhado sentei-me atrás de minha mesa que ficava logo depois dos sofás, e de frente para a lareira.

— Podemos começar? — os encarei e ambos assentiram se entreolhando.

Não havia rodeios para o que falaria, então fui direto ao ponto:

— Depois de amanha nossa viagem seguira para a Índia onde iriemos ficar apenas um dia pra nos reunir com nossos outros companheiros. Antes, amanha mesmo estaremos de volta a Áustria para deixar a senhorita Carter e a senhorita Oliveira na mansão.

Rosália me encarou surpresa; e meu suspiro e minha cara de desculpa se mostravam a medida que ela se aprofundava mais em meu olhar.

— Entendo que temos aulas a seguir na faculdade, mas...

— Elanna e você viram meu rosto por completo. Não e pela faculdade, mas sim pela segurança de vocês. Elanna e se possível a senhorita também ficaram bem em minha casa. — a interrompi antes que continuasse.

Prossegui com a reunião colocando em pauta tudo o que faríamos dali em diante. E por fim Leônidas liberou Rosália para se arrumar. Ficando só nos dois na sala.

— Então você fez mesmo.... — concluiu Leônidas apertando os olhos. — Ela vai ficar o cão quando descobrir. — voltou a me encarar.

— Minha primeira ideia era de deixar ela dormindo ate tudo isso terminar... — dei um fraco riso lembrando de minha amada na cama.

— Se não fosse o surto de Rosália quando descobriu ''toda'' a verdade, seria possível que tivéssemos que pôr às duas pra dormi. Akira ficaria impressionado ao saber disso.

— Amo aquela mulher como nunca amei outra em minha vida e mesmo que tenha que sacrificar-me não permitirei que ela se machuque. — minhas mãos foram para atrás de minhas costas. O celular em meu bolso virava e já sabia muito bem quem eras.

Assim que encerrei a reunião segui pelo corredor ate o quarto, onde atendi a ligação.

- Erickson.— fui direto.

— Soube o que houve. Vladimir esta de fato muito irritado consigo meu amigo. — ele disse em meio a um suspiro, quando pude ouvir a voz reclamona e embebedada de Vladimir.

— Nos encontrem em casa. Já avisei aos meus serviçais para que se reunissem na mansão. Estaremos fora por um tempo, e as meninas precisam mais que nunca de uma proteção.

— As meninas ? Não me diga que as outras amigas da senhorita...

— Que saibamos apenas Elanna e Rosália. Graças a um inconveniente anjo.

— Compreendo. Estaremos pronto meu senhor. — terminou Erickson encerrando a chamada.

Segui ate o quarto onde Elanna dormia tranquilamente. Não suportava aquele silencio que quebrava meu ser. Meu café da manha teria sido solitário sem ela, meu dia totalmente estranho. Meu ''veneno'' do sono teria a colocado numa espécie de coma, a qual muito ofegante a lhe retirei por um momento.

Não era exagero dizer que estava em ciam dela, pois, de fato estava.

Assim que ela começou a acordar meu corpo relaxou-se ao dela.

— Jones? — ela logo levou um susto com seu mais belo rosto que a muito não me fazia rir. — O-O que esta fazendo em cima de mim?

— Me desculpe. — sai de cima dela com meu mais clamo sorriso tentando controlar a situação.

Ela se despreguiçou, olhou os lados e percebeu o dia tardio que entrava pela janela.

— Mas que horas seriam? Dormi demais...-assim que terminou de falar correu pro banheiro onde se arrumou pra tomar café.

Desci com ela que ainda estava um pouco tonta e assim ultrapassamos a sala vislumbrei a cara de reprovação de Tamiel.

Sentamos e começamos a comer.

Tão inocente e calma ela estava...

— O que ouve Jones? — ela me encarou seria com um pão na boca. — Você esta inquieto e parece perturbado, o que aconteceu?

— Nada a que você precise se preocupar. — disse polido tentando o máximo possível esconder minha inquietação, mas parecia que não adiantava.

Ela mesma desconfiada voltou a comer e quando esta terminara se ajeitou na cadeira e como nunca a havia visto tão seria começou a me provocar.

— Você sabe que não consegue esconder por muito tempo, então, porque não para logo com isso e diz de uma vez?

— Não tenho nada a dizer! — fui um pouco ríspido.

— Então você não vai me dizer? Está bom... — ela virou acara tão seria quanto uma mãe que prepara seu chinelo para uma investida cruel.

Sem querer uma gota de suor frio desceu pela minha testa.

— Acredito que tinha uma reunião marcada para hoje...-ela começou.

Droga!

— Esqueça ela! Estou um pouco cansado então voltarei ao quarto.

— Julgo que não há nada a fazer, então vou com você. — ela disse desconfiada.

— Não se preocupe. — pretendia ajeitar as malas naquele momento, mas não poderia com ela lá.

— O que foi? Normalmente você faria o máximo de esforço possível para que só estivesse nos dois naquele quarto e agora não me quer nele? Deveria supor que você como um jovem adolescente se trancaria naquele quarto para satisfazer algo que irar demorar a ter...

Ela supõe que eu vá pro quarto para me masturbar? Me impressiona a capacidade dela de pensar em certas coisas, mas não nego que pela forma que seus olhos me deixam eu poderia dar uma leve brincada nesta noite...

— Entretanto, não e isso que fara lá. — ela subitamente me retirou desses banais pensamentos estando irritada.

— Estou indo arrumar as coisas para partimos, apenas isso. Não ficaremos aqui por muito tempo lembrasse. — disse inventando logo uma desculpa em minha mente. — Mas não me importaria se você quisesse me acompanhar para talvez fazer seu pervertido pensamento. — não resisti em dar uma cartada dessas.

— E só isso? Não vou me cansar por você estar tão estranho e presumir que você voltara a tentar seus mistérios sobre mim. Assim sendo faça o que bem entender. — ela se virou e saiu dali irritada.

Droga Jones! Involuntariamente die um soco na parede segurando o nervosismo. Ela nunca vai aceitar isso que estou fazendo. Era obvio!

Rapidamente segui para o quarto onde tentei arrumara as malas com calma, com a ajuda de Sabrina. Não fazia ideia de como encararia Elanna para novamente tentar aquilo da noite anterior, mas não importava! Elanna iria dormir.

MEU MISTERIOSO CHEFE: JONES. (Concluido) Onde histórias criam vida. Descubra agora