6- It's a secret ✝

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Levantei-me da cama e corri até á janela. Londres é uma cidade muito fria, e estamos quase em Dezembro. Todos os dias chove, e muitas vezes neva. Não me posso queixar, visto que adoro ver a chuva. Em Portugal também há chuva. Mas a chuva de Londres é diferente, é na mesma água, a cair do céu, atravessar a gravidade e ensopar o chão. Mas eu gosto. Observar a chuva sempre foi um dos meus hobbies mais estranhos.

Dou por mim a pensar no Harry, e secretamente desejo que ele entre e que me beije novamente. Simplesmente para sentir tudo aquilo outra vez. Mas que porra se passa comigo?

Não Crystal. Pára com isso. Eu não posso deixar que ele faça isto comigo. É isso que ele sempre faz, e é isso que ele me quer fazer. Ele ilude, faz com que pareça lindo, perfeito. Tundo nele vicia, dá vontade de repetir. E depois de ter o que quer, depois de ter uma noite, depois do prazer. Ele despreza. Ele deita fora. Ele não presta.

Abri a janela, e saí. O meu quarto era no segundo andar, e na varanda chovia. Mas eu precisava de sentir. Precisava de vida.

(…)

Perdi a noção do tempo, por isso não sei ao certo quanto tempo estive ali, sentada no chão, só a deixar que as grossas gotas de chuva invadissem e encharcassem o meu corpo e roupas.

_É melhor tomar um banho quente, antes que fique constipada.- disse a mim mesma, em reprovação.

Entrei na casa de banho, e tirei com dificuldade as roupas coladas ao meu corpo. Atirei-as para um canto e enchi a enorme banheira de água quente.

Entrei lá, e arrepiei-me. Meu deus, como sabe bem…

Enrosquei uma toalha em volta do meu lingo cabelo, e outra em volta do meu frágil corpo.

Abri a porta e assustei-me. Ele estava lá. O Harry estava sentado na minha cama, com os olhos colados ao ecrã do meu computador.

_O que estás a fazer?- caminhei até ele, e num tom autoritário retirei-lhe o computador. Olhei o ecrã e ele estava a ver fotos. As minhas fotografias, de Portugal, com a minha família e os meus amigos. Naquela estava eu, a Sara e a Raquel, no cinema.

_Estava á tua espera, o Zayn…- ele parou, e senti os seus olhos passearem por todo o meu corpo. Havia-me esquecido que estava apenas de toalha, que exibia grande parte do meu corpo por ser pequena.

_O Zayn?- Incentivei-o a continuar, enquanto vestia o robe felpudo mesmo por cima da toalha. Imagino que neste momento as minhas faces estejam bastante vermelhas.

_O Zayn ligou, e disse para irmos jantar com eles, para irmos ter ao centro comercial.- Ele concluiu finalmente.

_Não quero ir.- Choraminguei.

_Oh bebé, eu também não quero. Mas em alternativa vamos jantar os dois. Até que nem é má ideia, vou avisar o Zayn.- Ele sorriu, e pegou no telemóvel do bolso.

_Pára de me chamar bebé.- Levantei a voz.- E não vou jantar contigo, nem com eles, nem com ninguém- berrei zangada. Ele pensa que pode mandar em mim? Está muito enganado.

_Calma… bebé.- ele riu.- Vem jantar comigo.- ele fez beicinho.

_Não Harry, eu não vou. Não vou na tua conversa, não vou deixar que me magoes, não vou deixar que faças sofrer.- Voltei-lhe as costas.

_Eu não faria isso.- Senti umas mãos rodearem-me a cintura por trás, o que me arrepiou.

_Fazes sempre.- Falei á toa.

_Não. Contigo é diferente. Eu não estou apaixonado por ti, nem nada do género. É só que eu te desejo como nunca desejei nenhuma rapariga. Tenho vontade de te beijar, de te foder e me enterrar em ti. De sentir o teu sabor outra vez, estou viciado.- ele sussurrou, e beijou um caminho traçado desde a minha nuca até ao canto da minha boca. Virou-me para ele e de imediato introduziu a sua língua na minha boca. Oh, eu precisava disto. As minhas pernas não aguentavam, e tudo o resto também voltou. Ele parou o beijo e encarou-me. Encostou a sua testa á minha acariciou-me a face com o polegar.

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